17 fevereiro 2019

"Agente penitenciária" é flagrada ao facilitar entrada de drogas e celulares no Ceresp de Juiz de Fora/MG

A agente teria sido flagrada deixando a mãe de um detento passar pela revista na unidade com materiais ilícitos escondidos em potes de alimentos.

DAYSE AGUIAR
PUBLICADO EM 17/02/19 

A agente penitenciária teria sido flagrada facilitando a entrada de produtos ilícitos no Ceresp de Juiz de Fora - Foto: Reprodução
Uma agente penitenciária do Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) de Juiz de Fora, na Zona da Mata, teria sido flagrada, no último sábado (16), facilitando a entrada de materiais ilícitos no presídio.

De acordo com o boletim de ocorrência, era dia de visitação e, pela manhã, a mãe de um preso foi flagrada durante uma revista na entrada da unidade com celulares, carregadores e drogas dentro de um pote de comida.

Uma denúncia anônima teria feito com o inspetor desconfiasse da atitude da agente penitenciária que realizou a primeira etapa do processo, de revista pessoal, e não encontrou nada com a mulher.

Materiais apreendidos com a mãe do detento que "teria passado em revista" com a agente penitenciária
Em um segundo momento, enquanto passava pelo scanner - aparelho de imagem - a visitante também foi liberada pela mesma agente. Porém, pouco antes da mulher ter acesso às celas, uma equipe da unidade pediu para que ela abrisse as sacolas com alimentos.

Ao aproximarem o detector de metais, uma sinalização apontou que havia algo errado dentro dos potes. a equipe fez a verificação e encontrou dois carregadores, dois celulares, um pacote de pasta base de cocaína, oito tabletes de maconha e crack, que foram apreendidos.

A Polícia Civil confirmou que tanto a mãe do presidiário, quanto a agente foram presas em flagrante e encaminhadas ao sistema prisional.

Os fatos ocorreram no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) de Juiz de Fora, na Zona da Mata
De acordo com a Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap), a direção do Ceresp apura a possível conivência da agente penitenciária, que já vinha sendo monitorada pelo setor de Inteligência da unidade.

A agente é servidora efetiva desde 2013 e, caso seja confirmada sua participação no ato, ela responderá administrativamente e criminalmente.

Ainda segundo com a Seap, a direção-geral do Ceresp instaurou uma investigação preliminar para apurar o fato. As investigações criminais ficam a cargo da Polícia Civil.

Fonte : O Tempo