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QUEREMOS QUE HAJA JUSTIÇA SOCIAL

Somente assim haverá segurança pública real.

01 julho 2017

DÍVIDA PÚBLICA É FRAUDULENTA E ESTÁ ROUBANDO NOSSO FUTURO

Entrevista com Maria Lúcia Fattorelli

Gilson Dantas- Brasília

Esquerda Diário – Por que os gregos do Syriza depois de criarem uma expectativa nacional pela solução do problema da dívida pública, se mostraram impotentes com relação a ela?
M. L. Fattorelli – Houve uma grande contradição em determinação momento. O Syriza foi eleito com toda esperança do povo grego, com toda a promessa do Syriza, do Tsipras de toda a equipe, através de uma coalizão de vários partidos, de várias forças políticas, para chegarem a eleger Tsipras primeiro ministro e ir ao poder. Eles se elegeram com a promessa de rever aquele modelo, de tirar a Grécia daquela camisa de força, da troika [FMI, banco central europeu e comissão europeia]. Toda aquela promessa e, de início, quando assumiu o governo, em abril começou a participar de varias reuniões. Em um determinado momento, nos primeiros meses, em abril, a presidente do parlamento grego convocou uma auditoria da dívida, institucional, a partir do parlamento, e nós tínhamos muito pouco tempo, apenas sete semanas, pra analisar toda aquela dívida de 2010 até 2015, que era a dívida da troika.
Nós nos empenhamos e conseguimos desvendar todo o mecanismo financeiro da dívida; essa parafernália é igual em todo lugar, é um esquema, isto é, são mecanismos financeiros que geram dívida. Nós conseguimos identificar os mecanismos que fizeram isso lá. Mas infelizmente o Tsipras não abraçou esse relatório. Na véspera da pressão para que a Grécia assinasse o terceiro acordo [com a Alemanha] ele convocou um referendo popular. E ele disse que se o povo votasse sim, pra a Grécia assinar aquele acordo, ele renunciava. E toda a mídia internacional todo o sistema financeiro estava fazendo uma pressão brutal para que o povo dissesse sim, inclusive fechando os bancos deixando o povo sacar nada mais que 60 euros, aquela coisa toda. Mas graças ao trabalho revelando aquele esquema, mais de 60% do povo votou não. O que o Tsipras fez? Assinou o acordo. O povo disse não e ele renunciou. Em um regime parlamentar se o dirigente renuncia se dissolve o parlamento. O parlamento foi dissolvido. Ele convocou novas eleições em um prazo curtíssimo e em uma eleição totalmente esvaziada acabou sendo reeleito. Em uma eleição totalmente esvaziada; e segue fazendo o projeto da troika. A Grécia está quebradíssima, piorou e aprofundou muito mais ainda o problema anterior.
Recentemente houve uma mega-mobilização de milhões. As pessoas perderam todo o patrimônio, salário, aposentadoria muitos perderam o emprego.
No nosso caso, o Brasil está nessa crise aí, mas não pode ser comparado com ao Grécia. Ela não chega a ser autossuficiente em alimentos, em energia, em uma série de coisas. Em uma certa forma ela foi forçada a se dobrar. Já o Brasil se dobra se quiser.
Esquerda Diário – Na sua opinião, por que a dívida pública é uma questão esquecida na grande política, inclusive pelos que lutam por “diretas já”, por toda a grande política?
M. L. Fattorelli – Alguns por falta de conhecimento, porque não se aprofundam porque infelizmente esse esquema da dívida é colocado de uma forma aparentemente complicada, sofisticada que espanta muita gente. Nós tentamos no âmbito da Auditoria Cidadã mostrar isso, desmistificar isso e mostrar essa questão de forma escancarada. Mas o sistema da dívida é o principal alimento do poder financeiro mundial. O poder financeiro domina todo o poder político do mundo. Porque ele financia as campanhas dos executivos e dos legislativos dos diversos países. Então nós não estamos falando de uma simples estratégia local.
Nós estamos falando de um poder financeiro mundial que domina todo o mundo. Aquele estudo feito na Suíça sobre o poder corporativo mundial mostrou que a cúpula do setor financeiro mundial é que detém o poder e a propriedade das 43 mil maiores empresas do mundo em todas as análises. Eles dominam todo o poder financeiro e todo o poder econômico e todo o poder político. Dominam a grande mídia. Então entrar com isso aí não é uma luta pequena. O que eu acredito é na popularização e na compreensão dessa luta, principalmente por parte da juventude. Isso está provocando um cenário de escassez insano aqui no Brasil e totalmente inaceitável. Temos que sair urgentemente desse cenário de escassez e quem vai fazer isso é a juventude.
É ela que tem obrigação de reivindicar o futuro e reivindicar o país rico e abundante onde nasceram. E esse modelo, essa política monetária insana e isso tudo que estão aplicando no Brasil é que está nos tirando dessa nossa realidade de abundância e nos jogando nesse cenário de escassez, que só vai se aprofundando cada vez mais.
E nós estamos perdendo nosso país. Já autorizaram a emitir a nossa moeda no exterior. Já estão autorizando a venda irrestrita de tudo, de empresas e terras para estrangeiros. Tudo. As empresas já foram privatizadas há muito tempo e as que restam estão sendo privatizadas todo o tempo: acabou de ser privatizado o satélite da Telebrás, telecomunicações estão em mãos privadas, a água, petróleo. Que é que é isso? Tudo isso em nome de um ajuste fiscal, para pagar uma dívida que nunca passou por uma auditoria, que nós temos comprovado sabemos que é uma fraude, que decorre de mecanismos financeiros abusivos, como essa política monetária que gera dívidas para remunerar sobras de caixa de bancos como os prejuízos dos swap cambial ilegal. E juros abusivos que não têm nenhuma justificativa técnica, política, jurídica ou econômica. Então, pera aí, até quando? Vamos esperar perder tudo? Já está na hora dessa juventude acordar e estudar isso e reivindicar o nosso país.

