A SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) de São Paulo enviou nota explicando como começou a investigação que resultou na Operação Echelon. Leia abaixo.
Luís Adorno e Flávio Costa Do UOL, em São Paulo
12/07/201804h00
Parabéns a todos os servidores envolvidos |
"Informamos que a Secretaria da Administração Penitenciária combate diuturnamente o crime organizado em parceria com a inteligência das Policias e com o Ministério Público. Sobre a operação, a Pasta esclarece que a Operação Echelon teve início no ano passado, em um esforço conjunto entre a inteligência da SAP, SSP e Ministério Público/Gaeco.
Após a operação Ethos, em 2016, com a prisão de advogados e um representante da área de direitos humanos, as principais lideranças foram isoladas no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD). Porém, em abril de 2017, a inteligência da SAP verificou que um outro grupo de presos estava enviando, por meio de visitantes e advogados, 'salves'.
Trabalho minucioso foi realizado após interceptar cartas, MPE apresentou denúncia contra membros do PCC- Divulgação MPE |
Houve um trabalho árduo dos serviços de inteligência da SAP para higienizar, recompor e comparar as cores das tintas e as caligrafias, conseguindo-se assim determinar a autoria das mensagens e chegado aos sete presos que teriam assumido a liderança após o isolamento dos líderes com a operação ETHOS.
O material foi encaminado ao Deinter 8, de Presidente Prudente, em junho/2017 e deu início às investigações que culminaram com a operação ECHELON no dia 14/06/2018. Os setes presos foram transferidos no mesmo dia da operação Echelon para o RDD, pois o secretário da Administração Penitenciária conseguiu que o Judiciário Paulista expedisse a ordem para transferência previamente.
Investigação começou com manuscritos encontrados nos esgotos da Penitenciária de Presidente Venceslau no interior de São Paulo |
Foram cumpridos 75 mandados de busca e apreensão em 14 estados brasileiros. Foram realizadas 63 prisões, sendo que 51 já estavam presos. Porém, estes estavam todos em prisão processual, ou seja, poderiam sair a qualquer momento e agora continuarão presos preventivamente, acusados inicialmente de associação criminosa. Em São Paulo, 36 foram presos sendo 20 dentro das prisões.
Foi solicitado ao Poder Judiciário a internação de alguns deles no RDD e de outros (envolvidos em mortes de agentes públicos e/ou atentados à ordem nos presídios) em presídios federais. A investigação ainda em curso já descobriu dezenas de outros crimes cometidos por eles, o que pode gerar outras condenações posteriormente."
Novo Organograma definido a partir da Operação Echelon:
Novo Organograma(clique na imagem para ampliar) |
Fonte: UOL
Imagem Adicionais: R7