28 julho 2018

MATÉRIA TENDENCIOSA : Agentes penitenciários são batizados pelo PCC, aponta investigação da Polícia Civil

MATÉRIA TENDENCIOSA, QUE NÃO ABORDA A CORRETA APLICAÇÃO DO QUE PRECONIZA A "LEP"( LEI DE EXECUÇÃO PENAL)  E OS MANDAMENTOS DO "CNPCP"( CONSELHO NACIONAL DE POLÍTICA CRIMINAL E PENITENCIÁRIA), AS DECISÕES EM NÍVEL SUPERIOR A DOS AGENTES PENITENCIÁRIOS QUE VISAM BENEFICIAR AS FACÇÕES, INCLUSIVE NA CRIAÇÃO DE LEIS QUE AS COMBATAM E NA PERSECUÇÃO PENAL.













Luís Adorno e Flávio Costa Do UOL, em São Paulo 
28/07/201804h00


Presídio de Campo Grande (MS), onde "Dentinho" afirmou ter batizado dois agentes


O PCC (Primeiro Comando da Capital) está incorporando agentes penitenciários do país à facção, segundo investigações da Operação Echelon, da Polícia Civil de São Paulo. Um dos agentes, inclusive, seria chefe de segurança de uma prisão em Campo Grande (MS), de acordo com a apuração policial.

A investigação chegou à conclusão através de um telefonema grampeado em 25 de novembro de 2017, à 0h58. Na ligação, um integrante do PCC, identificado como J, fala sobre duas exclusões de "irmãos" da facção em Londrina, no Paraná. Isso porque teriam ocorrido dois batismos de agentes penitenciários lá.

"O alvo diz que é para excluí-los no ato, mas o ideal seria trazê-los para a cantoneira [local em que as pessoas são levadas ao julgamento do 'Tribunal do Crime']", aponta o relatório da Polícia Civil, obtido pelo UOL.


Chegou na cantoneira, polícia [agente penitenciário] nóis vai ripá. Não tem essa de polícia entrar pro comando, pro crime. Isso não existe."


Integrante do PCC em telefonema interceptado

J ainda afirma, segundo a polícia, que os dois agentes penitenciários teriam entrado para o "progresso" da facção e que fizeram dívida com o PCC. "O alvo fala que 'vai pedir pra geral trazer esses caras na mão urgente'", aponta a investigação.

O "batismo" é uma cerimônia, feita às vezes em conferência telefônica, na qual o criminoso afirma que aceita as regras da facção, respondendo a um questionário. Ao ser aprovado, entra para o chamado Livro Branco, onde estão os "irmãos" do crime.

Procurada, a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) do Mato Grosso do Sul afirmou que iria verificar as informações. "Informamos que até o momento a Agepen não foi comunicada sobre o inquérito pela Polícia Civil de São Paulo, mas a referida denúncia será encaminhada à Gerência de Inteligência do Sistema Penitenciário para as devidas apurações, e se necessário, à Corregedoria – Geral da instituição".

O Depen (Departamento Penitenciário) do Paraná não se manifestou sobre o assunto até esta publicação.

Segundo o promotor Lincoln Gakyia, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), "como toda organização criminosa, o PCC também tem forte participação na cooptação e corrupção de agentes públicos, atividades típicas de máfias".

"Isso já ficou bem demonstrado com a Operação Ethos, do ano passado, com a condenação do vice-presidente do Condepe (Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Humana) por corrupção e participação em organização criminosa", complementou o promotor.

"Estou batizando dois agentes"

No dia 15 de novembro de 2017, às 9h13, Laudemir Costa dos Santos, o Dentinho, 39, que cumpre pena no presídio de Segurança Máxima de Campo Grande, ligou para um homem, o qual chama de "padrinho", e disse que estava com um problema. Segundo ele, um integrante do PCC, identificado como Sub Zero, passou por cima do "brecamento" que tinha, por dívida, para comprar drogas.

Segundo a investigação, Dentinho comanda o setor responsável por cadastrar e coordenar integrantes do PCC nos estados e país, além dos que estão em situação de inadimplência, dívida ou indisciplinas perante à facção criminosa.

