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Somente assim haverá segurança pública real.

13 dezembro 2025

Vagabundo ameaça matar a ex por meio de cartas, durante "saidinha" da Penitenciária de Itai/SP; tomou no butico

O condenado preso na Penitenciária "Cabo PM Marcelo Pires da Silva", de Itai, que este passou por mudança de regime de fechado para semiaberto, tem ameaçado a ex companheira.

Por Bruno Freitas | da Redação

12.12.2025

Penitenciária "Cabo PM Marcelo Pires da Silva", de Itai, que este ano passou por mudança
de regime de fechado, para o regime semiaberto - Imagem: Reprodução
Uma moradora de Iacanga (a 50 km de Bauru) procurou a Polícia Civil para denunciar que tem recebido cartas com ameaças de morte do ex-companheiro, preso desde 2022 pelo crime de roubo. 

Segundo ela, o detento afirma que irá procurá-la assim que obtiver o benefício da saída temporária de dezembro.

De acordo com o boletim de ocorrência, o homem, de 44 anos, cumpre pena em um presídio de Itaí (SP) e escreveu que pretende ir a Iacanga para “terminar o que começou”, o que incluiria agredi-la e tentar matá-la, além de ameaçar também seus familiares.

Com base na denúncia, a Polícia Civil representou à Justiça pela prisão preventiva do detento por descumprimento de medidas protetivas previstas na Lei Maria da Penha. 

A decisão resultou na perda do direito à saída temporária, medida que, segundo a corporação, visa resguardar a segurança da vítima e de sua família.

Penitenciária de Itai era a única U.P., para presos estrangeiros no Brasil

Mudança de Regime

A Secretaria de Administração Penitenciária durante o decorrer do ano de 2025, mudou o regime carcerário da Unidade Prisional, sendo que até mesmo os servidores da U.P, praticamente foram pegos de surpresa.

Ela era a única Unidade Prisional do estado de São Paulo e do Brasil, que era direcionada exclusivamente para presos de origem estrangeira, uma verdadeira Torre de Babel em sua carceragem,  que tinha capacidade para 1.298 presos em regime fechado, condenados e em detenção provisória, e que teve sua capacidade ampliada para 1.618 homens em regime semiaberto, mas que tem sob sua custódia atualmente 2.056 presos.

Fonte: JCNET

12 dezembro 2025

Operação em presídios de MG transfere 10 detentos apontados como lideranças do crime; vídeos

Operação Sinapse mobiliza agentes em Uberlândia, Uberaba e Patrocínio para desarticular facção criminosa e reforçar a segurança no sistema prisional da região.

Por Caroline Aleixo, g1 Triângulo — Uberlândia

12/12/2025

Operação em presídios de MG transfere 10 detentos considerados lideranças criminosas - Imagem: Divulgação/Sejusp
A Polícia Penal de Minas Gerais deflagrou, na manhã desta quinta-feira (11), a Operação 'Sinapse' para reforçar o controle institucional e desarticular cadeias de comando criminosas dentro do sistema prisional. 

A operação ocorre em 10 unidades prisionais, incluindo os presídios de Uberlândia, Uberaba e Patrocínio, que abrigam detentos ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e classificados como de alta periculosidade.

Em imagens divulgadas pelo Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) é possível ver a atuação dos policiais penais dentro da Penitenciária Professor Jacy de Assis, em Uberlândia. 

Segundo a Polícia Penal, 10 detentos apontados como chefes internos foram transferidos para penitenciárias de maior rigor e setores de isolamento.

O objetivo é dificultar a comunicação ilícita e reduzir a influência desses presos sobre outros detentos e sobre ações fora dos presídios.

Políciais penais do Presídio Jacy de Assis durante Operação Sinapse - Imagem: Depen-MG/Divulgação

Assista ao vídeo acima e  abaixo

O Depen-MG confirmou ao g1 que lideranças da facção criminosa estão sendo transferidas em Uberlândia, mas não informou a quantidade nem os destinos por questão de segurança. Além disso, informou que o balanço das apreensões dentro da unidade prisional ainda está sendo levantado e será divulgado posteriormente.

