A Polícia Civil desmantelou uma quadrilha composta por cinco pessoas, sendo o policial penal, dois presos e duas mulheres dos suspeitos.
Por NATÁLIA OLIVEIRA
19/05/20 - 15h51
Polícia Civil prende integrantes de organização criminosa que facilitava entrada de drogas e celulares em presídio. Foto: Polícia Civil/Divulgação |
A Polícia Civil prendeu, nesta terça-feira (19) três pessoas suspeitas de participarem de uma organização criminosa para levar celulares, drogas e carregadores para a penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte.
Foram presos um policial penal, a mulher dele e a mulher de um dos detentos, que era o líder da organização criminosa. Um outro detento também fazia parte da quadrilha. Os cinco são investigados pela formação de quadrilha e ingresso ilegal de produtos na prisão.
De acordo com o delegado Thiago Machado, da 2ª Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), o líder da organização era um detento com passagens por tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo. Um outro detento que ajudava na distribuição dos objetos ilícitos também foi atuado.
"Montaram essa organização devido a facilidade que o policial penal tinha de adentrar com os celulares e drogas na penitenciária. O detento tinha a posição conhecida como ‘faxina’, isto é, se valendo do bom comportamento, tinha mais acesso ao pavilhão do presídio e outras celas, por meio das quais realizava as transações para venda dos celulares”, explicou o delegado.
Segundo a Polícia Militar, chamou a atenção que o servidor público envolvido no esquema criminoso recebia cerca de R$ 2.000 para cada celular que conseguia ingressar durante o plantão dele. Era uma média de seis aparelhos vendidos por dia.
A mulher do detento, líder da quadrilha, era responsável por comprar os aparelhos celulares, carregadores, fones de ouvido e drogas e repassar para a mulher do servidor penitenciário, que ingressava com os produtos na unidade.
Polícia Civil prende integrantes de organização criminosa que facilitava entrada de drogas e celulares em presídio. Foto: Polícia Civil/Divulgação |
“Lá dentro, o preso que coordenava as ações repassava também parte do material para outro detento, que era responsável em expandir as vendas na unidade prisional”, elucidou Machado. O crime era investigado há 6 meses, mas as investigações apontam que a organização criminosa atuava há 5 anos. O policial penal preso estava na função há 10 anos.
O policial penal e a mulher dele foram presos na residência onde moravam nesta amanhã. Foram apreendidas também uma mochila contendo cinco celulares e vários fones, carregadores e chips de operadoras já separados em kits para serem contrabandeados para o presídio. Dentro de um cofre na casa foram encontrados R$ 26 mil de prática criminosa.
Os cinco suspeitos vão responder inquérito pelos crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa, associação para o tráfico e corrupção ativa e passiva.
Vídeo gravado pela Polícia Civil
Veja o que diz a Sejusp:
A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e o Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) ratificam a importância de operações como a realizada nesta terça-feira, 19.05, pela Polícia Civil, que culminou na prisão de um Policial Penal. Correição e conduta ilibada são pilares perseguidos pelo sistema prisional mineiro que possui, em seu quadro, uma maioria esmagadora de profissionais valorosos e que dedicam a vida às suas funções.A partir da prisão desta terça-feira, o Depen-MG abre um procedimento para investigação do policial no âmbito administrativo, que pode culminar no seu desligamento do quadro de servidores de Minas Gerais, na forma célere que a lei permitir. Na data de hoje, inclusive, o Departamento deu todo o apoio ao cumprimento do mandado de prisão.
Fonte: O TEMPO
Tem que confiscar todos os bens adquiridos com a prática criminosa,depois serem condenados á uma longa pena de prisão e finalmente serem exonerados á bem do serviço público.
ResponderExcluir5 ANOS TRAZENDO DROGAS E CELULARES PARA OS DETENTOS.PENSEM NA QUANTIDADE DE POLICIAIS PENAIS QUE FORAM ASSASSINADOS NESSE TEMPO.OS DETENTOS USAM OS CELULARES PARA DAR ORDEM DE EXECUÇÃO DE DENTRO DAS PRISÕES.JÁ VI VÁRIOS CASOS DE FUNCIONÁRIOS CAFAJESTES, MAS ESSES PASSARAM DE TODOS OS LIMITES.TODO O RIGOR DA LEI PARA ESSES VERMES AINDA É POUCO!
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