Esquerda Diário – Na sua opinião, a política dos governos lulo-petistas nos 4 mandatos de que forma encararam esse problema?
M. L. Fattorelli - Super-mal. Não fizeram nada em relação à dívida. Aliás, fizeram coisas graves, criaram uma ilusão quando pagaram a dívida para o FMI, ilusão de que teriam resolvido o problema da dívida Isso foi infame.
Isso tirou o foco da atenção para o problema da dívida. E a dívida com o FMI era apenas uma migalha do bolo da dívida. E para pagar o FMI uma dívida que custava 4% de juros ao ano, na época foram emitidos títulos da dívida interna a 19% ao ano e mais: o dólar estava caindo. Nós trocamos uma dívida em uma moeda que estava virando um mico. Porque o dólar chegou no Brasil a 1,50 e nós pagamos quando ainda estava a 2,70 e emitimos em real que estava valorizando então foi um dano financeiro em todos os sentidos, em termos de fluxo porque o juros era mais alto; em termos de câmbio porque trocamos uma moeda caindo por uma que estava valorizando; e ainda criamos um atraso no debate porque eles colocavam que tinham resolvido o problema da dívida.
Na época realizamos vários seminários e as pessoas diziam “não fui lá não, para que discutir o problema da auditoria da dívida se Lula já pagou a dívida”. Foram muitos. Então isso foi um tremendo dano contra a possibilidade de luta e não quiseram enfrentar o tema, continuaram praticando juros abusivos, a Dilma em um determinado momento quis diminuir os juros, ela diminuiu a Selic, mas enquanto que a Selic estava 7,25, os títulos da dívida estavam sendo vendidos a mais de 10% de juros.
Então o mercado não acatou isso. Essa queda da Selic serviu para outras coisas, mas não serviu para diminuir os ganhos dos títulos da dívida, e no final ela vetou; conseguimos aprovar a inserção da auditoria no plano plurianual, ou seja, não era nem uma convocação ainda, propriamente dita de uma comissão de auditoria. Era a inserção no plano 2016/2019, e ela vetou. Depois nós conseguimos incluir na LDO, Temer também vetou.
Por quê? Porque na hora de fazer uma auditoria pra valer, desmonta tudo. 
Escancara essa vergonha, essa insanidade que está acontecendo no Brasil e em várias partes do mundo.
Maria Lucia Fattorelli é coordenadora do movimento Auditoria Cidadã da Dívida no Brasil desde 2001. Atualmente, integra a Comissão Internacional instituída pelo Parlamento da Grécia para realizar auditoria da dívida do país. Foi membro da Comissão para a Auditoria Integral Equatoriana (2007-2008) e assessorou a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da dívida pública na Câmara dos Deputados do Brasil (2009-2010).
Fonte: Esquerda Diário

FORÇA SINDICAL TRAIU A GREVE GERAL PARA PROTEGER O SEU IMPOSTO SINDICAL E A CLASSE POLITICA


Neste dia 30 ficou mais claro o papel traidor da Força Sindical, que enterrou a greve geral em suas categorias, em troca de ter acertado contas hoje com o governo para garantir o imposto sindical, segundo noticiado neste site. Após comprovada a lealdade ao governo que quer nos fazer trabalhar até morrer e que afunda na delação da JBS, o acordo teria sido firmado para manter a obrigatoriedade do imposto sindical.
Com este acordo prévio, a Força convocou uma manifestação aqui e acolá sob o nome de "junho de lutas" e não paralisando praticamente nenhuma categoria. Desde o início, Força Sindical indicava que o objetivo era negociar os ataques com o governo, e no caso, garantir um gordo imposto sindical enquanto abandonava os trabalhadores às reformas da previdência e trabalhista de Temer.
Mas além disso, a Força também tem profundos compromissos com a casta política que na lama de inúmeras denúncias de corrupção. Não entrando com peso na greve geral, a ideia foi dar fôlego à Temer e a casta política que vai sendo liberada pelo judiciário, como Aécio que volta a ser Senador no dia de hoje por decisão do Ministro Marco Aurélio de Mello do STF. Marco Aurélio ainda elogiou a "carreira política" do tucano que é íntimo de Paulinho, mostrando que o Supremo Tribunal Federal não é nada diferente do TSE de Gilmar Mendes que absolveu Temer no julgamento de sua chapa com Dilma.
Foi com este espírito de salvar a casta política que Paulinho da Força foi reeleito presidente da Central Sindical, já anunciando que ia trair e boicotar a paralisação nacional do dia de hoje. Não à toa, no mesmo dia em que a Força traiu a greve geral marcada para o dia 30, o judiciário reconduz Aécio ao seu mandato como senador, para que cumpra o necessário papel de renovar os laços entre o PSDB e a base de Temer e com isso tentar garantir a impunidade geral da classe política.
O papel traidor da Força Sindical deve ser supera com os trabalhadores tomando a mobilização em suas próprias mãos, só assim mesmo para que a grave crise política não termine com uma grande pizza que beneficie empresários corruptos e seus políticos de aluguel, comprados para atacar os trabalhadores com suas reformas.
A lição é não ter confiança nem na justiça, nem de que direções sindicais vendidas possam ser donas da nossa luta, mas sim que os trabalhadores devem confiar nas suas próprias forças e através de sua organização impor a greve geral às centrais para que sejam os capitalistas com seus políticos de aluguel que paguem pela crise.

Fonte: Esquerda Diário
Força Sindical Traiu Trabalhador Por Imposto Sindical

OPERAÇÃO SPECTRUM DA POLICIA FEDERAL PRENDE MAIOR TRAFICANTE DA AMERICA DO SUL, NA CIDADE DE LONDRINA

Operação SPECTRUM prende “barão das drogas” mais procurado pela Polícia Federal



 Londrina/PR – A Polícia Federal deflagrou hoje (01/07) a Operação SPECTRUM para desarticular Organização Criminosa Transnacional especializada em tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro, comandada por LUIZ CARLOS DA ROCHA, vulgo “CABEÇA BRANCA” um dos traficantes mais procurados pela Polícia Federal e INTERPOL na América do Sul, considerado como um dos “barões das drogas” do Brasil ainda em liberdade, com condenações proferidas pela Justiça Federal que somam mais de 50 anos de prisão.



Cerca de 150 Policiais Federais cumprem 24 mandados judiciais, sendo 2 de prisão preventiva, 9 de busca e apreensão em imóveis, 10 de busca e apreensão de veículos e 3 de conduções coercitivas a serem cumpridos nas cidades de Londrina/PR, Araraquara/SP, Cotia/SP, Embu das Artes/SP, São Paulo/SP e Sorriso/MT. As ordens judiciais foram expedidas pela 23ª Vara Federal de Curitiba/PR.



O nome da operação, derivado do latim, tem o significado na língua portuguesa como espectro/fantasma, uma referência ao líder da organização criminosa (ORCRIM), Luiz Carlos da Rocha, criminoso que vivia discretamente e nas sombras, reconhecido no meio policial pela experiência internacional, transcontinental e com larga rede ilegal de relacionamentos, desviando-se das investidas policiais há quase 30 anos.



O chefe da organização criminosa, Luiz Carlos da Rocha, foi recentemente localizado pela área de combate ao tráfico de drogas da Polícia Federal mesmo com as alterações de suas feições faciais promovidas mediante cirurgias plásticas, a exemplo do que fez outro mega traficante internacional preso pela Polícia Federal em 2007, o colombiano Juan Carlos Ramírez-Abadía, vulgo Chupeta.

Diante da suspeita de identificação de Cabeça Branca, foi acionada área pericial da Polícia Federal que, de posse de dados fotográficos com os antigos traços faciais de Luiz Carlos da Rocha e a atual identidade fotográfica de Vitor Luiz de Moraes, concluiu-se que Luiz Carlos da Rocha e Vitor Luiz de Moraes é a mesma pessoa.



