04 julho 2018

REBELADOS FAZEM MAIS AMEAÇAS : Sindicato rebate Governo do Estado e critica ‘tranquilidade’ em rebelião na Casa de Custódia/PR

As declarações feitas por representantes da polícia e pela própria governadora Cida Borgetti, de que a situação na Casa de Custódia de Curitiba está tranquila, foram rebatidas pelo presidente do sindicato que representa os agentes penitenciários.











Da redação | Curitiba 
Publicado em 04 de julho de 2018 | 11h08

Rebelados ameaçam esquartejar servidores


Presos da unidade estão rebelados desde o último domingo (1º) e fazem quatro agentes reféns. As negociações ainda não avançaram e nesta quarta-feira (4) passou a circular um novo vídeo em que os reféns são ameaçados pelos presos, armados com facões. Os rebelados afirmam que podem esquartejar os agentes carcerários. Na terça-feira (3), outra gravação foi divulgada.

“A governadora incidiu em erro. A situação não está tranquila como ela está dizendo, porque se estivesse tranquila não estaria havendo rebelião. Nós lamentamos a declaração dela e esperamos uma atitude efetiva do estado para solucionar a rebelião, acabar com esse problema de uma forma urgente para preservar a vida dos agentes penitenciários e dos presos que estão lá”, criticou o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen), Ricardo Miranda.

         
                   


A esposa de um dos presos do Centro de Custódia também rebateu a declaração da governadora.  “Se tivesse mesmo uma negociação pacífica, já teria resolvido. Eles estão sem alimentação, sem água e eu acho que o Estado não está nem aí nem para os agentes que estão lá, porque até eles estão sem se alimentar.

Ontem mesmo eles queriam fazer uma negociação, entregar um dos agentes para poderem receber pelo menos alimentação e não aceitaram esse acordo”, lamentou. Ela pede também uma garantia de que, encerrado o motim, os presos não sofram represálias.

Efetivo

Para o presidente do Sindarspen, a falta de estrutura na CCC contribuiu para a rebelião. O local tem capacidade para 408 pessoas, mas abriga 640 presos e o efetivo não é compatível com o número de detentos no local.

Colaboração Jairo Nascimento / Rede Massa




Fonte: Massa News