10 agosto 2017

AS DUAS FACES DE UMA OPERAÇÃO: DIREITOS HUMANOS DIZ QUE HOUVE VIOLÊNCIA, SECRETARIA AFIRMA QUE A AÇÃO FOI LEGÍTIMA

'Legalidade está sendo verificada', diz secretário-adjunto sobre ação de agentes em presídio de Blumenau
Leandro Lima disse que clima estava tenso e detentos ameaçavam se levantar. Vídeo mostra detentos sendo contidos com balas de borracha e spray de pimenta.


Por RBS TV





O secretário-adjunto de Justiça e Cidadania de Santa Catarina, que responde pelo sistema prisional do estado, falou sobre a atuação de agentes no Presídio Regional de Blumenau, no Vale do Itajaí, divulgada em um vídeo na terça (8). Leandro Lima disse ao RBS Notícias desta quarta-feira (9) que o clima já estava tenso e os detentos ameaçavam se levantar.

Um vídeo mostra detentos do presídio sendo atingidos por balas de borracha, golpes de cassetete e spray de pimenta por integrantes do Grupo Tático de Intervenção (GTI), criado pela Secretaria de Justiça e Cidadania (SJC) há menos de um mês para conter rebeliões em Santa Catarina.

No trecho do vídeo que foi divulgado, eles aparecem sentados, com as mãos pra trás. Um agente solta spray de pimenta, um preso se levanta, e outro agente dispara com bala de borracha.

Leandro Lima disse que as celas estavam cheias de armas artesanais, recolhidas depois, ao final da operação. "Os agentes que estão na missão estão escutando o que nós não conseguimos escutar. A ação deles é preventiva e proporcional na medida em que eles evitam que os presos se levantem e atendam o comando ou a ordem de se manterem sentados para que a gente possa efetuar a operação.

Ela é legítima porque é o trabalho dos agentes penitenciários. A legalidade dela está sendo verificada neste processo que a corregedoria abriu nessa situação", afirmou.

GTI


GTI em ação










A ação terminou em boletim de ocorrência. O GTI é composto por 30 homens com treinamento avançado para apoiar e organizar operações e rondas nas unidades prisionais.

Quem coordena o grupo é Carlos Antonio Gonçalves Alves, que era diretor do presídio em São Pedro de Alcântara, na Grande Florianópolis. Em 2012, ele aparece entrando na unidade com outros seis agentes. Nesse episódio, um vídeo mostra que houve disparo de tiros com bala de borracha.

 Além disso, os detentos afirmaram na época que depois passaram por uma sessão de tortura, com choque e espancamentos.

GTI em ação











Estas torturas teriam motivado as ondas de violência em várias cidades de Santa Catarina comandadas de dentro dos presídios. Na época, a polícia apurou que bandidos tentaram acertar o diretor, mas mataram a mulher dele por engano. Os assassinos foram condenados no ano passado. Carlos aguarda o julgamento pelos crimes de tortura.

"O GTI é um braço institucional da secretaria que tem uma missão bastante importante. E o coordenador, sendo ele A, B ou C, tem uma missão regrada para cumprir. E caso não cumpra, o órgão fiscalizador, que é a corregedoria, vai cumprir. Se lá no final das contas a corregedoria chegar à conclusão de que esse ou aquele procedimento precisam ser retomados, refeitos, a gente vai refazer", afirmou o secretário-adjunto.

GTI em ação







O professor de ciências jurídicas Juliano Keller do Valle acompanha o sistema prisional e aprova o grupo especializado, mas pra agir em última instância, não nas situações recomendadas atualmente pelo estado.

"Não vejo tanta especificidade assim ao ponto de se estabelecer um diferencial entre esse grupo e o agente prisional que desempenha sua função dentro do complexo, dentro do estabelecimento prisional, seja de Blumenau, seja de Joinville, seja de Florianópolis", afirmou o professor.


Fonte: G1

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Vídeo: Watts app

Imagens: GTI



Contraponto: Necessitamos com urgência de Administradores que não se escondam por trás dos atos de seus comandados, e muito menos não os apoiem em momentos como estes.

Que legitimem suas ações e seus atos, pois se existe um onda de indisciplina que está ocasionando princípios de caos, tumulto, turbulência e princípios de rebeliões, somente as forças especializadas e com treinamento de invasão e contenção de turbas violenta podem entrar nas unidades e impor e restaurar ainda que mediante força e de uso de equipamentos apropriados, a paz e a tranquilidade.

 Para que os Agentes Penitenciários tenham sua segurança preservada, e que possam dar continuidade aos trabalhos e que estes  possam ser executados. Que os custodiados, detidos ou condenados,  tenham condições de dar cumprimento a suas penas com segurança e sabedores que da unidade sairão com suas vidas também preservadas.

 Isso é o mínimo que o Estado pode oferecer. E não pode consentir que venham e esculachem seus Funcionários. Tem sim que sair em suia defesa, pois estão ali cumprindo ordens.

3 comentários:

  1. Quero parabenizar meu amigo Leandro por este magnífico trabalho...É de muita coragem e respeito.O mundo precisa muito de pessoas como você! !!
    Muita luz! !

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  2. Concordo em número e grau,para que a disciplina e a ordem seja mantida,inclusive para manter a integridade dos sentenciados deve-se estabelecer todos os critérios de segurança aos agentes e de maneira enérgica e eficaz para que todos conjuntamente tenham a segurança necessária para que ambos ,agentes e sentenciados consigam sentir segurança necessária para o término de suas responsabilidades!

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  3. Todos os direitos devem ser dados mas todos os deveres Devem ser exigidos. Na visão dos direitos humanos essa parcela de presos indisciplinados só tem direitos, mas isso não é assim, eles cerceiam o direito a um ambiente seguro e saudável tanto aos trabalhadores do sistema penitenciário quanto aos demais presos, que tem que se submeter aos desígnios das fracções para não serem mortos e seus famíliares não sejam extorquidos, em uma venda de serviço de segurança onde eles os protegem deles mesmos.

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