26 setembro 2018

Operação Extramuros desmantela ‘QG do crime’ em Presidente Bernardes, objetivo era colocar drogas nas Penitenciárias

Segundo a Polícia Civil, os envolvidos articulavam a entrada de drogas em uma das penitenciárias da cidade.








Por João Alberto Pedrini, G1 Presidente Prudente
26/09/2018 11h57  

Operação Extramuros foi realizada nesta quarta-feira (26) — Foto: Cedida/Polícia Civil



A Polícia Civil cumpriu 12 mandados de prisão – nove deles na região de Presidente Prudente – por tráfico de drogas e associação criminosa em uma operação deflagrada nesta quarta-feira (26) para desmantelar uma quadrilha que atuava no comércio de entorpecentes em Presidente Bernardes.

Segundo o delegado Daniel Aparecido Viudes, os envolvidos articulavam a entrada de drogas em uma das penitenciárias da cidade. Ele disse que toda a operação da quadrilha funcionava em uma casa localizada num bairro periférico do município, numa espécie de “QG do crime”.

A ação contava com a participação de presos que cumprem pena na unidade prisional de Presidente Bernardes.

O setor de inteligência da polícia conseguiu identificar que a articulação do crime ocorria a partir das ordens dos detentos.

As investigações levaram o nome de Operação Extramuros.

Operação Extramuros foi realizada nesta quarta-feira (26) — Foto: Cedida/Polícia Civil



Detentos

Os mandados envolvem seis detentos que já cumprem pena na Penitenciária Silvio Yoshihiko Hinohara, em Presidente Bernardes.

Não há envolvimento de presos que estão no Centro de Readaptação Penitenciária (CRP), que tem o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) e que já abrigou presos de alta periculosidade como Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, e Marcos Willians Herbas Camanho, o Marcola, apontados como chefes de facções criminosas que atuam dentro e fora dos presídios.

Outras seis pessoas foram presas na operação: um homem e uma mulher em Presidente Bernardes e uma mulher em Presidente Prudente, além de mais duas mulheres e um homem --em São Paulo, Guarulhos e Sumaré.

Foram apreendidos na operação, ainda, 18 celulares, documentos, um notebook, uma balança de precisão e 15 porções de maconha.

A Polícia Civil informou que o trabalho de inteligência apurou que os envolvidos, alvos da operação, tramavam a entrada no presídio de uma nova droga, chamada k4, espécie de maconha sintética, mais danosa e mais perigosa do que a tradicional maconha.

Operação Extramuros foi realizada nesta quarta-feira (26) — Foto: Cedida/Polícia Civil



Intramuros

O delegado afirmou que as investigações apontam que as ordens para o tráfico eram dadas de dentro da unidade prisional.

“Eles [os detentos] comandavam o tráfico que ocorria fora do presídio. E determinavam a entrada ilícita de drogas [k4, maconha e cocaína], celulares e até de estimulantes sexuais no presídio”, disse Viudes.

De acordo com ele, o trabalho, agora, é identificar outros envolvidos, não só na região de Presidente Prudente, mas também em outros municípios paulistas.

Há uma mulher foragida.

Todas as prisões são temporárias, com duração de 30 dias.



Fonte : G1