A organização criminosa de tráfico internacional de drogas liderada por Luiz Carlos da Rocha, o Cabeça Branca, possuía perfil de extrema periculosidade e violência, sendo desvendada durante as investigações a utilização de escoltas armadas, ações evasivas, carros blindados, ações de contra vigilância a fim de impedir a proximidade policial, porte de armas de grosso calibre, bem como o emprego de ações violentas e atos de intimidação para se manter em atividade por aproximadamente 30 anos no tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro.



O grupo criminoso capitaneado por Cabeça Branca operava como uma estrutura empresarial, controlando e agindo desde a área de produção em regiões inóspitas e de selva em países como a Bolívia, Peru e Colômbia, até a logística de transporte, distribuição e manutenção de entrepostos no Paraguai e no Brasil, fixando-se também em áreas estratégicas próximas aos principais portos brasileiros e grandes centros de consumo, dedicando-se à exportação de cocaína para Europa e Estados Unidos. Também foi apurado que Luiz Carlos da Rocha é um dos principais fornecedores de cocaína para facções criminosas paulistas e cariocas. Estima-se que a quadrilha liderada por ele era responsável pela introdução de 5 toneladas de cocaína por mês em território nacional com destino final ao exterior e Brasil.



Segundo as investigações, a cocaína era transportada em aviões de pequeno porte que partiam dos países produtores Colômbia, Peru e Bolívia, utilizando-se do espaço aéreo venezuelano com destino para fazendas no Brasil, na fronteira entre os estados do Pará e Mato Grosso. Depois de descarregada dos aviões do narcotráfico, a cocaína era colocada em caminhões e carretas, com fundos falsos especialmente preparados para o transporte da droga, cujo destino era o interior do estado de São Paulo para distribuição para facções criminosas paulista e carioca, ou o Porto de Santos/SP, de onde era exportada para Europa ou Estados Unidos.



Trata-se de mais uma ação da Polícia Federal focada na desarticulação estrutural e financeira de organização criminosa de tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro responsável por abastecer facções criminosas brasileiras e internacionais. Somente no ano passado a Polícia Federal desencadeou 121 operações contra o tráfico de drogas, com o sequestro de R$ 250 milhões em patrimônio ilegal e mais de 41 toneladas de cocaína.



A OPERAÇÃO SPECTRUM embasou-se em profundas investigações e ações de inteligência que conectaram as atividades ilícitas aos reais operadores do tráfico de drogas, bem como estabeleceu as conexões entre o patrimônio sujo da quadrilha e a traficância, encerrando a atual fase com a prisão de um dos maiores traficantes da América do Sul e o mais procurado pela Polícia Federal. As ações de hoje desarticulam o núcleo e comando do grupo criminoso, encerrando a continuidade das ações delitivas e estancando o ingresso de vultosas cargas de cocaína destinada ao uso no Brasil e no exterior, combustível que impulsiona o crime e violência em todo o mundo.



O descortinamento e sequestro de patrimônio ilegal também foram objetivos das ações de hoje. Estimativas iniciais indicam que o patrimônio sequestrado somente nesta primeira fase da Operação SPECTRUM foi de aproximadamente, de US$ 10 milhões, concentrado em fazendas, casas, aeronaves, diversos imóveis e veículos de luxo importados.



A Polícia Federal em cooperação internacional com a polícia paraguaia receberá apoio para o cumprimento de buscas e apreensões no Paraguai, país onde Luiz Carlos da Rocha é proprietário de diversas fazendas e mantinha parte de suas operações criminosas.

Somente na data de hoje, durante a deflagração da operação, foram seqüestrados cerca de US$ 10 milhões em patrimônio. Cabe destacar que as investigações apontam que o patrimônio adquirido por Luiz Carlos da Rocha com o tráfico internacional de drogas pode atingir a soma de US$ 100 milhões, consubstanciado em veículos e imóveis no Brasil e em outros países (registrados em nome de “laranjas”), bem como em contas bancárias em paraísos fiscais, elementos que serão objeto da segunda fase da Operação SPECTRUM.

Os presos responderão pelos crimes de tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro, associação para o tráfico, falsificação de documentos públicos e privados e organização criminosa, com penas somadas que passam de 20 anos de prisão.

Será concedida entrevista coletiva às 15h na Superintendência de Polícia Federal em Curitiba/PR, situada na Rua Professora Sandália Monzon, 210, Santa Cândida.


Comunicação Social da Polícia Federal em Curitiba/PR
Curitiba-PR., 01 de julho de 2017
41-3251-7809
cs.srpr@dpf.gov.br




Legenda:

MBA – mandado de busca e apreensão
MPP – mandado de prisão preventiva
CC – mandado de condução coercitiva

Locais de cumprimento dos mandados:

Londrina/PR – 3 CC e 6 MBA
São Paulo/SP – 1 MBA e 1 MPP
Araraquara/SP – 1 MBA
Cotia/SP – 1 MBA
Sorriso/MT – 1 MBA e 1 MPP

PORQUE OS EUA DECIDIRAM DEIXAR DE USAR PRISÕES PRIVADAS

Depois de uma análise detalhada sobre condições de segurança e custos, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou na semana passada que pretende deixar de usar prisões privadas para abrigar presos sob custódia federal, em uma decisão que encerra décadas de parceria e, segundo analistas, sinaliza uma mudança histórica de postura do governo americano.






Alessandra Correa
BBC Brasil
27 agosto 2016






"As prisões privadas tiveram papel importante durante um período difícil, mas o tempo mostrou que têm desempenho inferior se comparadas às nossas instalações (administradas pelo governo)", disse a subsecretária de Justiça, Sally Yates, em memorando.

"Não oferecem o mesmo nível de serviços correcionais, programas e recursos, não apresentam redução significativa de custos e não mantêm o mesmo nível de segurança e proteção."

A medida atinge apenas uma pequena fração da população carcerária do país, já que somente 12% dos presos federais estão em estabelecimentos administrados por empresas, e a maioria das prisões privadas são estaduais ou locais e não serão afetadas pela mudança.

"Apesar disso, é uma importante medida simbólica e poderá contribuir com o atual debate sobre encarceramento em massa", disse à BBC Brasil o especialista em justiça criminal Marc Mauer, diretor-executivo do Sentencing Project, grupo que defende reformas no sistema de justiça criminal americano.

Prisão de Walnut Grove, no Mississipi, é uma das instalações que será atingida pela decisão



"O sistema de prisões privadas nos Estados Unidos cresceu tremendamente desde seu início, nos anos 1980. Este é o primeiro revés significativo em 30 anos", observa Mauer.

Agressões e contrabando
A decisão foi anunciada após a divulgação de um relatório do Office of Inspector General (divisão de fiscalização do Departamento de Justiça) que analisou como as prisões privadas são fiscalizadas, se cumprem determinados padrões de segurança e como se comparam em relação às instalações operadas pelo governo federal.

