04 setembro 2017

Importante: Vejam o que diz o Secretário: Ataques em SC 'são fruto de 30 anos de diminuição dos poderes das polícias', diz secretário adjunto de Segurança Pública

Aldo Pinheiro D'Ávila falou sobre ações criminosas que ocorrem desde quinta-feira (31).


Por g1 SC
04/09/2017 11h58  Atualizado há 3 horas

O secretário adjunto de Segurança Pública de Santa Catarina, Aldo Pinheiro D'Ávila, falou em entrevista no Bom Dia Santa Catarina desta segunda-feira (4) sobre os ataques que ocorrem desde quinta-feira (31) no estado. Ao menos 19 cidades tiveram algum caso (veja cronologia).

Base da PM na Colônia Santana, em São José, foi alvo de tiros (Foto: Thomas Braga/RBS TV)






Para Aldo, os ataques "são fruto de 30 anos de diminuição dos poderes das polícias" e aumento do tráfico de drogas. "Somente esse ano 17 mil pessoas foram presas por instituições policiais, destas mais de 5 mil prisões são relacionadas ao narcotráfico", afirma.

Ao menos 29 pessoas foram presas relacionadas aos atos. Com relação aos mandantes, o secretário diz que a pasta realiza investigações. "Nós já temos pessoas identificadas, logicamente nós não podemos falar em nomes nem em locais".

O estado espera que as ações cessem gradualmente. "Os atentados a cada dia tem diminuído. Já tivemos uma diminuição na noite [domingo] e esperamos que as prisões que vão ser realizadas em decorrência das investigações, em decorrência desses atentados, venham a diminuir tal qual das outras vezes", disse.

Veículos foram incendiados no pátio do Dnit em Içara (Foto: Bombeiros/Divulgação)






Pelo menos 38 ataques foram confirmados. A aglomeração de ataques no estado está correlacionada a área de atuação dos grupos criminosos, conforme o governo. "A capital tem essa característica, tanto quanto o Sul do estado, de reunir mais integrantes de facções", disse Aldo.

Comando nos presídios

"Você prende o indivíduo, mas ele permanece com um braço fora do sistema prisional", explica Aldo, sobre a dificuldade de controlar os grupos criminosos mesmo com integrantes detidos. "Saídas temporárias servem para cumprir missões, inclusive para matar policiais, e depois ele volta para o sistema prisional. 

E tem que cumprir o prometido ou a represália é lá dentro", disse. Segundo ele, a questão interna do sistema prisional pode ser um dos motivadores da onda de violência, bem como "ações fortes do estado".

"O sistema prisional também precisa tratar o seu segregado com dureza, você não pode deixar todos felizes dentro de um presídio, até porque ninguém foi pra lá sozinho e chegou lá por algum crime muito grave que cometeu", completa.



Fonte: G1