15 abril 2019

Agente penitenciário e policial militar trocam tiros durante briga de trânsito em Vila Velha/ES

Caso aconteceu em Vila Velha, na noite desse domingo (14). Eles foram levados para hospitais e não se sabe o estado de saúde deles.






Por Daniela Carla, TV Gazeta
15/04/2019 07h38 


A Polícia Civil informou que o caso segue sendo investigado. Mas que até o momento,
o agente e policial não foram detidos.



Um desentendimento no trânsito entre dois policiais militares, de 28 e 34 anos, e um agente penitenciário, de 32 anos, deixou um soldado e o agente baleados, na noite desse domingo (14), em Vila Velha, no Espírito Santo. O agente foi internado no Hospital Antonio Bezerra de Faria e passou por duas cirurgias. O estado de saúde não foi informado.

Os soldados contaram para a polícia, em depoimento no Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), que estavam com as namoradas em um bar assistindo a uma partida de futebol. Eles deixaram o estabelecimento às 19h, cada um em seu carro, e decidiram ir para uma lanchonete em outro bairro. No caminho, eles passaram pelo bairro Vale Encantado, em Vila Velha.

Enquanto passavam por uma rua do bairro, um dos carros dos policiais foi atingido na traseira por um motociclista. Segundo relato dos PMs, eles saíram dos carros e foram conversar com o motociclista. Para os PMs, o condutor da moto estava com sinais de embriaguez.

Acidente termina em troca de tiros entre policiais e agente penitenciário, no ES
 Foto: Reprodução/ TV Gazeta


As testemunhas contaram que essa conversa deu início a uma discussão e que pessoas se aglomeraram no local. Segundo relatos, os PMs sacaram as armas para o motociclista.

Escutando a discussão, um agente penitenciário que mora perto foi ao local ver o que estava acontecendo. Ele, os soldados e as testemunhas têm versões divergentes sobre o caso.

Segundo o agente, os policiais estavam com a arma em punho falando com o homem. Ele achou que os soldados eram criminosos e deu voz de prisão.

Já de acordo com os soldados, o agente já chegou com a arma na mão atirando e eles revidaram, por achar que o agente era criminoso.

Testemunhas


Testemunhas contam que o caso começou quando o carro de um dos PMs atingiu o motociclista e imprensou o homem contra um veículo que estava estacionado. Segundo ele, os policiais estavam embriagados.

"O policial imprensou o motociclista contra o carro que estava parado. Um morador tentou ajudar o rapaz e começou a confusão. Nisso, chegou o segundo policial e o agente saiu para ver o que estava acontecendo para ajudar. Nisso, os policiais sacaram a arma e colocaram na testa do agente. O agente pediu calma e empurrou ele. O polícia deu o primeiro disparo", relata um homem que não quis ser identificado.

Testemunha diz que policial provocou acidente e imprensou motoclista em carro estacionado, no ES
Foto: Reprodução/ TV Gazeta



Um primo do agente disse que foi ameaçado pelos policiais quando tentou socorrer o primo. "A gente foi para o local e quando a gente estava chegando o policial apontou a arma para a gente mandou voltar. Eu dei a volta na rua e encontrei meu primo na de trás com um tiro no barriga", contou.

A mãe do agente contou que ele passou por uma cirurgia no domingo (14) e nesta segunda (15). Ela conta que perdeu um filho recentemente e tem medo e perder outro.

"Eu não tenho o que dizer como ele está. Agora está nas mãos de Deus e Deus proverá", afirma a mulher.

Primo diz que policias o impediram de socorrer agente, no ES — Foto: Reprodução/ TV Gazeta



Troca de tiros

De acordo com a polícia, os soldados efetuaram entre quatro e cinco disparos. O agente atirou apenas um vez. O soldado de 34 anos foi baleado de raspão na cintura. O agente, de 32 anos, levou um tiro na barriga e está internado no hospital Antônio Bezerra de Faria.

O agente levou um tiro no abdome. Eles foram encaminhados para hospitais da Grande Vitória. O estado de saúde dos dois não foi informado.

Investigação


A Polícia Militar informou que o policial militar e o inspetor penitenciário, feridos durante troca de tiros entre eles, foram socorridos, ouvidos pela autoridade da polícia judiciária e passam bem.

Após os depoimentos prestados, o delegado entendeu que se tratava de legítima defesa entre os envolvidos. Um inquérito será instaurado pela policia civil para apurar os fatos minuciosamente o caso e também pela corregedoria da PM, após o recebimento das informações iniciais coletadas pela PC.



Fonte: G1