Filho de ministro do TCU, Tiago Cedraz é alvo da 45ª fase da Lava JatoSegundo a PF, a atual fase investiga dois advogados que participaram de reuniões nas quais foi discutido esquema de pagamento de propina
Clique Aqui para ver os Documentos da Propositura do Recurso no STJ, proposto pela Cedraz AdvogadosMIRELLE PINHEIRO
23/08/2017 7:39 , ATUALIZADO EM 23/08/2017 8:55
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Policia Federal faz operações em Brasilia e na Bahia |
A Polícia Federal deflagou nesta quarta-feira (23/8) a 45ª fase da Lava Jato. Estão sendo cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em Brasília, São Paulo e na Bahia. Um dos alvos é o advogado Tiago Cedraz, filho do ministro Aroldo Cedraz, do Tribunal de Contas da União (TCU).
Tiago Cedraz foi intimado a prestar depoimento na superintendência da PF em Brasília, imediatamente. Segundo a corporação, a atual fase investiga dois advogados que participaram de reuniões nas quais o esquema criminoso, com o pagamento de propinas a agentes da Petrobras, teria sido planejado.
Eles teriam recebido comissões pela contratação de uma empresa americana pela estatal, mediante pagamentos em contas mantidas na Suíça em nome de off-shore, de acordo com as investigações. Além de Tiago Cedraz, a nova fase da Lava Jato mira um ex-deputado federal e uma assistente do parlamentar por recebimento de propina.
Patrimônio considerável
Tiago Cedraz, de 34 anos, ergueu patrimônio milionário à frente de uma banca que atua no Tribunal de Contas da União (TCU), órgão presidido pelo pai. Em paralelo à atuação da banca na Corte de contas, em menos de três anos ele fechou a compra de imóveis de quase R$ 13 milhões e, até abril de 2015 figurava como dono de um jatinho Cessna, de dez assentos, conforme levantamento do jornal “O Estado de São Paulo”.
A maior parte dos bens foi adquirida por meio da Cedraz Administradora de Bens Próprios, criada pelo advogado em sociedade com a mãe, Eliana Leite Oliveira, mulher do ministro. Formado em 2006 em Direito, Tiago é tido como persona influente no órgão dirigido pelo pai, embora não atue formalmente nas dezenas de processos que seu escritório mantém na Corte — outros advogados do escritório que têm procurações nos autos.
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Reprodução Metrópoles |
Conforme autoridades do tribunal, ele circula por gabinetes discutindo processos e já se encarregou até de colher sugestões para a montagem da equipe de secretários de fiscalizações, nomeados pelo ministro.
O jovem entrou na mira da Lava Jato após denúncias do empresário Ricardo Pessoa, da UTC Engenharia. Em depoimento, ele disse ter pago R$ 1 milhão ao advogado para que um processo da empreiteira fluísse conforme seus interesses. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), há indícios não comprovados de que o dinheiro seria repassado ao ministro Raimundo Carreiro, relator de processos da construtora.
O delator ainda mencionou pagamentos a Tiago para obter informações do TCU. Diante das suspeitas de tráfico de influência e corrupção, o STF autorizou buscas em imóveis de Tiago à procura de mais provas para instruir a investigação. O advogado e o ministro negam as acusações.
Na Bahia, terra dos Cedraz, outra frente de negócios do advogado era a Euroconsult Consultoria, Projetos e Participações, aberta em sociedade com o primo Luciano Araújo, tesoureiro do Solidariedade, também citado na delação de Pessoa — segundo o empresário, ele buscava os pagamentos da UTC.
Questionado, Tiago informou que a Euroconsult foi fechada em 2014. Em nota, ele explicou que os bens estão declarados e são “compatíveis com a atuação destacada do advogado, cujo escritório, com mais de 35 mil processos em todos os ramos do Direito, é um dos mais procurados e respeitados de Brasília”. (Com informações da Agência Estado)
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Fonte: Metropoles/ Via Estadão
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