20 abril 2018

Congresso Federal : Adicional de atividade de risco para área de segurança e agentes penitenciários perto da aprovação

Comissão da Câmara dos Deputados aprovou indenização por atividade de risco para agentes de segurança pública









Portal da Câmara Federal
Postado em : 20/04/2018


Deputado Cabo Sabino acrescentou outras categorias aptas a receberem o benefício.
 Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados.

Agentes penitenciários do país poderão receber uma indenização por atividade de risco, no valor de 30% da remuneração total do servidor. A medida foi aprovada nesta quarta-feira (18), pela Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados. O parecer veio do deputado Cabo Sabino (Avante-CE) sobre o Projeto de Lei 5492/16.

O projeto original é do deputado Cabo Daciolo (PEN-RJ) e trata apenas da concessão do adicional de periculosidade para policiais e bombeiros. Sabino optou por substituir “adicional” por “indenização”, pois algumas carreiras policiais recebem subsídio, um tipo de remuneração que só pode ser acrescida por indenizações.

De acordo com o que foi aprovado pela comissão, a indenização por atividade de risco será calculada com base na remuneração total, excetuadas as vantagens de natureza pessoal. O PL 5492/16 ainda precisa passar pelas comissões de Finanças e Tributação; e Constituição e Justiça e de Cidadania. Se não houver mudanças ele pode ser aprovado sem ir ao plenário da Câmara.

Além dos agentes penitenciários, o projeto visa os servidores integrantes do sistema de segurança pública: policiais (civis, federais, militares e rodoviários), bombeiros militares, policiais legislativos federais, agentes socioeducativos, agentes de trânsito e guardas municipais. As quatro últimas carreiras foram incluídas no projeto pelo relator, que fez ainda ajustes no texto para adequá-lo à legislação brasileira.

Crise

Sabino destacou a importância de aprovar a indenização para os integrantes de carreiras de segurança pública, principalmente porque as políticas públicas voltadas para a redução da criminalidade no Brasil “não visam melhorias nas condições de trabalho dos agentes”.

O deputado disse que os policiais brasileiros vivem um cotidiano de risco, que se reflete nas condições de saúde física e mental. Segundo Sabino, a taxa de suicídio entre os agentes de segurança pública é 2,3 superior à taxa brasileira. O alto estresse ocupacional atinge mais de um 1/3 da força policial e a idade média de morte é de 56 anos, inferior à brasileira (75,8 anos).

“Esse cenário representa a contraface da incapacidade e do descompromisso do poder público para planejar, propor e executar políticas penais”, disse Cabo Sabino.




Fonte:  Agência Câmara de Notícias