A proposta é de jerico, para não adjetivar ainda mais.
Por Esmael
3 de Março de 2018
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| A grande jogada da Intervenção foi parar a PEC da Policia Penal, pois a da Previdência estava perdida, e com os Presídios da-se para ganhar fortunas com os amigos certos nos lugares certos |
A intervenção federal no Rio de Janeiro poderá ser transformada num grande negócio da China para membros do governo Michel Temer, que retomaram esta semana a ideia de privatizar os presídios brasileiros.
Em agosto de 2016, os Estados Unidos, meca do liberalismo econômico, anunciaram a estatização das penitenciárias por dois motivos: 1- o sistema de presídios privados do país é pior do que o público e 2- custa mais caro.
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O ministro da Segurança Pública [do Rio], Raul Jungmann, disse na última quarta (28) que vai incluir a construção de presídios no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) e no Programa Nacional de Desestatização (PND).
Ao entregar o sistema prisional para particulares, objetivamente, Temer fará um negócio da China — para alguém — muito ruim para os cidadãos. Tal iniciativa atende à lógica de aumentar a população carcerária no Brasil que já é a terceira maior do mundo com 726 mil presos.
“Privatiza-se para que o poder privado consiga aumentar os seus lucros. Portanto, privatizar o sistema prisional significa buscar mais vagas; e buscar mais vagas significa buscar mais presos. E, nesse sentido, a privatização inexoravelmente vem com um projeto de aumento do número ou aumento do número de pessoas que compõem a população prisional”, concorda Alamiro Velludo Salvador Netto, presidente do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária.
Nunca é demais recordar que o Complexo Penitenciário Anísio Jobim, de Manaus, palco do massacre de 56 apenados em janeiro de 2017, é um presídio privatizado. A empresa privada Umanizzare (humanizar em italiano) teria recebido R$ 137 milhões para gerir o COMPAJ.
Quanto à privatização pretendida, pesquisas recentes indicam que 70% dos brasileiros tem ojeriza à venda ou transferência de serviços públicos para terceiros. Mas para Michel Temer et caterva o que importa é a oportunidade.
Fonte: Blog do Esmael
Contraponto: Esta visível a escolha do Governo Temer, visto que a Pec da Previdência estava completamente perdida e arruinada, mesmo porque os Deputados iriam se queimar em ano político em votar algo tão impopular.
Em uma jogada política e também para angariar dinheiro para o Partido(MDB), já que muitas coisas serão feitas no Rio sem licitações devido o estado de exceção e também para não perder o controle do Estado, que está nas mãos do Partido há quase 20 anos.
Temer escala um de seus atores do jogo político, banqueiro rico e milionário cujo único objetivo na vida é captar recursos para si próprio, para ir em um programa extremamente chulo e de mau gosto, mas conhecido por atingir uma camada essencialmente simples e mal instruída da sociedade.
No qual um apresentador também conhecido por seu gosto excêntrico e de caráter duvidoso, e legítimo representante de uma mídia marrom, para ambos discutirem sobre Assuntos Penitenciários, matéria desconhecida dos debatedores, que qual papagaios desandam a repetir besteiras, cujos ouvidos estão condicionados, mas sem jamais terem de fato conhecido as precariedades, traumas e sofrimentos vivenciados pelos profissionais do Cárcere.
Temer e seus asseclas jogaram na verdade vislumbrando a parte financeira do complexo e escuso jogo político praticado por eles, os congressistas do Partido. Com isso pararam a presumida aprovação da Policia Penal, que estava na pauta de 09 entre 10 congressistas e que por ser um assunto extremamente delicado e que está na mídia diuturnamente com o advento de chacinas intra e extramuros ocasionadas por disputas de facções nas penitenciárias.
