Ação do MP-GO cumpre 4 mandados de prisão, 6 de condução coercitiva e 11 de busca e apreensão em Goiânia e 4 cidades do interior.
Por Murillo Velasco, G1 GO
28/09/2017 08h42
Mandados foram cumpridos em Goiânia e outras 4 cidades goianas (Foto: Reprodução/TV Anhanguera) |
Uma força-tarefa coordenada pelo Ministério Público Estadual de Goiás (MP-GO) prendeu, nesta quinta-feira (28) um agente prisional e três ex-agentes, em Goiás. Segundo o MP-GO, eles são suspeitos de receber propina em troca de favorecer regalias a presos, como transferências e saídas ilegais do presídio. São cumpridos outros seis mandados de condução coercitiva, quando os envolvidos são levados à delegacia para depor, e 11 de busca e apreensão.
De acordo com o promotor de Justiça Ramiro Carpenedo, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado do MP-GO, os presos chegavam a sair do presídio sem que o Poder Judiciário ficasse sabendo.
“O esquema desbaratinado diz respeito à cobrança de propinas por parte de agentes penitenciários e ex-integrantes da cúpula da superintendência, além de troca de favores para presos. Os benefícios que vão desde transferências dos presos para outras unidades prisionais e até saídas ilícitas. Ao invés de locais autorizados, como hospitais ou outras unidades, os presos acabavam indo para casa, para sua residência, sem o conhecimento da Justiça”, disse o promotor.
Material apreendido foi levado para a sede do MP-GO (Foto: Reprodução/TV Anhanguera) |
O G1 entrou em contato às 8h30, com a Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP), e aguarda um posicionamento do órgão sobre a operação.
A operação, denominada “Regalia”, foi deflagrada pelo MP-GO nesta manhã, em parceria com as polícias Civil e Militar e a Superintendência Executiva de Administração Penitenciária (Seap).
Os mandados estão sendo cumpridos em Goiânia, Caturaí, Inhumas, Aparecida de Goiânia e Luziânia. Segundo o órgão, participam da ação nove promotores de Justiça, 29 agentes, além de cinco delegados da Polícia Civil.
De acordo com o promotor, por determinação judicial, o agente prisional preso e os seis conduzidos coercitivamente foram afastados de suas funções “cautelarmente”.
Fonte: G1