O relatório concluiu que é preciso melhorar a fiscalização e revelou que as prisões privadas registram mais casos de agressões, contrabando e motins, além de oferecerem menos serviços de reabilitação, como programas educacionais e de treinamento profissional.

O documento cita motins provocados pela má qualidade da comida e de atendimento médico e incidentes nos últimos anos que "resultaram em amplos danos a propriedade, ferimentos e a morte de um agente penitenciário".

A mudança será gradual. O Departamento de Justiça instruiu sua agência responsável pela administração do sistema federal de prisões, o Bureau of Prisons, a não renovar os contratos com empresas privadas que começarem a vencer ou, nos casos em que ainda seja necessária renovação, reduzir "substancialmente" o número de leitos previstos.

A decisão deve ser facilitada pela redução da população carcerária federal que, segundo Yates, depois de crescer cerca de 800% entre 1980 e 2013 - o que levou o governo a recorrer a prisões privadas para aliviar a superlotação -, começou a declinar.

O número de presos em unidades federais caiu de 220 mil em 2013 para menos de 195 mil atualmente - uma pequena parcela da população carcerária total nos Estados Unidos, de cerca de 2,2 milhões de pessoas, incluídas prisões estaduais e locais.

Dos 195 mil presos federais, cerca de 22 mil estão em 13 prisões privadas, localizadas nos Estados de Novo México, Oklahoma, Texas, Califórnia, Carolina do Norte, Georgia e Mississippi. Yates espera reduzir esse número para cerca de 14 mil até maio do ano que vem.

CCA, uma das administradoras das prisões dos EUA, se disse 'decepcionada' com a decisão



Reações


As três empresas que operam essas prisões privadas - Corrections Corporation of America (CCA), GEO Group e Management and Training Corporation (MTC) - se disseram "decepcionadas" e criticaram as conclusões do relatório e a decisão do Departamento de Justiça.

"Se fosse baseada somente no declínio da população carcerária, poderia haver alguma justificativa. Mas basear esta decisão em custos, segurança e oferta de programas é errado. Os fatos não sustentam essas alegações", diz a MTC em nota, ressaltando que as prisões privadas abrigam uma população carcerária mais homogênea, o que levaria a maior ação de gangues e, por isso, mais incidentes.

Segundo especialistas, porém, os problemas apontados no relatório não são novos. "Esses problemas já foram identificados há mais de 20 anos", afirma Mauer.

Para ele, o que mudou foi o ambiente político no país e o debate sobre justiça criminal. "Agora temos tanto liberais quanto conservadores defendendo reformas e redução da população carcerária. As lideranças políticas se sentem mais confortáveis em examinar o sistema e descrever seus problemas", salienta.

De acordo com o especialista em justiça criminal Martin Horn, professor do John Jay College of Criminal Justice e ex-chefe do departamento de correções e liberdade provisória da cidade de Nova York, há nos Estados Unidos uma crescente objeção filosófica ao conceito de prisões privadas.

"As pessoas sentem que a administração de Justiça, punição e segurança pública não deve ser algo sujeito a controle privado. E que é um modelo inerentemente falho, devido à motivação dos operadores de lucrar", disse Horn à BBC Brasil.

Histórico


Os Estados Unidos começaram a utilizar prisões privadas nos anos 1980, quando sentenças duras eram a resposta a uma onda de criminalidade no país, em meio à guerra às drogas, e fizeram a população carcerária explodir.

No início, as empresas começaram a operar prisões privadas no nível local e estadual e, a partir de meados da década de 1990, em instalações federais.

"A indústria de prisões privadas começou a se aproximar dos governos e sugerir que poderia encarcerar pessoas a um custo menor e ajudar a combater a superlotação. Mas, ao mesmo tempo, também estavam prometendo a seus acionistas que poderiam gerar lucro", observa Mauer.

Segundo Mauer, uma das maneiras de cortar custos em uma prisão é pagar salários menores e oferecer menos treinamento aos guardas, o que leva a maior rotatividade e a uma força menos experiente.

"Isso é parte do motivo pelo qual vemos relatos de problemas de segurança", salienta.

Horn ressalta que os problemas não são exclusividade das prisões privadas. "Há muitas prisões públicas que são simplesmente horríveis. E há prisões privadas que são boas", diz.

Segundo Horn, cabe ao governo fiscalizar o cumprimento dos contratos. "Nas situações em que o contrato é bem escrito e a fiscalização é rigorosa, acho que uma prisão privada pode ter bom desempenho, e há exemplos disso nos Estados Unidos e em outros países", afirma.

A prisão federal de Yazoo, no Mississipi



Brasil

As mesmas empresas que dominam o mercado americano de prisões privadas também têm atuação no exterior, administrando unidades em países como Austrália, África do Sul e Grã-Bretanha.

No Brasil, está em discussão um projeto de lei que prevê a contratação de parceria público-privada para a construção e administração de estabelecimentos penais.

Enquanto defensores afirmam que seria a solução para um sistema carcerário marcado por superlotação, instalações insalubres e ações de facções criminosas, críticos temem que a privatização possa levar a um número ainda maior de presos, sem melhorar condições ou reduzir custos.

Horn não descarta a ideia de que poderia ser uma oportunidade para melhorar as prisões brasileiras. "Por meio de parceria público-privada, o governo poderia encomendar novas construções utilizando capital privado. E a possibilidade de competição poderia criar incentivo para o sistema público melhorar", afirma.

Para Mauer, muitos dos problemas estruturais das prisões privadas nos Estados Unidos se aplicam a outros países. "É muito difícil gerar economia sem um efeito negativo sobre a segurança", destaca.

Mauer reconhece que prisões públicas também têm problemas. "Mas quando estão sob administração pública, há possibilidade de maior fiscalização, os contribuintes podem fazer cobranças", ressalta.

"Não há nada de errado em o governo trabalhar com o setor privado, mas quando estamos falando de privação de liberdade, me parece perturbador entregar essa função a quem oferece o menor preço e está buscando lucro", diz Mauer.

Dos 195 mil presos federais, cerca de 22 mil estão em 13 prisões privadas



Efeito limitado

Todos os envolvidos no debate, contrários ou a favor da mudança, reconhecem que seu efeito imediato será limitado, já que a medida não se aplica às prisões privadas estaduais e locais, nem àquelas que abrigam acusados de violar leis de imigração - que são federais, mas ligadas ao Departamento de Segurança Interna, não ao Departamento de Justiça.

"A decisão serve de alerta para a indústria de prisões privadas, de que deve corrigir os problemas. Mas não será o seu fim", prevê Horn.

A medida, porém, pode ser um primeiro passo para uma mudança mais ampla.

"Pode influenciar a maneira como os Estados usam prisões privadas. Eles não têm obrigação de seguir o governo federal, mas como ações no nível federal recebem muita atenção, pode gerar um efeito cascata em alguns Estados nos próximos ano", afirma Mauer.