A reportagem também procurou a Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp) para mais detalhes sobre a Operação Sinapse na região do Triângulo e Alto Paranaíba, mas não houve retorno até a última atualização.

Operação Sinapse busca desarticular facções criminosas

Conforme as primeiras informações divulgadas pelo Depen, a Operação 'Sinapse' busca reduzir a capacidade de influência de detentos ligados a facções criminosas sobre outros custodiados e impedir a emissão de ordens para o meio externo.

As unidades envolvidas custodiam, juntas, mais de 2 mil presos. A operação mobilizou cerca de mil policiais penais dos grupamentos especializados e equipes de inteligência, responsáveis por buscas, varreduras e cumprimento das transferências. Foram apreendidos 12 aparelhos celulares, além de carregadores e porções de drogas.

Presídio Professor Jacy de Assis em Uberlândia — Imagem: Depen-MG/Divulgação

De acordo com a Superintendência de Inteligência da Polícia Penal, a ação é fruto de um planejamento contínuo e foi organizada com base em levantamentos internos sobre atividades criminosas dentro das unidades.

"Nós temos unidades onde há uma incidência maior de presos faccionados, e o que a gente quer justamente é estar o tempo inteiro cortando o fluxo de comunicação entre esses presos. São operações periódicas", afirmou o secretário de Justiça e Segurança Pública Rogério Greco.

Interior do pavilhão do presídio de Uberaba — Imagem: Depen-MG/Divulgação
Fonte: G1

Polícia investiga se fuga do CDP de Caraguatatuba foi facilitada; preso é acusado de homicídio

Homem havia sido preso em Ilhabela em fevereiro deste ano, por homicídio qualificado e tembém de tentativa de homicídio, depois de mais de um ano e meio foragido.

Por g1 Vale do Paraíba e Região

12/12/2025

Preso que fugiu de CPD de Caraguatatuba foi identificado como Maiky Entonny
Venâncio França - Imagem: Reprodução/TV Vanguarda
A Polícia Civil investiga se a fuga do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Caraguatatuba foi facilitada para o preso, que trabalhava em funções internas na penitenciária. A ação foi registrada pelas câmeras de segurança.

Segundo o Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo, o fugitivo é Maiky Entonny Venâncio França, acusado de homicídio e tentativa de homicídio em Minas Gerais.

Ele é acusado pelo Ministério Público de Minas Gerais de matar um homem a tiros e ferir outro durante uma festa, em 2023, na cidade de Sacramento. Maiky havia sido preso em Ilhabela, no Litoral Norte, em fevereiro deste ano, depois de mais de um ano e meio foragido.

A fuga do CDP de Caraguatatuba durou menos de dois minutos, mas o boletim de ocorrência aponta que a ação foi planejada. A polícia agora quer entender se o preso agiu sozinho, aproveitando falhas no sistema de segurança, ou se houve participação de outras pessoas.

Segundo o boletim de ocorrência, "aproveitando-se de sua função de limpeza que lhe concedia acesso a áreas críticas da unidade, como o setor de revista de visitantes e funcionários e áreas adjacentes à portaria principal, explorou vulnerabilidades operacionais e falhas nos protocolos de segurança."

O documento afirma ainda que, com base na análise das imagens de segurança, foi possível perceber que, um dia antes da fuga, o detento usou "um saco plástico para camuflar o ferrolho de uma portinhola no setor de revista", "simulando visualmente o fechamento seguro, enquanto criava uma folga para a evasão".

Ele "também posicionou cadeiras de maneira estratégica para dissimular a irregularidade e obstruir a visão direta", explorando a "segurança por obscuridade".

A Polícia Civil ouviu servidores que trabalhavam no CDP. Os depoimentos indicaram “falhas críticas nos procedimentos de segurança”. Agora, a investigação vai determinar se houve negligência, imprudência ou até prevaricação por parte dos funcionários.

Exoneração

No mesmo dia da fuga, o chefe de departamento do CDP foi exonerado pela Secretaria de Administração Penitenciária, que também instaurou um procedimento interno para apurar as responsabilidades. Um substituto já foi designado.

