08 novembro 2017

Líderes de rebelião de presos em Bauru/SP são condenados por destruir Unidade Prisional (CPP III ANTIGO IPA)

Dez detentos que comandaram ações que destruíram o Centro de Progressão Penitenciária e levaram pânico à população respondiam por crimes de dano, incêndio e formação de quadrilha.



Por G1 Bauru e Marília
08/11/2017 20h34  


Três pavilhões do CPP 3 de Bauru ficaram destruídos pelo incêndio provocados pelos presos rebelados
 (Foto: Arquivo pessoal)


Os dez detentos que lideraram a pior rebelião de presos da história de Bauru (SP), em janeiro deste ano, foram condenados pelos crimes de dano, incêndio e formação de quadrilha. A condenação ocorreu na sexta-feira (3) e todos os detentos envolvidos irão cumprir pena em regime fechado.

Na ocasião, a rebelião deixou como saldo um rastro de destruição do Centro de Progressão Penitenciária (CPP 3), um total de 152 fugitivos - 110 foram recapturados - e um clima de pânico que tomou conta da cidade e teve como consequência o fechamento de escolas e do comércio.

A condenação atendeu a uma denúncia feita pelo Ministério Público (MP), que se baseou em inquérito instaurado pela Polícia Civil que apontou dez presos como responsáveis pelo motim.

Rebelião não teve mortos nem feridos, mas deixou o Centro de Progressão Penitenciária destruído
(Foto: Arquivo pessoal)


Segundo o documento, o motim teria começado com o preso Jeferson da Silva Talarico, que estava com um celular no momento da inspeção. Ele foi um dos 110 fugitivos recapturados no mesmo dia. Outros nove presos que começaram o tumulto foram rendidos ainda dentro do CPP.

A rebelião teve início depois que presos colocaram fogo no prédio de três pavilhões e conseguiram fugir. O motim não registrou mortos nem reféns, mas três agentes penitenciários ficaram feridos.

Na ocasião, a Polícia Militar descartou uma relação com a onda de rebeliões que acontecia em presídios de vários estados na mesma época.


Fonte: G1