Camargo Corrêa cita propina de R$ 2,5 milhões para dirigente do
metrô de São Paulo.
Bruno Ribeiro e Fabio Leite, O Estado de S.Paulo
08 Julho 2017 | 05h00
Dois
executivos da Camargo Corrêa afirmaram em acordo de delação premiada feito com
o Ministério Público de São Paulo que a construtora pagou R$ 2,5 milhões em
propina a um ex-diretor do Metrô paulista para fraudar a licitação das obras da
Linha 5-Lilás, feita em 2010. Os repasses ilícitos, segundo os delatores,
favoreceram um cartel formado pelas cinco maiores empreiteiras do País.
Em depoimento aos promotores, ainda sob sigilo na Justiça, os engenheiros Jorge Yazbek e Eduardo Maghidman detalham pagamentos ilícitos ao ex-diretor de Assuntos Corporativos Sérgio Corrêa Brasil, entre 2010 e 2011, nos governos José Serra, Alberto Goldman e Geraldo Alckmin, todos do PSDB. De acordo com os delatores, a propina assegurou que os lotes mais caros da obra ficassem com Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, OAS, Odebrecht e Queiroz Galvão, chamadas de “G5”.
Em depoimento aos promotores, ainda sob sigilo na Justiça, os engenheiros Jorge Yazbek e Eduardo Maghidman detalham pagamentos ilícitos ao ex-diretor de Assuntos Corporativos Sérgio Corrêa Brasil, entre 2010 e 2011, nos governos José Serra, Alberto Goldman e Geraldo Alckmin, todos do PSDB. De acordo com os delatores, a propina assegurou que os lotes mais caros da obra ficassem com Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, OAS, Odebrecht e Queiroz Galvão, chamadas de “G5”.
Segundo delatores, construtora Camargo Corrêa pagou propina a ex-diretor do Metrô para obras da Linha 5-Lilás Foto: TIAGO QUEIROZ / ESTADÃO |
Esta é a primeira delação obtida pelo MP paulista
envolvendo obras do Metrô, mas o
nome de Brasil já foi citado por quatro executivos da
Odebrecht em delações da
Operação Lava Jato como beneficiário de pagamentos
ilícitos por vantagens em
contratos da companhia envolvendo as Linhas 2-Verde,
5-Lilás e 6-Laranja, entre 2003
e 2013.
Nas planilhas da Odebrecht, Brasil aparece com os codinomes “Brasileiro”
e “Encostado”. No caso da Linha 5-Lilás, executivos da Odebrecht disseram que o
ex-diretor cobrou propina de 0,5% sobre os pagamentos mensais feitos pelo Metrô
às construtoras. Brasil deixou a estatal em dezembro do ano passado, em um
Plano de Demissão Voluntária (PDV).
As obras da Linha 5 foram divididas em oito lotes – sete contratos foram
assinados em outubro de 2010 no valor total de R$ 6,2 bilhões (corrigidos pela
inflação). A Camargo venceu o lote 3 em consórcio com a Andrade Gutierrez pelo
valor de R$ 1,7 bilhão, e Odebrecht, OAS e Queiroz Galvão dividiram o lote 7
(R$ 1,8 bilhão).
Segundo Yazbek, diretor da Camargo até abril deste ano, foi um executivo
da Andrade, em 2010, que apresentou a demanda de pagamento de propina a Brasil.
De acordo com o delator, o ex-diretor do Metrô indicou que os pagamentos fossem
feitos por meio da empresa AVBS, de Gilmar Alves Tavares.
Yazbek e Tavares teriam combinado dois contratos fictícios no valor de
R$ 1,25 milhão cada, vinculados a uma obra da Camargo em Jundiaí, no interior,
para dar aparência de legalidade ao negócio e disfarçar a propina. Os
pagamentos foram feitos entre 2011 e 2012 e divididos em cinco parcelas de R$
250 mil. Nenhum serviço foi prestado pela AVBS.
Segundo Maghidman, os recursos pagos à empresa do suposto laranja de
Brasil foram retirados das obras da Linha 2-Verde, onde a Camargo também tinha
contrato.
Acordo. As
delações foram feitas na esfera criminal, onde Yazbek e Maghidman estão entre
os 13 réus da ação penal movida em 2012 pelo MPE contra o cartel na Linha
5.
Na esfera cível, em
que há uma ação de improbidade contra as empresas desde 2011, a Camargo e a
promotoria fizeram um acordo no qual a empreiteira deve pagar multa de R$ 24,3
milhões e desistir de uma ação contra o Metrô no valor de R$ 27 milhões,
conforme revelou a Folha de S. Paulo. Pela proposta, que ainda está
sob análise da Justiça, a Camargo admite o crime de cartel e continua livre
para contratar com o poder público.
Fonte: Estadão
Acabamos de ver na
matéria acima como é transparente este partido que faz uso excessivo da
política do " Sistema Fisiologista", pratica consagrada no Sistema
Político brasileiro e inclusive duramente criticada por partidários deste
partido, que é seu maior usuário, vide denúncias comprovadas e arquivadas que
remontam a 1997, e a famosa emenda da reeleição.
2018 será atípico no Estado de São Paulo, será o ano que irá se
completar 24 anos de hegemonia de um partido político em nosso País, partido
este que condenou veementemente os 04 mandatos sucessivos do governo petista em
âmbito federal.
Se esquecendo é claro de seu virtuosismo em se manter no poder por tempo
indefinido, e isso é claro, não por conta de administrações maravilhosas, esta
é a verdade, mesmo porque acabou com quase todo o patrimônio do Povo Paulista,
vendendo a preço de banana rodovias, siderúrgicas, bancos, centrais de produção
e de distribuição de energia elétrica e muito mais.
Mas por conta de não ter opositores, vez que aparelhou o Estado de
tal forma que não tem concorrentes, não permite a aparição ou surgimento dos
mesmos. Mas que ama falar em oxigenação do Poder em nível federal.
Enquanto isso já está preparando, como se cegos fossemos, o futuro
candidato ao Governo de São Paulo para ser o sucessor do bastão que irá tocar
por mais 04 anos ou quiçá por até 08 anos, dois mandatos sucessivos, os
destinos traçados ao povo paulista no Palácio dos Bandeirantes.
Já sabemos de antemão quem será o escolhido. Mas curioso é saber o que
eles teem feito para se manter por tanto tempo no poder, a custas de tantas
denúncias, e quase todas ou a maioria delas, arquivadas pela Assembleia de
Deputados Paulistas.
Casa na qual os Governos Tucanos costumas ter maioria absoluta, e que
sem oposição, passa por sobre as mesmas como um rolo compressor, e dá-lhe
arquivamento.
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