01 agosto 2017

PRESO EM UNIDADE FEDERAL, EX BICHEIRO DEVE SER TRANSFERIDO PARA PRESÍDIO EM MT( COMENDADOR ARCANJO)

João Arcanjo Ribeiro está preso em penitenciária de segurança máxima no Rio Grande Norte. Ele tem condenações por crimes financeiros e assassinatos.


Por André Souza, G1 MT
01/08/2017 18h39  Atualizado há 20 minutos



Ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro foi preso em 2003, no Uruguai, e está detido no Presídio Federal de Mossoró (RN)














A Justiça de Mato Grosso aceitou pedido da defesa do ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro, preso desde março de 2016 na Penitenciária Federal de Mossoró (RN), e determinou a transferência dele para a Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá. A decisão é da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) e foi votada em sessão nesta terça-feira (1º).

Arcanjo foi preso no Uruguai, em 2003, e ingressou no sistema penitenciário federal em outubro de 2007, quando foi encaminhado para a Penitenciária Federal de Campo Grande (MS).

De acordo com a sentença, o TJMT reformou a última decisão da Justiça que havia prorrogado a estadia de Arcanjo por mais 360 dias no presídio em Mossoró. Em janeiro, a Secretaria Estadual de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh-MT) solicitou – e foi atendida – a prorrogação do prazo, alegando que a presença dele em solo mato-grossense fortaleceria a gestão da organização criminosa liderada por ele.

O desembargador Paulo da Cunha, relator do processo, alegou que essa decisão “carece de fundamentação idônea e viola os princípios mais basilares da execução penal”.

O magistrado aponta ainda a assistência familiar e emocional para motivo da transferência.

“Dentre os direitos assegurados aos condenados está aquele de cumprir a reprimenda imposta em estabelecimento prisional próximo de sua família, como forma de manter os vínculos afetivos e garantir a assistência familiar, emocional e social, contribuindo para a harmônica integração social”, diz trecho da sentença.

Ainda no pedido de prorrogação da estadia de Arcanjo, a Sejudh argumentou que, em Mato Grosso, ele poderia financiar planos de fuga e que deve ficar o mais longe possível de suas bases de atuação para tornar mais difícil o fluxo de informações entre os integrantes da quadrilha e a formação de novos bandos criminosos.

“No que se refere à periculosidade, as circunstâncias explicitadas na decisão combatida remontam a fatos ocorridos há mais de 10 anos. Não se pode afirmar concretamente, hoje, que Arcanjo possui influência política, como também não há notícias de que o grupo outrora por ele liderado continue estruturado e praticando as condutas criminosas outrora lhe imputadas”, como consta na decisão.

Somadas, as penas de Arcanjo chegam a 82 anos e seis meses de prisão, por crimes que vão de crimes de assassinatos a lavagem de dinheiro e contrabando.
Ainda na sentença, o TJMT manda notificar a Sejudh-MT para que o órgão adote as providências necessárias para o recebimento do preso. A data da transferência ainda deve ser definida.





Fonte: G1

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