24 agosto 2017

COISAS DO BRASIL: ABDELMASSIH VAI ACABAR PASSANDO O POUCO DE VIDA QUE LHE RESTA, EM TRÂNSITO....IGUAL COURO DE " PELICA"

Abdelmassih deixa hospital penitenciário em SP e segue para o presídio em Tremembé. Ex-médico estava em hospital do Carandiru depois de ter cassado pela Justiça o direito à prisão domiciliar.

Por G1 SP
24/08/2017 19h30  Atualizado há 2 horas

O ex-médico Roger Abdelmassih, de 74 anos, recebeu alta na noite desta quinta-feira (24) do Centro Hospital do Sistema Penitenciário, na Zona Norte de São Paulo, e foi para o presídio de Tremembé, onde seguirá cumprindo a pena por 37 estupros de pacientes.

Abdelmassih chega à sede do DHPP, em SP (Foto: Reprodução/TVGlobo)





O Tribunal de Justiça acolheu na semana passada o pedido do Ministério Público e determinou que o ex-médico voltasse para prisão. Ele cumpria pena em regime domiciliar, após receber alta hospitalar. Esta foi a quinta decisão judicial sobre o destino do ex-médico em menos de dois meses.

Abdelmassih foi condenado a 181 anos de prisão pelo estupro de suas pacientes. Ele cumpria prisão domiciliar em um apartamento em Pinheiros, na Zona Oeste da cidade, desde o começo de julho.

No dia 7 de agosto, o ex-médico foi internado no Hospital Albert Einstein por causa de uma infecção de uma superbactéria, e recebeu alta dia 15. Ele foi para casa mas em seguida a Justiça cassou a prisão domiciliar.

Uma das razões para determinar o retorno do ex-médico ao sistema prisional é a falha no monitoramento por meio de tornozeleira eletrônica. "A concessão da prisão domiciliar atendeu ao sopesamento de dois valores, o do benefício à saúde do preso e o do controle de sua locomoção.

Havendo fato novo que afete um desses fatores, independentemente de sua causa, impõe-se nova valoração fática, que no caso em apreço importou na revogação da anterior concessão da prisão domiciliar em face do tamanho enfraquecimento que a ausência da monitoração eletrônica causa à vigilância do paciente, o que tornou excessivamente arriscado atender-se ao pretendido tratamento fora do sistema prisional", diz o texto da decisão.

Fotos divulgadas pela defesa de Roger Abdelmassih mostra o médico internado no Hospital Albert Einstein
usando tornozeleira eletrônica (Foto: Antonio Celso Fraga/Arquivo pessoal)








Histórico

Roger, que era considerado um dos principais especialistas em reprodução humana no Brasil, foi condenado a 278 anos de reclusão em novembro de 2010. Abdelmassih não foi preso logo após ter sido condenado porque um habeas corpus do Superior Tribunal de Justiça (STJ) dava a ele o direito de responder em liberdade.

O habeas corpus foi revogado pela Justiça em janeiro de 2011, quando ex-médico tentou renovar seu passaporte, o que sugeria a possibilidade de que ele tentaria sair do Brasil. Como a prisão foi decretada e ele deixou de se apresentar, passou a ser procurado pela polícia.

Em 24 de maio de 2011, o Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) cassou o registro profissional de ex-médico de Abdelmassih.

Após três anos foragido, quando chegou a ser considerado o criminoso mais procurado de São Paulo, Abdelmassih foi preso no Paraguai pela Polícia Federal (PF), em 19 de agosto de 2014. Em outubro daquele ano, a pena dele foi reduzida para 181 anos, 11 meses e 12 dias, por decisão judicial. Entretanto, pela lei brasileira, nenhuma pessoa pode ficar presa por mais de 30 anos.


Fonte: G1

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