Fonte: BBC
Charge: Ponte Jornalismo

COM CHANTAGEM A TRABALHADOR TEMER E MEIRELLES QUEREM EXTINGUIR O ABONO(13º)

Semana Inglesa, alguém já ouviu falar sobre isso...?
Os valores abaixo forma colocados desta forma para poder simplificar os cálculos.

Cálculo mostra que 13º salário não representa pagamento extra e sim o justoVocê já perguntou sobre de onde vem o 13º salário? A maioria de nós imagina que ele é um "extra" que todos recebemos no final do ano

Final de ano chegando e as pessoas já estão planejando o que fazer com o dinheirinho que entra com o 13º salário. Mais acostumado a gastar do que poupar, o brasileiro sempre pensa nesse dinheiro como uma forma de ter um Natal mais abastado.
O "ABCD em Revista", da TVT, desta semana mostra histórias de endividamento, superação e de como utilizar o 13º da melhor maneira.
O 13º existe?
Você já perguntou sobre de onde vem o 13º salário? A maioria de nós imagina que ele é um "extra" que todos recebemos no final do ano. Porém, não é bem assim.
Apesar de tantos números, o cálculo abaixo é simples e nos faz pensar no motivo pelo qual os trabalhadores ingleses preferem receber seu salário por semana e não por mês.
Suponhamos que você ganha R$ 700 por mês. Multiplicando-se esse salário por 12 meses, você recebe um total de R$ 8.400 por um ano de doze meses.
R$ 700 x 12 = R$ 8.400
Em dezembro você recebe então o conhecido 13º salário.
R$ 8.400 + 13º salário = R$ 9.100
R$ 8.400 (salário anual) + R$ 700 (13º salário) = R$ 9.100 (salário anual mais o 13º salário)
Façamos agora um rápido cálculo aritmético:
Se o trabalhador recebe R$ 700 mês e o mês tem 4 semanas, significa que ganha por semana R$ 175.
R$ 700 (salário mensal) dividido por 4 (semanas do mês) = R$ 175 (salário semanal)
O ano tem 52 semanas. Se multiplicarmos R$ 175 (salário semanal) por 52 (número de semanas anuais) o resultado será R$ 9.100.
R$ 175 (salário semanal) x 52 (número de semanas anuais) = R$ 9.100
O resultado acima é o mesmo valor do salário anual mais o 13º salário.
Onde está, portanto, o 13º salário?
13º não é prêmio
A resposta está no fato de que não recebemos uma parte de nosso salário durante todo o ano, pela simples razão de que há meses com 30 dias, outros com 31 e também meses com quatro ou cinco semanas.
Ainda assim, apesar de cinco semanas o patrão só paga quatro aos seus trabalhadores. O salário do funcionário é o mesmo, tenha o mês 30 ou 31 dias, quatro ou cinco semanas.
No final do ano o trabalhador recebe um 13º salário que nada mais é do que as semanas não pagas pelo trabalho já oferecido ao longo do ano.
Conclusão: os trabalhadores recebem o que já trabalharam e não um adicional. O 13º não é um extra, um prêmio, nem gentileza. É simples pagamento pela força de trabalho já oferecida ao longo de todo o ano.
Agora veja só o que este Governo sem crédito, moral ou um só pingo de ética querem fazer com os Trabalhadores, vejam a matéria abaixo:
Fonte: Estadão

ABDELMASSIH RETORNA AO CARCERE APÓS ENGODO SEGUNDO DESEMBARGADOR

A Justiça determinou o retorno do ex-médico Roger Abdelmassih a prisão, corre-se inclusive as suspeitas de que quando estava no carcere deixou propositadamente de fazer uso de remédios, para que sua situação se complicasse, de forma a ludibriar a Justiça para que eles achassem realmente que ele não poderia mais ficar encarcerado, pois seu acompanhamento médico não estava sendo adequado e por esta razão melhor seria ficar em sua humilde casa e ter um atendimento mais adequado ao quadro clinico que demonstrava até então.

Mas era tudo um engodo, não passou de um artifício para que pudesse desta forma escapar de sua sentença e cumprir o resto de suas reprimendas em sua desprovida, carente e humilde residência situada em um edifício de alto padrão, localizado no Jardim Paulistano em São Paulo. Agora, diretamente de lá, será encaminhado para uma suntuosa cela do Presidio de Tremembé. Que seja feita a Justiça. Assim é o que deseja a sociedade. 



Fonte :Folha de São Paulo
Imagem: Revista Época

30 junho 2017

PORQUE LUGAR DE MULHER É ONDE ELA QUISER


Vivemos uma época de Empoderamento Feminino em todos os segmentos profissionais, basta ver em Nosso próprio País, até recentemente uma Mulher na Presidência do País, quando que isso a 30 ou 40 anos seria imaginável...? Ou a atual Presidenta do STF, Ministra Carmem Lucia, ou ainda a futura Procuradora Geral da República Raquel Dodge...? E se questionarem o porque de Presidenta, não se envergonhem de dizer se está certo ou errado se não sabem. Mas é pelo Empoderamento Feminino, é o nome da Função ocupada, designada em seu Feminino. Para dar o devido valor a ocupante do cargo ou função. 

E se quiserem ler mais sobre o assunto, vejam só então onde Elas agora estão se acostumando estar, literalmente nas alturas, na cabine de pilotagem de máquinas poderosíssimas e muito além do que supunha Bertha Lutz, Carlota Pereira de Queiróz, Patrícia Rehder Galvão(Pagu), Laudelina de Campos Melo, Rose Marie Muraro, e muitas outras precurssoras da Luta prelos Direitos da Mulher. Parabéns Mulheres. 

Minha avó, mãe de minha mãe,  uma senhora espanhola muito trabalhadeira, morreu com 94 anos, e até um pouco antes de morrer, adorava trabalhar, e vivia a dizer que mulher é pau para toda obra. Para provar que isso é verdade, basta ver mais abaixo, onde agora esses seres maravilhosos estão tratando de ocuparem seus espaços. Sim, na aviação. Por incrível que pareça, isso é a prova viva que não existe diferenciação em nada quando falamos do fator sexo na parte laborativa. 
Mulher é na verdade pau para toda obra, esta para ser criado ainda algo que elas não possam fazer tão bem, ou muitas e muitas vezes até melhor que qualquer homem.


As pilotas que estão fazendo sucesso

QUE PAIS É ESTE.? SERÁ ESTA A NOSSA HERANÇA AS FUTURAS GERAÇÕES.?

Infelizmente este é o País onde literalmente nada é o que parece, como aquela antiga propaganda de um determinado produto, que afirmava, parece mas não é...Estão lembrados...? Estou falando do produto capilar Denorex, sim ele prometia tons naturais, mas não era, era mentira, era tinta artificial, mas eles afirmavam que iria parecer natural, mas não era. Infelizmente assim como a Lei do Gerson, que promete que o bom é levar vantagem em tudo, e já inclusive estou arrematando um artigo sobre o tema. vamos falar agora sobre as Leis que aqui nos regem, sim, as Leis.