O CDP de Caraguatatuba fica numa área afastada do município, no bairro Porto Novo. Embora tenha capacidade para 751 detentos, atualmente abriga 1.242, segundo a SAP.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo disse que o caso é investigado pela Delegacia de Caraguatatuba e que seis agentes que trabalham no local foram devidamente ouvidos e imagens de câmeras de segurança analisadas.

Portinhola do Setor de recebimento de "jumbos" por onde preso fugiu de Centro de Detenção Provisória de Caraguatatuba - Imagem: Reprodução

Defesa

A defesa de Maiky Entonny Venâncio França foi procurada e disse, em nota, que foi surpreendida com a notícia da fuga ontem e que, até o momento, não teve contato direto com ele.

"De modo que só podemos inferir que a razão para este extremado ato foi resultado de frustração com a prisão injusta que recaía sobre ele".

Os advogados disseram que Maiky é um empresário de Franca, que "nunca teve passagens pela polícia, ao contrário, foi vítima de sequestro semanas antes do fato que levou à sua prisão" e que "agiu em legítima defesa após ser agredido por ao menos três pessoas em uma festa, o que será provado diante do júri".

Sobre a fuga, a defesa reiterou que não tem informações concretas sobre o que aconteceu e que está à disposição para esclarecimentos futuros. "Ressaltamos que não compactuamos com esta atitude", finaliza a nota.

Fonte: G1

Prisão onde estava Marcola, a PII de Venceslau tinha quase um telefone celular para cada preso no ano de 2009

Na época, os números da varredura eletrônica indicavam que 72% dos detentos da "prisão-sede" do PCC, como até hoje é conhecida a P2 de Venceslau, tinham telefone celular em seu poder. Era quase um celular para cada preso.

Josmar Jozino

Colunista do UOL

12/12/2025

Penitenciária II  "Maurício Henrique Guimarães Pereira" de Presidente Venceslau, no interior de
São Paulo, onde ficam abrigados integrantes do PCC - Imagem: 21.nov.2018 - Jardiel Carvalho/Folhapress
A maior investigação da história contra o PCC (Primeiro Comando da Capital) cuja punibilidade aos acusados a Justiça reconheceu a prescrição neste mês, teve início em 2009, após varredura feita pelo antigo Depen (Departamento Penitenciário Nacional) na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau (SP).

Entre os dias 2 e 4 de fevereiro de 2009, dois agentes federais do Depen (hoje Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais) realizaram a varredura no presídio e detectaram 591 telefones celulares. A unidade, com capacidade para 1.280 presidiários, abrigava na ocasião 822 detentos.

Na época, os números da varredura eletrônica indicavam que 72% dos detentos da "prisão-sede" do PCC, como até hoje é conhecida a P2 de Venceslau, tinham telefone celular em seu poder. Era quase um celular para cada preso.

Alckmin inaugurou sistema de bloqueadores de celular na PII, o aparelho capta sinais telefônicos
e atrapalha comunicação dentro do local a Penitenciária II de Presidente Venceslau foi
a primeira U.P de SP a receber sistema no ano de 2014 - Imagem:G1/Reprodução

Ação sigilosa

A varredura eletrônica foi mantida em sigilo durante anos. O UOL teve acesso ao relatório. São 16 páginas contendo o IMSI (código usado para identificar o assinante da linha), IMEI (número de identificação do aparelho), nomes das operadoras e o local onde os aparelhos foram detectados.

A P2 de Venceslau é considerada "a sede, a matriz, o escritório central" do PCC desde 2006, quando o governo paulista isolou 765 faccionados na unidade e a organização protagonizou os ataques de maio, paralisando São Paulo, atacando prédios públicos e matando policiais.

Também foi de lá, por exemplo, que o PCC, graças ao uso do celular, expandiu os rentáveis e milionários negócios com com o tráfico internacional de drogas e hoje atingiu o patamar de máfia, segundo o MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo).

O relatório do Depen foi enviado à Secretaria Estadual da Administração Penitenciária, à Diretoria do Sistema Penitenciário Federal e ao Ministério Público do Estado de São Paulo.

