26 fevereiro 2019

"ATÉ TU, BRUTUS" : PF prende agente suspeito de corrupção em licitação da Penitenciária Federal de Mossoró/RN

Operação batizada 'Tu Quoque Brute' foi deflagrada na manhã desta terça-feira (26) na região Oeste.







Por G1 RN
26/02/2019 10h21 


Agente federal foi preso em operação da PF por suspeita de corrupção passiva na Penitenciária Federal de Mossoró
Foto: PF/Divulgação



A Polícia Federal deflagrou uma operação na manhã desta terça-feira (26) e prendeu um servidor federal do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), em Mossoró, na região Oeste potiguar. Segundo a corporação, o objetivo da ação é investigar supostos atos de corrupção cometidos pelo homem, que era responsável pelo processos licitatórios da Penitenciária Federal do município.

(*) Escrita em Latim, o nome da operação é alusivo ao fato de uma pessoa trair a confiança de outra, cuja expressão tem origem ligada à história da Idade Antiga, quando o imperador romano Júlio César foi vítima de uma conspiração para tirá-lo do cargo. Entre eles estava o seu filho adotivo Marcus Brutus. O complô resultou no assassinato do imperador que na hora da morte, reconheceu o filho entre os seus algozes e proferiu a frase: "Até tu, Brutus?".

De acordo com a PF, a investigação apura indícios de que um agente federal solicitou propina de uma empresa para formalizar um contrato com a unidade prisional. Para isso, ele ainda teria falsificado documentos públicos e dispensado, indevidamente, o processo legal de licitação.

De acordo com a PF, a investigação apura indícios de que um agente federal solicitou propina de uma empresa
para formalizar um contrato com a unidade prisional




Cerca de 20 policiais federais cumprem seis mandados judiciais de busca e apreensão expedidos pela 8ª. Vara da Justiça Federal em Mossoró, além de um mandado de prisão preventiva, um mandado de intimação e um mandado de intimação de cautelar diversa de prisão.

Ainda de acordo com a PF, os supostos envolvidos devem responder pela prática dos crimes de corrupção passiva e falsidade ideológica, cujas penas somadas podem chegar a 17 anos de reclusão e, ainda, pelo crime de dispensa de licitação, com penas de até 5 anos de detenção e multa.






Fonte: G1