17 março 2019

Agente penitenciário é baleado na cabeça em troca de tiros e tem arma roubada em Belo Horizonte/MG

De acordo com a polícia, vítima foi surpreendida por dois homens em uma moto quando saía para trabalhar.







CLARISSE SOUZA
PUBLICADO EM 17/03/19 


Depois do crime, a arma do agente desapareceu



O ataque a um agente penitenciário, baleado na cabeça quando saía para trabalhar na madrugada deste domingo 17, no bairro Ribeiro de Abreu, região Noroeste de Belo Horizonte, intriga as autoridades, que tentam identificar a autoria e motivação do crime. Josimar Rodrigues Magalhães, de 29 anos, ainda estava consciente quando foi socorrido na porta de casa e afirmou ter sido alvo de um motociclista. Depois do crime, a arma do agente desapareceu.

Magalhães foi levado em estado grave para o Hospital João XXIII, na capital, onde passou por cirurgia. Antes de dar entrada no bloco cirúrgico, a vítima contou aos policiais militares
que estava a caminho do trabalho quando percebeu a aproximação de uma motocicleta.

Segundo o depoimento, o piloto chegou a passar direto pelo portão da casa do agente, mas retornou ao avistá-lo. “Ele não consegue nos passar se esse motociclista o teria abordado,
se eles teriam entrado em luta corporal ou se houve por parte dele algum revide”, explicou o tenente Farlei Gusmão, do 13° Batalhão da Polícia Militar (PM).

Como Magalhães estava armado, há possibilidade de que o agente tenha atirado para se defender. A PM chegou a fazer um rastreamento em unidades de saúde da região, mas nenhum suspeito deu entrada em hospitais com ferimento provocado por arma de fogo.

Segundo o tenente Gusmão, como não foram encontradas testemunhas, ainda é difícil afirmar se o que ocorreu foi uma tentativa de latrocínio ou se o agente penitenciário foi vítima de acerto de contas. “Não temos elementos que façam com que nós possamos afirmar tratar-se de uma vingança ou alguma coisa nesse sentido”, declarou. Aos policiais, a vítima garantiu não ter se envolvido em qualquer situação que pudesse motivar o crime.

Perícia


Agentes da Polícia Civil estiveram na rua Monte Horebe e realizaram perícia para recolher provas no local do crime. Segundo a corporação, o caso será encaminhado para a Delegacia de Homicídios, que dará continuidade às investigações.

Vizinhos assustados


Os vizinhos do agente penitenciário Josimar Rodrigues Magalhães acordaram assustados com o som dos disparos de arma de fogo, sem saber ao certo o que estava acontecendo no
fim da madrugada de ontem na rua Monte Horebe. “Assusta a gente ver isso tão perto de casa”, desabafou uma senhora que mora a poucos metros do local do crime.

Segundo um comerciante que pediu para não ser identificado, Magalhães não costuma interagir com vizinhos. “Só o conheço de vista. É uma pessoa mais reservada, não é de conversar”, descreveu o homem, que se diz preocupado ao ver cenas de violência tão perto do local em que trabalha.


Fonte: O TEMPO