05 janeiro 2018

O QUE DIZER DE TUDO O QUE ESTAMOS ASSISTINDO? Nova ministra do Trabalho foi condenada a pagar mais de R$ 60 mil em processo trabalhista

A deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ), convidada a assumir o ministério do Trabalho ontem (quarta, 3), foi condenada, em 2016, a pagar R$ 60,4 mil em dívidas trabalhista a motorista que prestava serviços à deputada e sua família entre 2012 e 2014.




POR CONGRESSO EM FOCO
04/01/2018 19:05 

Motorista trabalhou para a deputada entre 2012 e 2014. A jornada do funcionário era de cerca de 15 horas por dia e
ele não tinha carteira assinada (Foto: Lucio Bernardo Jr / Câmara dos Deputados)



 A decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT-1) já foi confirmada em segunda instância no ano passado, restando à deputada recurso apenas quanto ao valor da indenização.

<< Cristiane Brasil recebeu R$ 200 mil de caixa dois da Odebrecht, segundo delator

A deputada foi convidada a assumir o ministério na tarde de ontem (3). Em entrevista coletiva, o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) chorou ao comentar a nomeação da filha, a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ), como nova ministra do Trabalho.
Motorista afirma que trabalhou para Cristiane Brasil de 2012 a 2014, entre 6h30 e 22h; em um dos anos, diz ele,
só folgava aos domingos (Foto: Reprodução)



Jefferson disse que se emocionou por orgulho e surpresa com a indicação da filha, feita, segundo ele, pelo próprio presidente Michel Temer, com quem se encontrou nesta tarde. “É a emoção que me dá. É um resgate”, disse entre lágrimas. “Não foi indicação. Eu não indiquei. Surgiu”, acrescentou.

A condenação foi revelada pelo portal G1. De acordo com a ação, o motorista Fernando Fernandes trabalhava cerca de 15 horas por dia e não tinha carteira assinada. Na versão da nova ministra, o motorista exercia trabalho eventual e nunca foi seu empregado. Parte dos R$ 60 mil já teria sido abatida com penhoras, restando liquidar R$ 52 mil.

Processo mostra quantia devida pela ministra Cristiane Brasil em julho do ano passado
 (Foto: Reprodução)


Em depoimento durante o processo, Fernando disse que ganhava R$ 1 mil em dinheiro e mais R$ 3 mil depositados em conta para prestar serviços entre as 6h30 e 22h, levando Cristiane, os filhos e empregadas da deputada em compromissos e às compras.

Outro processo contra a nova ministra foi aberto em 2017, por outro motorista, mas não prosseguiu após as partes aceitarem uma conciliação. Ela se comprometeu a pagar ao reclamante R$ 14 mil em parcelas de mil reais e a assinar a carteira de trabalho.

Fernando processou Cristiane Brasil e teve ganho de causa de mais de R$ 60 mil por não ter a carteira de trabalho
 assinada; ele trabalhou com Cristiane Brasil na Câmara dos Vereadores (Foto: Reprodução)



Fonte: Congresso em Foco