Olhando rapidamente, da para se assustar, qualquer pessoa se assustará com a quantidade de Leis e suas consequências em infringi-las. Mas não se assustem. Aquilo tudo, como se dizia na Corte do Brasil  Pós Libertação dos Escravos, era somente para Inglês ver. Porque...? 

Porque a Inglaterra queria muito vender produtos manufaturados para o Brasil colônia, mas na verdade existi um mercado consumidor muito pequeno, então um determinado Lorde decidiu apoiar de todas as formas a Libertação dos Escravos, mas qual era seu principal objetivo com este apoio...? Não, não era a liberdade dos escravos, mas sim a possível ampliação deste mercado com novos consumidores, que seriam os ex escravos, mas na verdade, eles não tinham para onde ir. 

Não eram aceitos nas cidades e muito menos em regiões onde eram desconhecidos, e também não tinham dinheiro para viajarem de volta para a Africa, mesmo porque a grande maioria era nascida aqui no Brasil, então resolveram ficar por ali mesmo, onde já estavam acostumados, onde nasceram e viveram a vida toda, e trabalhando a troco de comida e moradia. 

 Resultado desta suposta alforria que foi um blefe junto aos Ingleses, por isso a frase " Para Inglês ver", estavam libertos, porém continuavam acorrentados ao seu passado, por não terem como se separar de fato de sua triste sina. Pois não foi uma Libertação preparada e planejada, dando estudo e ensinando oficios, e principalmente colocando na cabeça dos patrões e feitores que os primeiros não eram mais proprietários de gente e seriam apenas Patrões, já os segundos teriam que deixar de ser carrascos e passarem a ser somente Chefes indulgentes de empregados e operários agrícolas.

 Mas não foi bem assim que funcionou, demorou muito para os Negros realmente adquirirem sua Liberdade de Fato. E os Ingleses, ora os Ingleses " Ficaram a ver navios "(foram ludibriados, enganados), pois não conseguiram exito em sua empreitada. Deu tudo errado, pois " Continuou tudo como dantes, no quartel de Abrantes", ou seja nada mudou.

Assim é o Brasil atual também, tudo mentira, onde tudo parece que funciona e temos uma Lei para cada Tipo de Ação que venha a infringir Nossos Códigos, seja ele qual for, Civil e Processo Civil, Penal e Processo Penal, Comercial, Tributário, Florestal, Eleitoral, Sanitário, Administrativo, do Trabalho, do Trânsito, não importa qual seja o Código, não vale, é só para Inglês ver na verdade. Se acharem que eu estou mentindo ou que estou inventando basta ligar a tv, em horário de telejornalismo, ou o computador em algum site de noticias, ou mesmo ver esta matéria abaixo. 

Mas isso dói n'alma, isso chega a nos levar a pensar o porque será que não se prática no Brasil uma aplicação da Justiça como vemos na maioria de todos os Paises deste Planeta, porque somente aqui é que é diferente...? Como podemos aceitar tal decisão da Justiça...? Leia e questionem se eu estou errado. Abraços a Todos.

LUTO- FERNANDO PEREIRA CAMPOS -ASP CPP III- BAURU

Á Família, aos Funcionários do  CPP III, aos Companheiros de Trabalho, aos Amigos e Familiares em Geral, Nossas Sinceras Condolências, ao Grande( Em Todos os sentidos) e Bom Amigo Fernando Pereira Campos( Fernandão), que com apenas  38 anos de vida, jovem demais ainda, um rapaz cheio de sonhos, que nos deixou neste dia, para estar em companhia do Pai. Estamos profundamente tristes com sua saída de cena, sempre foi uma pessoa alegre e loquaz, firme em suas posições ideológicas e em seus pontos de vista, Tricolor convicto, mas infelizmente Deus o reclamou em sua companhia. Vá com Deus meu bom amigo, sua presença será sempre lembrada por Nós Todos, que aprendemos a lhe admirar e estar sempre rindo ao seu lado. Seu corpo será velado e enterrado na cidade de Franco da  Rocha.  Vá com Deus, pois estará sempre em boa companhia..Ficaremos aqui apenas  com as saudades de Ti, de sua presença e de sua companhia, pois aquele que é lembrado não morre jamais....





SUBTETO ÚNICO, SERVIDORES ESTAGNADOS E EM SITUAÇÃO DE MISERABILIDADE



"SP é a maior arrecadação mas tem o menor salário” 

“Quem mais arrecada é o que menos paga”









O SERVIDOR COMO BODE EXPIATÓRIO


O servidor como bode expiatório (por Jorge Barcellos)