Embora tenha sido advertido e suspenso, Sub Zero voltou a comprar drogas, violando a suspensão. Primeiro, ele tentou comprar 1 grama de cocaína dizendo a Dentinho que estava com um problema de saúde e foi para a enfermagem da cadeia.

Na enfermagem, fez uma compra de R$ 150 em cocaína e consumiu a droga. Cinco dias depois, o dono da droga "tentou conduzir Sub Zero no prazo". Isso significa que a facção, diante de um inadimplente, lhe concedeu um prazo para pagamento, sem que isso gerasse qualquer tipo de consequência.

No entanto, segundo a investigação, esse integrante obteve três prorrogações de prazo e foi advertido de que não poderia mais participar de ações relacionadas ao PCC, ou de pelo menos ter algum privilégio.

Dentinho disse ao seu "padrinho", por telefone, que às 12h, quando as celas abrissem, iria falar com um agente penitenciário para "mixar" duas celas, sendo uma delas onde ele se encontrava, e depois fazer o mesmo com as restantes.

Segundo a Polícia Civil, "mixar" significa que o agente penitenciário iria deixar a cela aberta ou conceder algum privilégio que beneficiasse os presos naquele setor. "Eu já estou batizando dois agentes. Eles vão trazer pra mim aqui pra conversar com ele [Sub Zero]", teria afirmado Dentinho.

Dentinho disse à Polícia Civil que não faz parte do PCC. Ele alegou apenas ter convívio com pessoas vinculadas à facção, de modo que nada sabe sobre nomes, expressões, cargos ou terminologias relacionadas ao crime organizado.

Advogado do PCC fazia concurso para agente penitenciário

Interceptação telefônica de 7 de novembro de 2017, às 13h48, aponta dois integrantes da facção discutindo por que um advogado, identificado como Tiago, integrante do crime organizado, teria sido barrado no concurso de agente penitenciário no Rio Grande do Norte sob a desconfiança de que ele entraria no "sistema" para ajudar o "comando".

Por conta disso, os criminosos chegaram a sugerir fazer um protesto em frente ao fórum e presídios, com 150 camisetas e apoio de militantes dos direitos humanos, como forma de protesto.




Fonte: UOL


Contraponto: A Federação deveria fazer uma noticia e emitir uma nota de repúdio em relação a esta vil matéria, que expõe uma categoria sofrida e oprimida, pela criminalidade e por quem faz Políticas Penitenciárias no País. 

Pois existe todo um contexto que não foi abordado, principalmente em relação a quem se diz de direito e de legalidade a Coordenação das Politicas Penitenciárias dentro do País, que é o DEPEN, CNPCP e o Ministério da Justiça, pois querem simplesmente jogar a culpa de tudo a quem está no final deste processo, no fim da corda, sendo que quem elabora as políticas penitenciárias não somos Nós, somos apenas os executores da pena. 

Não decidimos as solturas de detentos, não elaboramos leis e não fazemos parte do grupos que discutem e fazem a engenharia das políticas penitenciárias.  Sem contar que na matéria não citam os misteriosos HCs., dados na calada da noite que libertam chefes de facções, traficantes internacionais e todo tipo de criminoso nocivo e que infecta a sociedade. 

Exemplos disso são os casos de "Capuava", grande traficante de São Paulo libertado por um HC emitido pelo TJSP, cujo Desembargador foi condenado a "Aposentadoria"com módicos R$ 33.000,00 garantidos por mês,  de "Galo", recentemente assassinado e que tinha 65 anos de cadeia em condenações, emitido pelo STF, de "Playboy" ex braço direito de Fernandinho Beira Mar solto recentemente em Goias, emitido pelo STF, e com mais de 20 anos de cadeia nas costas, sem falar de Gegê do Mangue que foi libertado no decorrer de uma condenação por homicídio, por Juiz da Região de Prudente, isso só para citar os casos mais conhecidos. Mas que foram de forma capciosa esquecidos no decorrer da composição da matéria.