O sistema infelizmente está sendo ambicionado pela inciativa privada, eles vêm com um forte lobby há tempos investindo em candidatos políticos que defendem seus interesses, inclusive da bancada da bala. E não reconhecendo sua necessidade estatal e inserindo-a no artigo 144 da C. F., fica extremamente fácil negociar e privatizar por meio de P.P.P( parceria público privado) e P.P.I.
( parceria pública de investimentos). Ou seja ninguém investe para perder, só para ter lucros.
Não pensem que se a policia aumenta a repressão isso significa que estão trabalhando a mais, este trabalho é cobrado amplamente pelos superiores imediatos e é somente para superlotar os espaços do estado determinados para custodiar os presos.
O que claro irá ocasionar uma superlotação da massa carcerária, vindo a fragilizar a vigilância, a própria estrutura que não é adequada para aquela população, e por fim as crises com os internos no tocante as facções, que é um dos fatores preponderantes da maioria das rebeliões atualmente, e que até a dez anos atrás pouco se falavam e por este motivo não entravam em estatísticas de causa de mortes e de perdas estruturais dentro do sistema.
Mas se olharmos para o mundo e não focarmos só para o nosso pais, iremos ver que estamos indo na contramão desse mesmo mundo. O mundo inteiro, inclusive a maioria dos países desenvolvidos estão retirando da iniciativa privada a administração de seu sistema penitenciário, porém aqui temos um banqueiro importante e conhecido, que junto a alguns empresários do setor estão interessados em lucrar com isso. E dificilmente irão perder a aposta, pois o fator de convencimento deles é muito forte. O dinheiro envolvido é muito alto e desperta o interesse de grande parte do Congresso.
A situação do Sistema Prisional chegou a esta condição de estagnação, desestrutura e caos porque não temos com quem fazer Lobby, não temos políticos que defendam as nossas causas, por mais que eles aparentemente possam estar ao nosso lado para tirar fotografias e falar sobre as nossas dificuldades, são na maioria das vezes falas visando as mídias e uma suposta preocupação com nossos problemas, ou ainda mais, para supervalorizarem seus votos ou suas opiniões junto aos verdadeiros lobistas, os homens das malas de dinheiro, aqueles que compram sem perguntar o preço, objetivando apenas seus interesses escusos e os de quem lhes paga para fazer tais serviços.
Não houve união e consenso no tempo certo para para que houvesse um planejamento massivo em prol da candidatura de políticos do sistema prisional, assim como há de fato em várias outras categorias, sempre estamos a passar o chapéu e pedir favores, me fale um só nome de seu estado em sua Assembléia que pode receber vocês Agepens de portas abertas em seus escritórios funcionais e que vocês saibam que ele foi eleito por Agepens?
Um só? Quase nenhum nãoé a verdade? O mesmo ocorre em quase 98% das assembleias do pais todo, se não me engano temos apenas dois ou três deputados Estaduais eleitos e trabalhando nas causas do Agentes Penitenciários.
E por fim eu lhes pergunto se alguma vez houve em seus estados um só Deputado Federal eleito pela categoria e que possa receber um agente de qualquer estado do país lá em Brasília de portas abertas em seu escritório funcional? Um só que seja? Não temos, e isso ocorre em 100% dos estados do Pais.
É por este motivo que não temos como lutar contra o interesse do empresariado e a força do seu dinheiro. Pois o nosso ideal de vida, vai na contramão do lucro de suas empresas e dos deputados interessados no dinheiro que elas geram e os proporciona. Simples assim viu....duro e realista.
Temos que ter Políticos Agentes, caso contrário continuaremos fora do Jogo Político, e este jogo é cruel, ele não perdoa quem está de fora.
LeandroLeandro.
Esta matéria é de 2014, antes da retomada das estatizações movida pelos EUA
O negócio sujo das prisões privadas nos EUA
Matéria para interagir e completar o assunto sobre Penitenciárias, Políticas Públicas e o interesse privado em toda esta área.
O massacre no Amazonas e as prisões privatizadas: o lucro como alma do negócio