O sentido figurado utilizado para definir a expressão “bode expiatório” é a de alguém escolhido arbitrariamente para levar a culpa de uma calamidade, crime ou qualquer evento negativo, embora não o tenha cometido. Atitude irracional que responsabiliza pessoas por algo que não cometeram, a utilização de “bodes expiatórios” é uma das mais poderosas ferramentas de propaganda política. Ao longo da história, diversos exemplos mostram sua utilidade como é o caso dos judeus durante o nazismo e que foram apontados como culpados dos problemas econômicos da Alemanha.
A origem do “bode expiatório” remonta a tradição do Torá e a visão cristã. O Torá narra a história do sacrifício que era parte do ritual korban (sacrifício) no Templo de Jerusalém, tentativa do pecador em se aproximar de Deus. Dois bodes e um touro eram levados para um templo e um dos bodes era sorteado para ser queimado no sacrifício com o touro. O segundo bode era o “bode expiatório” porque o sacerdote confessava os pecados do povo de Israel e o bode os levava ao ficar ao relento na natureza. Na visão cristã o bode expiatório é encarnado por Jesus por causa de seu sacrifício pelos pecados da humanidade mas há na versão bíblica do bode que, abandonado no deserto, representa o demônio. A ideia cristã é que não existe expiação “sem derramamento de sangue” e, da mesma forma que no Torá, para que alguém expurgue seus pecados, é preciso do sangue de uma vítima inocente.
A imagem é interessante para criticar os discursos que, em nome da necessidade de modernização do serviço público, ocultam a estratégia de transformar servidores públicos honestos em bode expiatório. Por todo o lado, iniciativas de reduzir direitos adquiridos justos adquiridos pelos servidores públicos para o exercício de suas funções, reajustes salariais de categorias profissionais como professores, retirada da concessão de direitos adquiridos revelam que políticos de plantão tem interesse em alavancar suas carreiras políticas com o discurso da moralização do serviço público cuja base é a transformação do servidor em “bode expiatório”. 
São políticos que assumem altos cargos e vem paulatinamente revogando o direito do servidor de estudar, desapoderando chefias e recusando negociar com sindicatos pautas de reivindicações. Todas estas iniciativas pelas quais o discurso político reivindica a modernidade de gestão representam um ataque a natureza da instituição pública porque transformam o bom servidor em “bode expiatório” da sociedade.
Os servidores públicos honestos sofrem uma perseguição semelhante à caça às bruxas, que, no passado, levava suas vítimas à fogueira. As “novas bruxas” são caçadas por uma opinião pública superexcitada por veículos de comunicação dominantes com nítidas vinculações com o Capital. Elas promovem uma cultura persecutória contra bons e honestos servidores públicos, transformando-os em “bode expiatório”. 
Perseguições contra setores sociais como esta ocorrem sempre em períodos de crise, como a Revolução Francesa, porque nestes períodos se veem o enfraquecimento de instituições e dos discursos em defesa dos direitos. Com a crise no pais e contra o direito adquirido dentro da lei se formam multidões que agora não se reúnem mais em praça pública, mas são arregimentadas por políticos de plantão pelas redes sociais e pelos meios de comunicação ligados ao Capital movidos por interesses que nem sempre correspondem ao interesse público.
A perseguição sofrida pelos servidores é semelhante as sofridas por outros grupos e povos ao longo da história. Esse processo produz vítimas que a sociedade desconhece. A primeira vítima é próprio processo de trabalho no serviço público. O sentimento da perda radical da sua natureza, o fim das regras previamente estabelecidas por consenso, faz com que o servidor reduza sua capacidade de atender a instituição pública. Essa perda das regras da natureza das instituições públicas pode ser vista em vários exemplos. Se antes, se as instituições necessitassem que seus servidores ultrapassem o horário normal de trabalho de oito horas, realizavam acordos entre chefias que garantiam que não faltariam servidores para dar conta do trabalho no horário extra expediente. 
Hoje, quando gestores apresentam o ponto eletrônico como “solução moderna” para o controle dos servidores das instituições públicas, a regra do jogo altera-se com a imposição de horário de registro do ponto eletrônico e a obrigação de “bater” ponto substitui a solidariedade para com o serviço. A consequência é que o servidor sente-se à vontade para não estar disponível para trabalhar quando a necessidade de serviço exigir noite a dentro.
Depois dos processos de trabalho, a segunda vítima dos processos de perseguição é sempre o servidor honesto que trabalha. Os bons pagam pelos maus porque a perseguição é indiferenciada. A perseguição modifica para pior os modos de trabalho que antes eram funcionais: a cultura institucional onde o servidor dedicado buscava qualificação para exercer sua função é substituída por um aspecto monstruoso onde as relações funcionais produzem a indiferença do servidor para com o trabalho. 
Não se exige mais qualidade do trabalho porque sequer os servidor é autorizado a estudar. Vejam os casos de professores que tem negado pelo Estado o direito de afastarem-se para cursar programas de mestrado e doutorado. 
Ou os servidores que tem por Lei direito a estudarem em instituições públicas e que de uma hora para outra, são obrigados a estudar na universidade privada.Que incentivo terá para estudar, para aprimorar-se em sua função? O efeito é a mediocrização da mentalidade de trabalho, o servidor sente-se como uma engrenagem de uma máquina, não se está mais num sistema de trocas, de uma cultura funcional, mas de relações negativas e hostis. Diz o filósofo René Girard, em sua obra clássica sobre o tema, “O bode expiatório” (Paullus, 2004) “As pessoas, sem distinção de estado ou de fortuna, são afogadas por uma tristeza mortal. Tudo se reduz a uma extrema confusão”(p.21).
A perseguição que lideranças políticas na busca incessante da cassação dos direitos dos servidores representa fonte de infelicidade para o servidor e encurvamento egoísta do político sobre sí mesmo.
 O efeito é produzir um jogo de lutas e represálias entre os atores envolvidos que tem como consequência a crise da instituição. Quando a moralização não é real, isto é, não retira “excessos” mas “direitos”, ela produz “danos colaterais“ (Bauman): o estereótipo da moralização projeta seus efeitos produzindo o “bode expiatório”: alguém tem que pagar para que eu, o político gestor, seja julgado pela sociedade como um político de valor. E quem paga a conta é o bom servidor
O serviço público se eclipsa neste processo: é preciso distinguir as medidas que são anunciadas para a opinião pública como exemplo de moralização e que realmente produzem efeitos significativos sobre a máquina pública daquelas que ocultam em seu interior a instalação de um modelo persecutório dotado de uma lógica que une todas as medidas entre sí num projeto politico cujo objetivo é alimentar os piores estereótipos sobre o serviço público em geral. Projetos que, apesar do enorme sucesso para o público sedento de sangue, ocultam no fundo um processo de desestruturação das instituições.
O espaço que tais gestões conquistam junto mídia burguesa acontece porque no momento em que a sociedade vive um momento de crise – crise econômica, das relações de trabalho, do recuo de direitos sociais consagrados – a tendência da sociedade é explica-la por razões morais. Diz novamente Girard a respeito: ”Todavia, mais do que reprovar a sí próprio, os indivíduos tem forçosamente a tendência de reprovar tanto a sociedade em seu conjunto, o que não os compromete com nada, como outros indivíduos que lhes parecem particularmente nocivos por razões fáceis de desvendar. 
Os suspeitos são acusados de crimes de um tipo particular”(p.22). Maus gestores e políticos de ocasião fazem de tudo para que este lugar de sujeitos nocivos seja ocupado no imaginário pelo servidor público e procuram em todo o lugar os indícios suscetíveis de reforçar o estereótipo persecutório sobre o qual se baseia seu projeto de administração.
Os motivos de acusação que transformam os servidores públicos em “bode expiatório” são bastante diversos. Eles se baseiam no estereótipo que toma os salários que são pagos aos servidores como equivalente da condição de servidor público, e esta, como violência à sociedade. 
