Os ataques aconteceram seguidamente na noite de quinta-feira (22) e manhã desta sexta-feira (23).
RAUL BRADOCK
DA REDAÇÃO
23.03.2018 | 08h00
Vários tiros acertaram a janela da casa do agente penitenciário. |
A sede Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindspen) e outras duas casas de agentes foram ‘metralhadas’ na noite de quinta-feira (22) e manhã desta sexta-feira (23), em Cuiabá. O atentado pode estar relacionado à morte do detento Jesuíno Cândido da Cruz Júnior, 28 anos, com um tiro na cabeça, durante motim na Penitenciária Central do Estado (PCE), na última terça-feira (20).
O primeiro ataque aconteceu por volta das 21h45, no bairro Nova Conquista. Pelo menos 9 tiros de pistola 9mm atingiram a janela da casa de um agente penitenciário.
Ninguém se feriu na ação. A vítima disse apenas que escutou o barulho de um carro se aproximando e a ‘chuva de balas’ atingindo a casa.
Já por volta das 6h da manhã desta sexta-feira (23), a sede do Sindspen foi atacada. Ao menos 6 tiros acertaram a porta principal do prédio.
O criminoso teria se aproximado em um veículo Chevrolet Prisma e atirado ainda de dentro do veículo.
Logo após o atentado, pelo menos sete agentes saem de dentro do local fortemente armados, porém, não localizam o atirador.
Ninguém foi preso. Conforme a polícia, a casa de um outro agente também teria sido atacada nesta noite, em Cuiabá.
Os crimes são investigados pela Polícia Civil.
Vídeos do ataque ao Sindicato:
Os atentados podem ter relação à ordem de execução de agentes penitenciários, após a morte de um detendo da facção comando vermelho dentro da PCE.
No mesmo dia da morte, vários áudios viralizaram na internet com a ordem. Em um dos áudios, os bandidos afirmam reunir um grupo para atacar veículos do Serviço de Operações Especiais (SOE) e Grupo de Intervenção Rápida (GIR).
“Vamos fazer o seguinte. Juntar seis irmãos psicopatas para pegar uma viatura da GIR ou da SOE saindo com quatro caras e fuzilar os quatro. Deixar eles tombados dentro da viatura daquele jeitão. Vamos por para agir”, ameaça um dos criminosos.
Um dos autores dos áudios foi identificado. Trata-se de um detento da penitenciária Major Eldo de Sá, a Mata Grande, em Rondonópolis.
Fonte: Repórter MT