12 fevereiro 2018

13 quilos de drogas são encontrados em cela dentro do CPP II de Bauru/SP

Lembrando que recentemente em 28/12/2018 também foi encontrada grande quantidade de drogas na Unidade Prisional.




Bruna Dias
11/02/2018 19:15


CPP II de Bauru tem sido motivo de preocupação para a policia



Agentes penitenciários encontraram 13 quilos de drogas acondicionados próximos a uma cela do Centro de Progressão Penitenciária de Bauru 2 (CPP2), na tarde de ontem. A quantidade chama a atenção e a Polícia Civil investiga o caso.

Conforme apurado pela reportagem, a droga foi localizada durante inspeção de rotina. Os 15 indivíduos que ocupam a cela foram adicionados ao documento que será encaminhado à Perícia Técnica.

Mais drogas 

Esta era a matéria do Jornal da Cidade na data: 


17,8 kg de maconha são achados no CPP 2Agentes ainda localizaram 53 aparelhos celulares durante revista


Heitor Carvalho
28/12/2017 21:00

Após uma revista nos três pavilhões do Centro de Progressão Penitenciária 2 (CPP 2) de Bauru, durante a noite de quarta-feira (27), agentes encontraram 17,8 quilos de maconha distribuídos em 43 tabletes, além de 53 celulares, carregadores e chips.

Segundo o boletim de ocorrência registrado na Central de Polícia Judiciária (CPJ), a revista do presídio começou por volta das 22h00 após alguns dos presos admitirem que drogas e celulares haviam sido arremessados ao CPP por pessoas conhecidas como "ninjas".

Todo o material encontrado foi apreendido e uma investigação foi iniciada para determinar os responsáveis pelo armazenamento da droga e também dos aparelhos celulares.


Fonte: JCNET

O que é a PI e a PII de Bauru

PI e PII de Bauru foram inauguradas em meados de 1990, ambas para serem prisões modelo, de segurança média, sem muralhas, apenas com alambrados em seu perímetro, em uma experiência que não deu certo no Estado de São Paulo, ambas também tinham capacidade para 550 detentos, cada uma delas.

Elas iriam fazer parte do Complexo Penitenciário de Bauru, junto com o  Instituto Penal Agrícola " Prof. Noé Azevedo" de Bauru( Ipa de Bauru), cujo primeiro e único Diretor foi o Dr. Luiz Gonzaga Vieira, antigo Diretor da Penitenciária de Pirajuí. Mas a ideia do Complexo morreu logo, não durou na verdade nem mesmo 03 anos, presos morreram baleados nos alambrados, um outro morreu ao tentar pular o alambrado e cortar a veia femoral na concertina.

Isso soou mal nas mídias da época e logo após o Governador Fleury Filho por meio da Lei nº 8209, de 04/01/93, criou e, o Decreto nº 36.463, de 26/01/1993, organizou a SECRETARIA DA ADMINISTRAÇÃO PENITENCIÁRIA(SAP), a primeira no Brasil, a tratar com exclusividade do referido segmento. E no decorrer dos anos seguintes foi-se ampliando suas populações carcerárias, extrapolando muitas vezes em mais de 200% de sua capacidade.

Em 2008, após o fim da Lei dos Crimes Hediondos, que vedava a progressão de pena para os praticantes dos crimes hediondos e comparados, negando aos criminosos o semi aberto ao completar 1/6 da pena, impondo regras mais duras, sendo 2/5 para réus primário e 3/5 para os reincidentes, na época.

De repente o Estado de São Paulo estava com um abacaxi enorme nas mãos, pois da noite para o dia necessitava de mais de 22.000 vagas no semi aberto, sob a condição de se colocar em regime domiciliar todos aqueles presos que passaram a ter direito ao regime semi aberto. E assim da noite para o dia tambem, a Sap esvaziou a PI e a PII, e após algumas pequenas modificações e adequações ambas foram transformadas em Unidades Semi Abertas, e com as mesmas populações em termos de superpopulação carcerária.

No decorrer do ano de 2015 iniciou-se uma ampla reforma nas duas Unidades dizendo que iriam ampliar a capacidade habitacional, ampliando as vagas ofertadas que em sua origem eram de 550 presos cada, para 1500 vagas, que já era a suas populações na época.

Ocorre que após as reformas novamente se encontram com quase o dobro de sua totalidade, e detalhe, diferente do Ipa de Bauru, que é uma área ampla e aberta, as duas Unidades são apertadas e cercadas apenas por alambrados, sem guarda armada de Aevps e que por estarem próximas da área urbana, cotidianamente é flagrado arremessos e tentativas de invasão do perímetro de segurança.

Realmente não é fácil trabalhar em nenhuma da duas Unidades, pois com a população inflada e o corpo funcional sempre aquém das necessidades, as Diretorias das mesmas vivem a improvisar uma realidade que reina no Sistema Prisional Paulista, cadeias lotadas, falta de servidores e os mesmos totalmente desmotivados, trabalhando mesmo na marra e dando o sangue muitas vezes para apenas voltar para casa, vivos e incólumes, pois se não o fizerem, periga de não voltarem realmente.



Parabéns aos Servidores por este excelente trabalho, que mesmo sem o reconhecimento e a falta de respeito do governador, continuamos a demonstrar nosso profissionalismo e empenho em todos os trabalhos realizados, seja nas revistas pessoais, revistas por Body Scanner, Raio-X, de Jumbos, também por Sedex e nas muralhas, eles os governantes são passageiros, efetivos e titulares de cargos somos Nós. Não seremos irresponsáveis como ele.