Dupla estava em navio que atracou no Porto de Santos e, segundo vítimas, eles tocaram no seio de uma mulher no Centro da cidade. Dupla foi levada para CDP da região.
Por G1 Santos
16/12/2018 06h28
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| Centro de Detenção Provisória de São Vicente, SP — Foto: Divulgação/SAP |
Dois tripulantes ucranianos de um navio de cargas que atracou no Porto de Santos, no litoral de São Paulo, foram presos por importunação sexual. O advogado que defende os estrangeiros alega que não foi respeitado o direito de defesa com a presença de um tradutor juramentado da língua nativa deles.
O crime ocorreu na Praça Barão de Rio Branco, no Centro de Santos. Segundo a delegada, os tripulantes de um navio de carga provocaram tumúlto em um estabelecimento na última quinta-feira (13).
Os ucranianos de 41 e 50 anos abordaram duas mulheres que passavam pela praça no momento em que elas deixavam o expediente do trabalho. As vítimas tem 45 anos e 54 anos. As mulheres contaram à delegada que os estrangeiros tocaram nos seios de uma delas e "praticaram atos libidinosos". A Polícia Militar foi chamava e deteve dos dois homens.
"Comunicamos OAB de Santos para comparecer um advogado e também foi comunicado a empresa de navio onde trabalhavam porque era um navio que estava atracado. O comandante do navio também compareceu na delegacia. Uma tradutora intérprete juramentada acompanhou o trabalho de interrogatório", disse a delegada Fernanda dos Santos Souza.
Outro lado
O advogado Danilo Pereira que representa os estrangeiros contestou a prisão. Em contato com o G1 ele disse que o direito de defesa não foi respeitado porque a tradutora chamada pela delegada era de língua inglesa e os estrangeiros não compreendiam o que ela falava."A minha comunicação com eles também ficou prejudicada porque eles não sabem português e nem inglês. O código do processo penal diz que quando o cidadão é estrangeiro deve se propiciar um intérprete do idioma nativo. Isso não foi feito. Na audiência de custódia também não. O juiz de direito não propiciou também. Eles ficaram em silêncio porque não sabiam se comunicar", justificou o advogado.
A delegada acrescentou ainda que os ucranianos atearam fogo perto de uma cesta de lixo no Centro. Por conta isso, além do crime de importunação sexual, eles também foram indiciados por dano ao patrimônio e resistência.
O advogado Danilo Pereira vai entrar com pedido de Habeas Corpus para dupla responder o processo em liberdade. Enquanto isso, eles aguardam no Centro de Detenção Provisória (CDP) de São Vicente. O caso foi registrado na Delegacia da Mulher de São Vicente.
Fonte: G1
