01 agosto 2017

UMA SEMANA APÓS REBELIÃO, PRESOS DO CDP DE PINHEIROS SEGUEM SEM VISITAS

Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) informou que unidade está passando por reformas. Presos também não podem receber "jumbo".


Por Paula Paiva Paulo, G1 SP
01/08/2017 08h36  Atualizado há 40 minutos

Os presos do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pinheiros, conhecido como Cadeião, estão sem receber visitas desde a rebelião que provocou um incêndio no pátio, no último dia 24. Eles também não podem receber o "jumbo", que são os alimentos pessoais e remédios entregues semanalmente pelas famílias aos detentos.


Familiares aguardam notícias nesta segunda-feira (31) (Foto: Paula Paiva Paulo/G1)













Na manhã desta segunda-feira (31), familiares dos presos aguardavam notícias na porta do CDP. “A gente só quer saber se eles vão pelo menos liberar o jumbo”, disse a esposa de um detento.

Segundo a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), após a rebelião, a unidade "está passado por uma reforma, para a melhoria dos mecanismos de segurança, o que compromete a realização de visitas e recebimento de 'jumbos'". A pasta informou ainda que "assim que finalizada a obra a rotina de visitação será retomada normalmente".

O vereador Eduardo Suplicy e a advogada criminal Maria Augusta Assaim estiveram com o diretor do CDP Eduardo Muniz para cobrar informações sobre os detentos nesta segunda. Segundo Suplicy, os diretores disseram que não há previsão para o retorno das visitas. "Puxa, mas as mães têm que ter o direito de ver o filho", questionou o vereador.

De acordo com a advogada, o diretor disse que essas medidas não são um tipo de “punição”, e que a direção do presídio estaria aguardando o final da reforma do que foi destruído na rebelião para retomar as visitas e a entrega de alimentos.

Outra preocupação dos familiares seria com uma possível falta de água no CDP I, onde ocorreu a rebelião. A secretaria nega. "Não há falta de água na unidade e a energia elétrica foi restabelecida no mesmo dia".

Além disso, Suplicy e a advogada questionaram se haverá novas transferências de presos. Na última terça-feira (25), a Secretaria de Administração Penitenciária informou que 80 detentos foram transferidos.


Manifestantes protestam por mais informações sobre detentos no CDP de Pinheiros na última segunda (24) (Foto: Glauco Araújo/G1)










Destes, 36 para Presidente Venceslau I. Segundo a secretaria, eles teriam ligação com a rebelião. Raida Silva, fundadora da Associação de amigos e familiares de presos (Amparar), estava em frente ao Cadeião nesta segunda. “É o descaso total que eles fazem com os familiares e com os presos”, disse sobre a falta de informações. A entidade presta orientação jurídica e assistência psicológica aos familiares dos detentos.

Rebelião

Presos colocaram fogo em colchões no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pinheiros, na última segunda-feira (24). Quatro equipes do Corpo de Bombeiros foram enviadas para lá e controlaram o fogo. Imagens aéreas do GloboCop mostraram os presos jogando colchões e camisetas no fogo, que atingiu dois pátios.
Em nota, a Secretaria deaAdministração Penitenciária (SAP) informou que "presos do Centro de Detenção provisória de Pinheiros I se envolveram em uma ato de indisciplina, ateando fogo em colchões". A SAP informou que “abriu procedimento para investigar a rebelião”.


Cadeião de Pinheiros pega fogo( Arquivo)
























Fonte: G1


Contraponto: Humildemente emito uma opinião pessoal. Acho que estas Ongs e Entidades que dizem querer preservar os "Direitos" dos presos deveriam ser convocados a bancar as reformas das Unidades destruídas por eles próprios, bem como os Familiares serem processados para pagar os danos e prejuízos ao Estado.

Porque se estas Entidades e Ongs tivessem uma participação mais ativa e de fato estivessem preocupadas com os "Direitos"  dos presos elas agiriam antes de acontecer os fatos, prevenindo-os e não agindo somente após os ocorridos. pois a coisa mais fácil que existe é vir criticar e apontar falhas ou omissões depois do ocorrido.

Rebelião não é forma adequada de protestar contra qualquer tipo de reclamação. Existem os meios legais, e os advogados sabem bem disso.

Na maioria das  vezes as rebeliões são arquitetadas somente para que se consiga transferências de determinados indivíduos para unidades previamente planejadas. Isso é comum, e foi desta forma que o PCC conseguiu se alastrar pelo Estado e por todo o País, fazendo rebeliões como objetivo de transferir suas lideranças para outra unidades e lá estando doutrinar e propagar sua ideologia.

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