Páginas

18 outubro 2017

Servidores públicos se unem e protestam em Plenária na Alesp contra PL 920/17

As centrais sindicais e associações de servidores públicos estaduais colocaram-se contra o Projeto de Lei 920 de 2017, nesta terça-feira (17/10), na Assembleia Legislativa. A proposta, de autoria do governador, propõe a renegociação da dívida do Estado com a União.


Bauru 18/10/17
Leandro Leandro

Servidores usaram a tribuna para se manifestar

Para o deputado Alencar Santana (PT), o ato mostrou a indignação e revolta dos servidores. "Este projeto do governador decreta a falência do Estado. Ele quer congelar os gastos sociais e ganhar em cima do trabalhador e da população mais pobre e que precisa dos serviços públicos, que estão cada vez mais sucateados.





Semana que vem haverá uma audiência pública com a presença dos secretários aqui na Assembleia. Esperamos que este projeto seja retirado e essa será a exigência do movimento", afirmou o Deputado Alencar. Então esta convocado todos os servidores para comparecer em São Paulo, em frente ao escritório da Presidência da República na Avenida Paulista,  aos que estiverem de plantão a realizarem a “operação tartaruga”.

Mesa dos eventos com os representantes das centrais sindicais


O deputado Barros Munhoz (PSDB), líder do governo na Assembleia, explicou que todos os pontos expostos na proposta serão discutidos com representantes do governo e dos movimentos sindicais, e garantiu que não haverá perda de direitos nem prejuízos aos servidores públicos.

 "O projeto é um cumprimento de um acordo dos Estados com o governo federal e trouxe muitos benefícios como o aumento do prazo de pagamento das dívidas, diminuição das taxas de juros e redução do valor. Em troca, exigiram-se algumas coisas dos Estados, mas isso não vai retirar nenhum direito", explicou.

Grande participação dos servidores foi presenciada
Porém durante a plenária do funcionalismo público realizada na Alesp contra o o Projeto de Lei 920/17, também chamada de "PL da Maldade", o Governo do Estado em reunião no Colégio de Lideres Partidários, recuou do regime de urgência da tramitação do Projeto de Lei 920/2017 que congela investimentos do setor público do Estado.


O governo prevendo que não seria uma tramitação normal e aquiescente, como tem sido a aprovação de todos os seus projetos ultimamente, este é um pequeno, porém grande inicio aos trabalhadores, pois irá dar tempo para uma maior articulação de todas as categorias em união, rumo quem sabe até mesmo a recusa do projeto.

Tribuna do Plenário foi muito requisitada, todos queriam expressar sua negação ao PL 920



Muitos dos discursos foram iniciados de maneira trivial e sem a observação de que aquilo não era uma tarde de encontro de amigos, dizendo que estavam felizes de estar ali. O contrário foi demonstrado por este que escreve, dizendo que não estávamos felizes de estar ali, pois se ali estávamos é porque algo de ruim estaria acontecendo, caso contrário não seria necessária a nossa presença. Algo de nefasto estava sendo preparado contra todos os servidores.
Lutaremos até o fim pelo não aprovação e o engavetamento do PL 920


O importante é estar todos em alerta e mobilizados para a luta, para o confronto com este que talvez seja o inicio do fim das carreiras púbicas, que ao andar da carruagem pode até mesmo seguir para a terceirização, como reza a cartilha neo-liberal de Alckmin e seus comparsas, visando com isso uma aposta firme do mercado em prol de sua candidatura a presidente da república em 2018.

A União então é a chave que irá nos abrir a possibilidade de uma vitória maiúscula, depende unicamente do engajamento pessoal de cada um dos trabalhadores, acreditando que é possível sim fazer com que os legisladores enfim percebam que eles estão ali para defender a população, a sociedade e os trabalhadores dos desmandos deste que tem sido um governo pernicioso ao funcionalismo público.

O comprometimento de luta é total em favor de direitos e garantias





Imagens: Inês Ferreira e Lucas Mendes

Vídeo: wattsapp Asp Rodrigo