24 janeiro 2019

MATÉRIA RECENTE SOBRE UMA PPP EM ALAGOAS : Funcionários da Reviver comem comida estragada no Presídio do Agreste

Funcionários da empresa Reviver, que gerencia o Presídio do Agreste, no município de Girau do Ponciano, procuraram o 7Segundos para denunciar as péssimas condições de trabalho a que são submetidos. 






Por Roberto Gonçalves com 7 Segundos 
10/01/2019 às 18:15

Empresa Reviver administra a U.P desde 2011/2013, conforme consta em sua página na internet


Trabalhadores que conversaram com a reportagem sob a condição de anonimato, afirmam ser alvo frequente de assédio moral para que as situações que acontecem dentro da unidade prisional não venham a público. "Só continuamos trabalhando lá porque realmente precisamos do salário, mas a insatisfação é geral. 153 processos foram ajuizados por funcionários na Justiça do Trabalho, mas não foram adiante porque, durante a fiscalização, a gerência fica em cima e somos obrigados a dizer que está tudo certo, mas é mentira", declarou.

Segundo ele, os funcionários da Reviver, que estão há dois anos sem reajuste salarial, colocam a vida em risco cumprindo atribuições que deveriam ser de agentes penitenciários, como a escolta externa de funcionários. A alimentação é outro problema grave. As refeições para os trabalhadores é diferente da dos reeducandos, mas muitas vezes a qualidade é pior.

"Para os presos, a nutricionista pode mandar a comida de volta se não estiver boa, mas para a gente às vezes a comida vem estragada e somos obrigados a comer mesmo assim. E ninguém pode reclamar que é ameaçado de demissão por justa causa", disse o denunciante.

Presídio já teve reeducando liberado por engano em 2014(Foto por: Assessoria Presídio do Agreste)






As ameaças de demissão, de acordo com ele, são constantes. Os trabalhadores da Reviver seriam tratados a gritos e as perseguições são constantes. "Não sabemos mais a quem recorrer para denunciar esse assédio moral, porque qualquer durante qualquer fiscalização que é feita no presídio, nós somos coagidos a mentir por carrascos camuflados de gerentes", declarou.

Por meio da assessoria de comunicação, a Seris respondeu às denúncias apenas declarando que desconhecer as situações ocorridas dentro do Presídio do Agreste, conforme nota enviada para a reportagem:

"A Secretaria de Estado da Ressocialização e Inclusão Social informa não ter conhecimento das denúncias. O órgão Ressocializador reitera ainda que críticas e sugestões podem ser feitas por meio da Ouvidoria através do número (82) 3315-1097, ramal 2002."




Fonte: Cada Minuto

Contraponto: Em sua página na internet a Empresa Reviver, discorre na janela de apresentação e no link PPP o seguinte têxto :

A parceria público-privada, implementada no Brasil em 2004, é uma forma de provisão de infraestruturas e serviços públicos em que o parceiro privado é responsável pela elaboração do projeto, financiamento, construção e operação de ativos, que posteriormente são transferidos ao estado. O setor público torna-se parceiro na medida em que ele é comprador, no todo ou em parte, do serviço disponibilizado. O controle do contrato passa a ser por meio de indicadores relacionados ao desempenho na prestação do serviço, e não mais ao controle físico-financeiro de obra.

A REVIVER, uma das maiores empresas do segmento no Brasil, acompanha e participa dos processos de implantação de tal modalidade. Se mantém presente, submetendo para apreciação sua expertise na modelagem de projetos de PPP no sistema prisional, tendo logrado êxito em obter, até este momento, autorização dos Estados de Alagoas, São Paulo, Distrito Federal, Goiás, Ceará e Paraíba para elaborar estudos de apresentação de projetos de construção, implantação, operação e manutenção de complexos penitenciários, que variam de 1.400 até 10.500 vagas, como é o caso dos complexos do Estado de São Paulo.