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20 fevereiro 2022

Polícia Penal de Santa Catarina terá Grupo de Operações Aéreas (GOA); e SP afunda o que seria sua Policia Penal

O Departamento de Polícia Penal de Santa Catarina receberá um reforça: foi anunciada a criação de um Grupo de Operações Aéreas (GOA) para a instituição.

Jacqueline Iensen

Assessoria de Imprensa

20 de fevereiro de 2022

Brasão do novo Grupamento já está definido pela SAP, grande avanço para a Polícia Penal do estado de Santa Catarina
A novidade foi divulgada pelo secretário de Administração Prisional e Socioeducativa, Leandro Lima, na última quinta-feira (17). 

Formado por seis policiais penais, o GOA foi instituído para dar suporte à atividade policial nas mais diversas áreas, como escoltas de alta complexidade, transporte de equipes de intervenção tática prisional, suporte aéreo em operações de intervenção, recapturas, segurança do perímetro de unidades prisionais, entre outras.

“O GOA começou a ser estruturado no ano passado e consolidamos a criação do grupo agora com a realização do pregão eletrônico para a locação de uma aeronave de asa fixa, com capacidade para transportar nove operadores, além do piloto e copiloto”, disse Leandro Lima.

O secretário destacou ainda que responder a uma ocorrência de forma rápida é decisivo no sistema prisional e no socioeducativo. “O cenário de uma crise pode evoluir para uma situação de maior gravidade, caso ele não seja resolvido logo no início”, observou.

Grupamento foi formado para dar suporte ao Sistema Prisional e Socioeducativo em Santa Catarina
Além de agilidade no transporte de operadores para atender ocorrências em locais distantes, o GOA vai incrementar os procedimentos de segurança, principalmente em escoltas de alta complexidade.

“Atualmente usamos a aviação comercial para o transporte de presos de alta periculosidade, mas isso não é o ideal porque envolve muitos riscos. Com o GOA teremos ainda mais segurança para escoltar líderes do crime organizado quando são transferidos para unidades federais, por exemplo”, disse.

O diretor do GOA, Fabio Kinczeski, enfatizou a importância de garantir a integridade física e mental dos operadores que estão em deslocamento para uma ocorrência.

“Nosso estado é grande e a equipe de intervenção está baseada na Grande Florianópolis. No caso de uma ocorrência no Oeste, por exemplo, os operadores da equipe tática podem chegar ao destino extremamente desgastados para intervir em uma situação demasiadamente complexa, o que potencializaria os riscos da missão e as chances dos operadores da equipe incorrerem em erros que, nesse tipo de ação policial, podem ser fatais”, concluiu.

Kinczeski disse ainda que logo após o início das operações do GOA haverá processo seletivo via Acaps para piloto, copiloto, operadores aerotáticos, mecânico e apoio de solo para servidores efetivos.

Fonte: Assessoria de Imprensa Secretaria da Administração Prisional e Socioeducativo (SAP)

Contraponto: 

Enquanto isso em São Paulo, desvalorizações, desrespeito e opressão sobre os Servidores do Sistema Penitenciário, chegando ao cúmulo de além de ter um Secretário que não é oriundo do chão do cárcere, e acha que sabe e conhece, mas que está apenas ocupando espaço e recebendo pró-labore altíssimo, sem nada fazer de concreto, pouco preocupado as legítimas necessidades do Sistema, e totalmente estranho aos servidores e suas dificuldades.

Que se soma ao um governo privatista e que nada trouxe de útil a sociedade paulista, a não ser aumento do custo de vida, de impostos, taxas e serviços, sem contar nas precarizações para população como um todo, e que é contra a aprovação e criação da Instituição Polícia Penal de São Paulo, e seu consequente Departamento de Polícia Penal, mesmo estando esta já sancionada e promulgada pelos Congresso Federal em Brasília, já há mais de 02 anos, por objetivos desconhecidos e escusos, e com fins financeiros, que visam a destruição e privatização de todo o Sistema Penitenciário em terras paulistas. 

E chegamos a ter que presenciar anomalias de publicações da SAP em proibir servidores até mesmo de fazer uso de camisas que façam menção a Polícia Penal, verdadeiro ataque a luta de todos os servidores que trabalharam e perseguiram tal aprovação em Brasília, após quase 20 anos de luta incansável, de perdas pelo caminho, de viagens longas e desgastantes, mas que hoje tudo não passam de história,  e que não as esqueceremos. 

E tenho certeza, saberemos dar as respostas aos atuais mandatários na melhor hora, e continuar a trabalhar para que seja de fato aprovada na Alesp, que seja instituída e enfim se torne uma realidade, para os quase 40.000 servidores do Sistema e também nas mais de 170 Unidades Prisionais do estado.

Em homenagem a todos aqueles que estiveram na Luta pela aprovação da Polícia Penal no Brasil,  naqueles, que no dia a dia nas UPs, resistem em trabalhar de forma honesta, digna e profissional, coloco abaixo o poema Canção do Tamoio, de Gonçalves Dias, 

Creio que retrata bem as nossas lutas, desafios, insistência, além da nossa incansável determinação em combater a tudo e a todos que visam a precarização, o desrespeito, a não valorização e a covardia com que atacam os valorosos profissionais do Sistema Prisional:

Canção do Tamoio

Não chores, meu filho;
 Não chores, que a vida
 É luta renhida:
 Viver é lutar.
 A vida é combate,
 Que os fracos abate,
 Que os fortes, os bravos
 Só pode exaltar.