Marcola na época em que estava tirando castigo na Penitenciária de Presidente Bernardes o
Regime Disciplina Diferenciado localizado na Região Oeste do Estado de São Paulo - Imagem: Reprodução

Três anos com os aparelhos

Logo após a varredura, um inquérito foi instaurado e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) de Presidente Prudente teve acesso aos números dos celulares dos presos da P2 de Venceslau e ouviu a conversa deles entre os anos de 2010 e 2013, mediante autorizações judiciais.

O presídio abrigava naquele período os principais líderes do PCC, entre eles Marco Willians Herbas Camacho, 57, o Marcola. Em janeiro de 2014 foram instalados bloqueadores na unidade.

As interceptações telefônicas levaram o Gaeco de Presidente Prudente a realizar a maior investigação da história contra o PCC. Promotores de Justiça denunciaram 175 integrantes da organização por formação de quadrilha e associação ao tráfico de drogas.

A partir desses grampos - diz o Gaeco -, foram feitos 53 flagrantes que resultaram na prisão de 144 pessoas e na apreensão de 64 veículos, 4,8 toneladas de drogas, R$ 1 milhão em dinheiro e 82 armas (sendo 47 fuzis). Segundo a denúncia, 117 dos 175 denunciados à época estavam presos.

A decisão do juiz Gabriel Medeiros, da 1ª Vara Criminal de Presidente Venceslau, em reconhecer, no último dia 2, a prescrição da pretensão punitiva contra os denunciados, encerra um processo que foi considerado pelo MP-SP como "o maior mapeamento da história do PCC".

Fonte: UOL

08 dezembro 2025

A realidade nua e crua da Polícia Penal em São Paulo: Além do sonho da estabilidade

Para o candidato que se prepara para o concurso da Polícia Penal de São Paulo (PPSP), seduzido pela promessa de estabilidade e um salário de servidor público, é fundamental um choque de realidade. 

Por: Edson Moura

Segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

Profissão árdua, mal remunerada, ambiente de trabalho hostil, estruturas carcerárias precárias,
material de trabalho rejeitado pela sociedade, que não o quer em sua estrutura, mas à sua margem - Imagem: Reprodução
A carreira na segurança pública, especialmente dentro do sistema prisional, está longe de ser um mar de tranquilidade. Trata-se de uma profissão que exige vocação inabalável, disposição para o sacrifício e uma resiliência mental e física que poucos possuem. 

O glamour do cargo público rapidamente dá lugar a um cotidiano de tensão, riscos e desafios que colocam à prova os limites do ser humano. 

Esqueça a ideia de uma rotina segura e previsível; o sistema prisional paulista é um ambiente complexo e hostil, onde a lei do Estado e as regras das facções criminosas se digladiam diariamente.

A espada de Dâmocles representa um perigo sempre presente, mas invisível ou não óbvio,
sobre alguém, e é um alerta sobre a instabilidade e os riscos inerentes a posições de autoridade - Imagem: Reprodução

O Mito da Estabilidade: O PAD como Espada de Dâmocles

A estabilidade do servidor público, garantida após o estágio probatório, é um dos maiores atrativos dos concursos. No entanto, na Polícia Penal, essa estabilidade é relativa. O policial penal está constantemente sob a mira de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD).

A natureza do trabalho, que envolve o manejo diário de indivíduos privados de liberdade e, muitas vezes, ligados a organizações criminosas como o PCC (Primeiro Comando da Capital), expõe o servidor a situações de extremo risco e pressão. Decisões tomadas em frações de segundo, sob estresse, podem ser questionadas posteriormente.

A legislação disciplinar é rigorosa, e a violação de deveres pode constituir infração administrativa, penal ou civil. A Lei Complementar nº 1.416/2024, que estrutura a carreira em São Paulo, elenca uma série de faltas disciplinares que podem levar à suspensão ou, nos casos mais graves, à exoneração. 

