11 dezembro 2018

Assassino é condenado a 31 anos de prisão por morte de agente penitenciário em Uberlândia/MG

Réu Pablo Quirino confessou o crime durante sessão do júri. Agente Luciano Lucas foi executado em agosto de 2016 ao sair do trabalho.








Por Caroline Aleixo, G1 Triângulo Mineiro
11/12/2018 09h25  


A vítima voltava para casa em seu próprio veículo quando foi surpreendida, vários disparos feitos por uma pistola automática 9mm foram efetuados contra o veículo. Um dos tiros acertou a cabeça da vítima, que morreu no local





Pablo Quirino dos Santos, acusado de matar o agente penitenciário Luciano Lucas dos Santos, em agosto de 2016, foi condenado a 31 anos e nove meses de prisão por homicídio triplamente qualificado e organização criminosa. O julgamento ocorreu durante a tarde desta segunda-feira (10) no Fórum de Uberlândia.

Pablo Quirino foi alvo da Operação Sintonia, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em março deste ano. A denúncia da Promotoria de Justiça o apontou como o responsável por executar a vítima e ainda integrar a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

Durante o júri popular, presidido pelo juiz Dimas Borges de Paula, o réu confessou a autoria do crime.

Pablo foi condenado a 25 anos de reclusão por homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, impossibilidade de defesa da vítima, por ela se tratar de servidor do sistema prisional.

Em relação ao crime de organização criminosa, a pena foi de seis anos e nove meses de reclusão. As penas foram agravadas pelo fato de ser réu confesso e reincidente nos crimes.

Agente foi morto em via pública

O homicídio foi registrado no dia 17 de agosto de 2016 próximo à estação de ônibus João Balbino no corredor da Avenida João Naves de Ávila. O agente, de 43 anos, seguia de carro quando foi baleado, sendo que um dos tiros acabou acertando a cabeça da vítima. Ele havia acabado de sair do trabalho e seguia para casa no momento do crime.

Ao parar em um semáforo, o agente penitenciário foi baleado. Depois os suspeitos fugiram e atearam fogo no carro utilizado no crime. Segundo a perícia, 16 cápsulas de arma de fogo foram recolhidas no local.

Crime ocorreu na Avenida João Naves de Ávila em Uberlândia — Foto: G1





Luciano era servidor contratado pelo Estado desde outubro de 2010 e estava lotado na Penitenciária Professor João Pimenta da Veiga em Uberlândia.

No dia 2 de março de 2017, o autor dos disparos foi preso. O Gaeco chegou ao jovem depois de receber uma denúncia anônima e realizar buscas dentro do Presídio Professor Jacy de Assis para levantar mais informações.

Em depoimento aos promotores do Gaeco, o jovem confessou ter sido o autor dos disparos em retaliação ao tratamento recebido pelos detentos nas unidades penitenciárias. Relatou ainda que era integrante da facção criminosa e que recebeu ordens pelo WhatsApp.






Fonte: G1