Secretaria apura negligência de servidores durante visitação em presídio.
Por G1 AM
30/07/2017 16h31 Atualizado há 5 horas
Secretaria de Administração Penitenciária do Amazonas (Seap) voltou a se pronunciar após o estupro de uma menina de oito anos no Centro de Detenção Provisória Masculino II (CDPM II), durante visitação na sexta-feira (28).
Centro de Detenção Provisória (CDPM 2) fica na Zona Rural de Manaus (Foto: Ive Rylo/G1 AM) |
A secretaria afirma que vai analisar novas condições para as idas de crianças às cadeias do Estado. Na segunda-feira (31), será instaurado um procedimento para apurar se houve negligência por parte dos servidores que trabalham no CDPM II.
A vítima foi estuprada por um detento. A menina e a mãe dela haviam ido visitar o pai. O preso que confessou o abuso era conhecido da família da menina. O crime ocorreu em um banheiro do pavilhão 5 da unidade.
Em nota, a Seap disse que ele deve ser transferido para outro presídio, mas não informou qual. Os novos procedimentos de visitação de crianças a serem analisados também não foram especificados pela pasta.
"O Estado vai promover a apuração administrativa para que sejam avaliadas formas e mecanismos para evitar que o episódio aconteça novamente. Os procedimentos e projetos serão discutidos pelos setores jurídicos, operacionais e sociais da Seap nos próximos dias. As mudanças serão anunciadas quando forem definidas", pontuou.
A secretaria afirma que "a necessidade de manter vigilância sob a criança é de responsabilidade dos pais". No entanto, a movimentação das visitas têm acompanhamento de agentes penitenciários.
Entenda o caso
O crime ocorreu no banheiro do pavilhão 5 da unidade prisional, localizada no Km 8 da rodovia BR-174. Segundo a polícia, a vítima de oito anos brincava em uma área reservada a crianças quando foi abordada pelo detento. Em depoimento, ele disse ter dito à menina que lhe daria um brinquedo caso ela achasse um isopor que estava escondido no último banheiro do pavilhão.
Centro de Detenção Provisória Masculino |
Após o ato, a menina saiu do banheiro, chorando, e contou aos pais. Ainda de acordo com a polícia, o preso dividia a cela com o pai da vítima.
O suspeito confirmou o ocorrido e disse que estava há dois dias sem dormir e consumindo drogas. "Não pensei no que estava fazendo. Foi um momento de leseira", justificou.
Ele, que cumpria pena por roubo desde 2014, foi autuado por estupro de vulnerável.
Fonte: G1
Contraponto: Que isso sirvo de lição para todos os Administradores do Sistema Prisional Brasileiro, ali não é lugar de crianças. Estou com 27 anos de Sistema Prisional, e posso falar com convicção, ali não é lugar de crianças. Já é a segunda vez que ouço tal barbaridade acontecer ao longo deste tempo. Sendo que a primeira vez foi a mais de 20 anos atrás na Unidade no qual presto serviço.
E isso é inadmissível, porém, não podemos esperar um comportamento social adequado de um marginal, ainda que a resposta para tal ato seja o mais grave possível. Temos é que extirpar a possibilidade de tal ocorrência com a proibição da entrada de crianças em presídios. Assim cortamos o mal pela raiz.
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