A estabilidade profissional é relativa, e ela não transforma nenhum servidor publico da polícia penal,
em um indivíduo invulnerável a exoneração - Imagem: Reprodução
Um simples erro procedimental, uma interpretação dúbia de uma norma ou, pior, uma denúncia infundada feita por um detento e seus advogados, por um superior hierárquico perseguidor ou a pior das situações, por um de seus companheiros de farda, pode desencadear um PAD que se arrasta por meses ou anos, consumindo o psicológico e o financeiro do servidor.

O policial penal pode se ver envolvido em um processo "que nem sabe de onde veio", fruto de uma retaliação orquestrada pelo crime organizado para desestabilizar o sistema ou o próprio agente. A defesa, embora garantida (contraditório e ampla defesa), é um fardo pesado. 

A exoneração, mesmo para servidores estáveis, é uma realidade em casos de condutas consideradas graves, como o abandono de cargo ou infrações que afetem a idoneidade e conduta ilibada exigidas para a função. A estabilidade, portanto, não é um escudo impenetrável, mas uma condição que exige conduta exemplar e constante vigilância.

O risco de morte é real, tanto que é previsto na Lei Orgânica aprovada pelos Legisladores de São Paulo - Imagem: Reprodução

O Campo de Batalha Silencioso: Risco de Morte e a Guerra das Facções

O sistema prisional brasileiro, e o paulista em particular, é um epicentro do crime organizado. Facções como o PCC têm sua base de comando e articulação dentro dos presídios. Isso transforma o ambiente de trabalho do policial penal em uma zona de conflito permanente.

O risco de morrer a qualquer momento não é um exagero retórico; é uma realidade tangível. Os agentes lidam diariamente com indivíduos de alta periculosidade, cujas redes criminosas se estendem para além dos muros da prisão. O perigo não se limita ao horário de serviço: o policial penal é um alvo em potencial 24 horas por dia, 7 dias por semana.

As facções veem os agentes como inimigos diretos de seus negócios e poder. Ameaças, atentados e execuções de policiais penais, em serviço ou em suas folgas, são notícias recorrentes em um cenário de guerra velada. A expectativa de vida média dos policiais penais em São Paulo é, infelizmente, baixa, com muitos sucumbindo a problemas de saúde relacionados ao estresse crônico (como hipertensão e depressão) ou à violência direta do crime organizado.

Essa realidade transforma a profissão em algo que vai muito além de um emprego. É um sacrifício que exige uma resiliência mental e física que poucas carreiras públicas demandam. O peso do uniforme e da função acompanha o agente em todos os momentos de sua vida.

A dúvida não deve persistir em quem pensa em ser um polícial penal, pois a frustração é pior que uma decisão mal tomada - Imagem: Reprodução

Vocação ou Sacrifício?

As três verdades apresentadas – a estabilidade frágil, o ambiente de trabalho como um campo de batalha e o risco que se estende para a vida pessoal – pintam um quadro muito diferente daquele idealizado por muitos candidatos. 

A carreira de Policial Penal em São Paulo é uma das mais desafiadoras e perigosas do serviço público. Diante de um campo de batalha silencioso, a pergunta que fica não é sobre o salário ou a estabilidade, mas sobre ter a vocação inabalável que essa profissão exige. Você tem?

Fonte: UNODIREITO

Atenção, policiais civis e científicos: o que aconteceu com a Penal pode acontecer conosco! Viramos o sinônimo do ruim, e com razão

A Polícia Penal de São Paulo passou por uma “modernização” que se tornou um pesadelo para quem mais se dedicou à carreira. E isso pode ser nosso futuro com a nova Lei Orgânica!

Por Flit Paralisante • Sem-categoria

segunda-feira 08 de dezembro de 2025

A Lei da Polícia Penal no Estado de São Paulo, estagnou a carreira prejudicou, toda a categoria e
até hoje não disse a que veio, pois ela existe apenas no papel e para prejudicar os políciais penais - Imagem Leandro Leandro
O governo implementou o sistema de subsídio prometendo “simplificação” e “valorização”. Na prática, criaram um modelo que enquadrou servidores pelo valor salarial total, não pelo tempo de carreira, criou a “Vantagem Pessoal de Subsídio” (VPS) para mascarar perdas e penalizar quem mais acumulou direitos e experiência.