Daí a necessidade de publicação de relações nominais salariais, excesso quando muitos órgãos já tem a divulgação por cargos, que responsabiliza o servidor pela crise do Estado, excesso que desresponsabiliza o administrador ou politico de plantão. Como nos episódios bíblicos, sempre são os mais fracos e mais desarmados que sofrem a violência da transformação em “bode expiatório”, equivalente atual as crianças prestes a serem sacrificadas. 
A lei imaginária que diz que o servidor não tem direito à nada deixa subentender que “o politico pode tudo”. Por esta razão, não é incomum que autoridades sequer reconheçam o direito dos servidores a serem ouvidos em suas reivindicações. Esta é a condição atualizada do “bode expiatório”: acusado por um crime que não cometeu, por sua remuneração e pela reivindicação do cumprimento de direitos produtos de Planos de Cargos e Salários. 
Mas pagar o salário justo não pode ser considerado um crime pela sociedade e nem seus servidores, criminosos pelos salários que recebem, ou pelos direitos a que fazem jus, simplesmente porque sem Planos de Cargos e Salários, não há serviço público; os servidores submeteram-se a um concurso público, maneira justa de terem acesso a cargos públicos e faz parte de seu contrato diversas vantagens. 
O que a sociedade não consegue entender e os servidores não encontram espaço para expressar – excetuando-se as páginas de SUL21 – é que o verdadeiro crime é mudar as regras, exatamente o objetivo perseguido pela politica neoliberal, a de que nenhuma categoria tenha direito algum, e se possível, que sejam todas as funções públicas terceirizadas. Precarizar as instituições públicas, o novo gozo do Capital e elemento do projeto neoliberal é queorigina o ataque aos servidores, para no futuro, privatizar os serviços públicos.
O que perturba a multidão é o fato de servidores ganharem acima da média do mercado, tomando de assalto a “emoção pública” de que nos fala o filósofo Paul Virilio. O que deseja a ideologia de mercado é que nunca seja apontado que quem paga mal é o mercado, que explora a mão de obra, provocando o desvio do verdadeiro alvo de ataque. 
Os direitos do servidor público deveriam ser de todas as categorias, e de certa forma, sua queda progressiva já é a vitória da onda neoliberal, a iniciar pela estabilidade de emprego. Ora, como negar o direito a justa remuneração à servidores da Fundação Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde do Estado, a maioria com pós-graduação, formação colocada à disposição da instituição? 
Como negar o direito a justa remuneração por tempo de serviço, quando este é a experiência acumulada a serviço do trabalho? A multidão que se expressa pela opinião pública não consegue agir sobre causas legais, sempre procura a causa que “satisfaça seu apetite de violência”. A mídia burguesa constrói na opinião pública uma imagem do servidor pelo uso da sua potência, isto é, do sonho que tem a opinião pública de purificar a comunidade dos elementos que considera impuros e que a corrompem, no caso, os servidores públicos. Mas esta generalização mata os servidores públicos bons e honestos.
As acusações estereotipadas contra os servidores públicos são equivalentes as acusações que se faziam no passado contra judeus ou outros bodes expiatórios. Produto de uma busca por culpados, a opinião pública procura criminosos com corpo material, daí a insistência na divulgação nominal dos salários dos servidores, no controle físico pelo ponto eletrônico, mas ainda há uma diferença. 
Enquanto que os persecutores imaginavam no passado formas de envenenar realmente seus bodes expiatórios, hoje o veneno transformou-se e adequou-se a nova época da informação: o veneno agora é a mentira dita como verdade. Esta é a nova forma do veneno, o comentário malicioso com o objetivo de fascinar as massas, envenena a opinião pública contra os servidores. 
Lança-se a responsabilidade dos gastos excessivos na conta de servidores, altera-se frente ao público detalhes de informações processuais, dá-se interpretações generalistas sobre a realidade de servidores e graças a esse “veneno” lideranças políticas conseguem persuadir o público em geral de que servidores são nocivos para a sociedade. Diz Girard: “O veneno é, portanto, ao mesmo tempo menos mítico e também tão mítico quanto as acusações anteriores ou até o puro e simples “mau olhado”, graças ao qual se pode atribuir a qualquer individuo a responsabilidade de não importa qual desgraça”(p.25).
Os servidores públicos são como as antigas bruxas: não é necessária sua presença real para o estabelecimento da prova de que são culpados. Mas esse não é o único estereótipo envolvido. Outro estereótipo apontado por Girardi é o fato de que perseguidores tendem a procurar grupos específicos como minorias étnicas e religiosas: hoje foi apenas acrescido a categoria dos servidores públicos. 
Estes pagam o preço por serem grupos distintos do social e o efeito é o tornar mal integrados a sociedade: com a política de estado que reduz recursos das políticas públicas os servidores não conseguem realizar seu trabalho para a sociedade.Não é a toa você vê cada vez mais médicos pagando de seu próprio bolso para terem os materiais para atenderem seus pacientes, servidores para terem material de escritório, professores para terem material escolar e outras formas com que outras categorias de servidores públicos financiam o estado. Isto tem um nome: precarização.
Os critérios dominantes do processo vitimário sempre passaram por aspectos culturais e físicos, como doença ou loucura, que determinavam o caráter persecutório. O que surpreende é reconhecer que hoje salário é o critério que polariza os perseguidores: agora não é mais a anormalidade física que serve de pretexto para perseguir alguém. A anormalidade agora é salarial, os servidores públicos devem ser perseguidos porque possuem um handicap (vantagem). Desde quando um adicional de periculosidade é considerado vantagem? 
O servidor está adquirindo ao longo do tempo danos em sua saúde e não tem direito a nada? É a pequeneza da sociedade, o fato de ela sentir-se a vontade para tomar medidas contra o servidor que reforça a polarização vitimaria: a opinião pública tem dificuldade de reconhecer as diferenças que a prestação de um concurso público impõe.
 A estabilidade decorrente é a garantia de que o servidor não será vítima de pressão porque os servidores públicos estão longe de serem os verdadeiros marginais, que são os ricos e poderosos, que tem todas as proteções e privilégios que precisam que o servidor público se corrompa para usufruir benefícios. Daí a pressão de políticos para agir ao arrepio da lei. Para isso, o que recebem os servidores públicos não está acima da média salarial considerada justa pelo Diese, que aponta que o salário mínimo real deveria estar na faixa de R$ 3.000,00 (três mil reais) enquanto que a política neoliberal deseja que tudo esteja “ao nível do mar”.
Antigamente eram os ricos e privilegiados que tinham maiores riscos de morte violenta nas mãos da multidão descontrolada: hoje este lugar é ocupado pelos servidores públicos de média remuneração. A morte não é real, é simbólica, pelo fim da valorização da condição de serviço público como algo de valor. 
Políticos que adotam como mote de campanha a moralização do serviço público o fazem porque buscam alimentar o imaginário popular para usufruir votos na próxima eleição. Esta política de pessoal atrai a indignação da sociedade e manipula grosseiramente os extremos frente ao poder público.A política que faz com que a sociedade se contraponha a servidores públicos honestos, que autoridades legitimamente eleitas construam uma estratégia cultural baseada na produção de violência coletiva contra servidores só pode ser considerada exemplo de má política. Das autoridades legitimas se espera agir com base na virtude. Quando uma autoridade deseja influir na multidão para que ela persiga seus servidores públicos, algo está errado. 
As diferenças entre empregados privados e servidores públicos podem ser legitimas e necessárias. Finaliza Girardi: ““Os estereótipos da perseguição são indissociáveis, e a maioria das línguas não os dissociam. É verdadeiro a respeito do latim e do grego, que nos obriga a recorrer sem cessar, no estudo dos estereótipos, a termos aparentados, como crise, crime, critério, critica, que remontam todos a mesma raiz, ao mesmo verbo grego krino, que significa não só julgar, distinguir, diferenciar, mas acusar e condenar uma vítima”.
Jorge Barcellos é Doutor em Educação pela UFRGS.