         II

 Um dia vivemos!
 O homem que é forte
 Não teme da morte;
 Só teme fugir;
 No arco que entesa
 Tem certa uma presa,
 Quer seja tapuia,
 Condor ou tapir.

         III

 O forte, o cobarde
 Seus feitos inveja
 De o ver na peleja
 Garboso e feroz;
 E os tímidos velhos
 Nos graves conselhos,
 Curvadas as frontes,
 Escutam-lhe a voz!

        IV

 Domina, se vive;
 Se morre, descansa
 Dos seus na lembrança,
 Na voz do porvir.
 Não cures da vida!
 Sê bravo, sê forte!
 Não fujas da morte,
 Que a morte há de vir!

         V

 E pois que és meu filho,
 Meus brios reveste;
 Tamoio nasceste,
 Valente serás.
 Sê duro guerreiro,
 Robusto, fragueiro,
 Brasão dos tamoios
 Na guerra e na paz.

        VI

 Teu grito de guerra
 Retumbe aos ouvidos
 D’imigos transidos
 Por vil comoção;
 E tremam d’ouvi-lo
 Pior que o sibilo
 Das setas ligeiras,
 Pior que o trovão.

         VII

 E a mãe nessas tabas,
 Querendo calados
 Os filhos criados
 Na lei do terror;
 Teu nome lhes diga,
 Que a gente inimiga
 Talvez não escute
 Sem pranto, sem dor!

         VIII

 Porém se a fortuna,
 Traindo teus passos,
 Te arroja nos laços
 Do inimigo falaz!
 Na última hora
 Teus feitos memora,
 Tranquilo nos gestos,
 Impávido, audaz.

         IX

 E cai como o tronco
 Do raio tocado,
 Partido, rojado
 Por larga extensão;
 Assim morre o forte!
 No passo da morte
 Triunfa, conquista
 Mais alto brasão.

         X

 As armas ensaia,
 Penetra na vida:
 Pesada ou querida,
 Viver é lutar.
 Se o duro combate
 Os fracos abate,
 Aos fortes, aos bravos,
 Só pode exaltar.

Gonçalves Dias

6 comentários:

  1. Em São Paulo já deveríamos estar participando até de missões espaciais em parceria com os países super ricos, mensalmente estampados na 1ª página dos grandes veículos de comunicação internacionais. O mais justo é que sejamos diretamente subordinados a ONU, colocando nossa frota de caças e helicópteros à disposição para intervenções em conflitos mundiais (nucleares). É minha opinião.
    *Ricardo cabelo de cool em 3, 2, 1...

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    1. depois de tanta asneira, resolveu disfarçar

      que dó do que dor hahaha

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  2. Grupo de Operações Aéreas para Polícia Penal em São Paulo é desnecessário. Precisamos no momento de mais policiais penais trabalhando dentro das unidades prisionais.

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  3. Silva boa noite, isso é apenas para demonstrar que na maioria do estados, além de a Polícia Penal já estar regulamentada e valorizada financeiramente, estão agora começando a ter o justo reconhecimento e respeito destes estados, só para você ter uma ideia, no estado de Santa Catarina, um Policial Penal com o mesmo tempo de um Asp VII de São Paulo, recebe em final de carreira, mais de R$16.000,00 de salários. Então não é apenas mais um Grupamento, mas sim, todo um conjunto de melhorias que está vindo após a aprovação da Polícia Penal, tornando-os servidores muito mais profissionais e especialistas em várias atividades até então inimaginável.

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  4. Em São Paulo, qual a ação efetiva por meio dos sindicatos para reverter essa morosidade por parte dos gestores para regulamentar a Policia Penal?

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    1. Não depende dos Sindicatos mais, as cobranças já foram feitas aos deputados e a PEC foi proposta e colocada na Alesp, falta apenas a vontade do estado (governador) em autorizar ou não a votação da mesma. Haja vista que ele além de ter a maioria dos deputados da Alesp em sua bancada de apoio, tem também a intenção de privatizar o Sistema Penitenciário de São Paulo. E isso ele já deixou claro desde quando assumiu o posto de governador em 2019.

      E acredito sinceramente que dificilmente isso será decidido neste governo, pois ainda que os deputados pensando nas eleições venham a votar, ele ainda pode vetar.

      Não está sendo fácil a vida dos servidores nesta administração a vontade imperiosa do Doria é maior que todas as ações efetivas das Entidades que nos representam, basta ver que os ataques foram dirigidos a todas as Categorias dos Servidores Públicos e não apenas a nossa Categoria, foi um rolo compressor que passou sobre todo o funcionalismo paulista.

      Por este motivo a importância de termos representantes políticos na Alesp, ainda que seja apenas um, e que isso venha a despertar o sentimento de corporativismo dentro de todo o Sistema Prisional, pois apenas desta forma teremos enfim voz junto aos legisladores da Alesp e junto ao Governo do Estado.

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