O enquadramento partiu da soma da remuneração total de cada servidor (salário-base, gratificações e direitos). Com base nesse valor, cada um foi alocado em uma das novas Classes (divididas em categorias de A, B e C). 

A grande armadilha foi a criação da VPS: em vez de promover o servidor para a Classe superior, quando seu salário ultrapassava o teto desta, ele era mantido na mesma classe, e a diferença se tornava uma VPS que é corroída pelos futuros aumentos, congelando o salário.

A era do apito já se foi há alguns anos, mas as dificuldades, as precariedades, a falta de efetivo,
de respeito, de reconhecimento e valorização persistem de forma ainda mais acentuada atualmente- Imagem: Leandro Leandro

Resultado devastador

Servidores com mais de 20 anos de Polícia Penal ficarão estagnados, sem perspectiva de crescimento. Os futuros aumentos são absorvidos pela VPS até ela zerar completamente. O governo anuncia reajustes com percentuais que não chegam efetivamente ao bolso do servidor, criando aumentos “ilusórios”. Paradoxalmente, quem mais lutou por seus direitos foi o mais prejudicado pelo próprio sucesso em conquistá-los.

Há servidores em final de carreira que não receberão aumento nominal por anos. Muitos acumularam VPS que está sendo consumida a cada reajuste concedido. Profissionais experientes, em termos reais, estão ganhando menos que novatos que ingressaram recentemente na carreira.

A mecânica da transição: como a valorização se transforma em armadilha

O processo de transição para o subsídio, como visto no caso da Polícia Penal, segue uma lógica aparentemente simples, mas com consequências profundas:

Policia penal é apenas marketing estatal em SP

1. Cálculo da Remuneração Atual: O ponto de partida é a soma de todos os componentes do salário do servidor: o vencimento-base, adicionais por tempo de serviço (quinquênios e sexta-parte), gratificações incorporadas por funções de chefia ou direção, e outros direitos adquiridos, muitas vezes por meio de longas batalhas judiciais.

2. Enquadramento por Faixa Salarial: O governo estabelece novas categorias (A-C) dentro das atuais classes, cada uma com um teto remuneratório definido. O servidor é então alocado na categoria correspondente ao seu salário bruto total, com base na sua classe originária. Quem ganha menos, fica nas categorias iniciais; quem ganha mais, vai para as categorias finais.

3. A Criação da “Vantagem Pessoal de Subsídio” (VPS): O Ponto Crítico: Aqui reside o cerne do problema. O que acontece com um Perito Criminal em final de carreira, com décadas de serviço, múltiplos quinquênios, sexta-parte e talvez gratificações de chefia incorporadas, cuja remuneração total ultrapassa o teto da categoria mais alta, dentro da sua classe? Para não haver uma redução salarial nominal – o que é vedado pela Constituição –, o governo cria a chamada “Vantagem Pessoal de Subsídio” (VPS).

4. A VPS funciona como um “complemento” para que o servidor não perca dinheiro no momento da transição. Ao invés de subir de classe, ele é enquadrado na última categoria, recebendo o valor máximo daquela classe, e a diferença que excede esse teto é paga como VPS. À primeira vista, parece uma solução justa. Na prática, é o início de uma estagnação programada. A VPS não é um direito permanente; ela é uma verba temporária, destinada a ser “corroída” ou “absorvida” por todos os futuros reajustes concedidos.

Uma policia penal sem uniformes, sem salários, sem estruturas, quase sem direitos e com uma Lei
Draconiana que pune e assedia os policiais penais mesmo quando reclamam de seus parcos direitos, - Imagem: Leandro Leandro

E a Polícia Civil e Polícia Técnico-Científica?

A nova Lei Orgânica pode trazer o mesmo modelo para nossa categoria. Os sinais são claros: há um discurso de “modernização” e “simplificação”, promessas de “valorização” sem detalhes técnicos e pressão para aprovação rápida sem debate amplo com a categoria.

Precisamos de mobilização imediata contra qualquer modelo que prejudique direitos adquiridos, transparência total sobre os critérios de enquadramento, garantias constitucionais de irredutibilidade salarial real e análise técnica independente de qualquer proposta apresentada.

A experiência da Polícia Penal é nosso alerta. Não podemos deixar que décadas de luta por direitos sejam destruídas por um sistema que beneficia apenas o governo, reduzindo gastos às custas da carreira policial. Nossa força está na união e na informação. Quanto mais policiais souberem dessa realidade, mais forte será nossa resistência.

Fonte: Site Flit Paralisante

Vídeo: Policia Penal São Paulo

Imagens: Leandro Leandro

Contraponto: 

O sinônimo do atraso e da precariedade

O homúnculo dos antigos alquimistas e os relogios do atraso, sempre quebrados e sem conserto- Imagem: Montagem Leandro
De forma triste e concreta viramos o sinônimo de uma péssima Regulamentação e Modernização, isso nós já sabíamos, porém fomos enganados por este governo que ora ocupa o Palácio dos Bandeirantes, que prometeu salários no início e no topo de carreira muito bom em reunião na Casa Civil.

Mas que quando apresentaram os tais números no papel, foi uma decepção e a prova verdadeira que alguns homens (com h minúsculo mesmo) não têm palavra, e com isso se infere que os seus carácteres serem extremamente diminutos, levando-os a categoria de homúnculos.

E impotentes diante do Estado, por falta de União e Corporativismo, tivemos que engolir a seco um "Sapo Cururu" gigantesco, e isso está sendo mostrado principalmente para os policiais penais mais antigos e que quando se aposentam vêm seus salários minguarem, sem contar que em algumas classes com a V por exemplo, não tiveram nenhum reajuste, e sim perdas salariais.

O restante o redator do Site Flit Paralisante, discorre na matéria acima. 

No Brasil, 46,7% de policiais penais sentem medo no trabalho, diz pesquisa

Levantamento inédito ouviu 22,7 mil agentes; dados também citam depressão, ansiedade e pânico.

Elijonas Maia, da CNN Brasil, em Brasília

08/12/25

A pesquisa “Cenários da Saúde Física e Mental dos Servidores do Sistema Penitenciário Brasileiro”
foi realizada com 22,7 mil policiais penais em todo o Brasil - Imagem: Assessoria de Comunicação da Polícia Penal
Uma pesquisa inédita feita com 22,7 mil policiais penais em todo o Brasil mostra um cenário do sistema penitenciário brasileiro que só é conhecido por quem está do lado de dentro dos muros dos presídios.

Realizada entre 2022 e 2024, a pesquisa “Cenários da Saúde Física e Mental dos Servidores do Sistema Penitenciário Brasileiro” é a maior pesquisa nacional já realizada sobre a saúde física e mental dos servidores do sistema penitenciário brasileiro, promovida pela Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, e operacionalizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Os dados revelam que 46,7% dos policiais já sentiram medo relacionado ao trabalho em algum nível nas últimas duas semanas, 28,1% sentiram irritação muitas vezes, 4,0% o tempo todo, 34,3% sentiram exaustão muitas vezes e 10,3% o tempo todo.

No Brasil, 46,7% de policiais penais sentem medo no trabalho, diz pesquisa - Imagem: Jorge Junior
Os números também mostram uma polícia doente: hipertensão, obesidade e doenças ortopédicas aparecem entre as mais frequentes citadas.

Sobre saúde mental, 18,6% responderam que é ruim e 4,3% classificaram como péssima.

A pesquisa mostra ainda que 25% dizem que estão “no limite”. Com diagnósticos formais, 20,6% têm ansiedade, 10,7% depressão e 4,2% pânico.

No quesito assédio, os números também chamam atenção: 40,2% declararam já terem sofrido assédio moral no trabalho, 9,2 % assédio sexual, 14,1% discriminação racial e 13,5% discriminação de gênero.

Os 100 mil policiais penais no Brasil são responsáveis pela custódia e a segurança de cerca de 900 mil pessoas privadas de liberdade, além de lidar com a custódia de líderes de facções criminosas, como Primeiro Comando da Capital (PCC) e CV (Comando Vermelho).

Fonte: CNN