09 maio 2019

Vídeo: Privatização de presídios gera revolta em servidores, nós guardamos as portas do inferno para o sociedade dormir em paz

Durante a Audiência Pública ocorrida na Sap, com sede em Santana na capital paulista, diversos servidores tiveram a oportunidade de se expressar e questionar a implantação da PPP no sistema penitenciário paulista, uma destas importantes falas foi a da servidora Fatima Regina Barbosa.






Leandro Leandro
Lucas Mendes

Servidora questiona a falta de atenção para com aqueles que guardam as "Portas do Inferno",
para que a sociedade tenha um sono tranquilo


Defendendo a carreira do Agente de Segurança Penitenciária, a representante do SINDCOP Fátima Regina Barbosa encara o coronel da PM Marco Antônio Severo Silva, assessor de gabinete do secretário Nivaldo Restivo.

Fátima Regina é servidora já com o tempo de aposentadoria e está apenas aguardando ser publicado seu direito a inatividade, afastada dos trabalhos, mas sem ainda a devida publicação. É conhecedora ativa dos trabalhos desenvolvidos nas unidades penitenciárias, como funcionária e também como liderança sindical.

O debate ocorreu durante audiência pública realizada pela SAP em 06 de maio para discutir a privatização de quatro unidades prisionais em São Paulo. Ponto de arrancada para uma possível privatização total do sistema, podendo sim atingir todas as unidades penais do estado, ainda que muitos dos servidores não tenham entendido esta possibilidade desta forma.

Na audiência, afirmações de Severo causaram um rápido bate-boca com os participantes. Pelo projeto do governo, "monitores" privados serão responsáveis pela segurança interna dos presídios.

                  


A diferença entre um servidor de carreira no cargo de agente penitenciário e de um monitor, começa quando o primeiro é apto em concurso público de provas de conhecimentos e títulos, tem a obrigatoriedade de passar por exames e testes fisícos e por uma ampla e minunciosa investigação social, e após cumpridos estes requisitos ter ainda que participar e concluír o curso oferecido pela Escola de Administração Penitenciária( EAP).

Por derradeiro um lapso temporal de  Estágio Probatório de 03 anos, período em que estará sob análise e observações constantes sobre questões que versem sobre sua vida profissional na U.P,  caráter ilibado, personalidade firme e comportamento moral e ético, comprometimento profissional,  e isso levado também para sua vida particular que inclusive esta elencado no Estatuto do Servidores,  Lei nº 10.261, de 28 de outubro de 1968.

Já o segundo, o Monitor Penitenciário necessita apenas de enviar ou apresentar seu "Curriculun Vitae" (do latim "trajetória de vida"), também abreviado para CV ou apenas currículo,  é um documento de tipo histórico, que relata a trajetória educacional e as experiências profissionais de uma pessoa, como forma de demonstrar suas habilidades e competências. De modo geral, o curriculum vitae tem como objetivo fornecer o perfil da pessoa para um empregador, podendo também ser usado como instrumento de apoio em situações acadêmicas.

O curriculum vitae é uma síntese de aptidões e qualificações, na qual o candidato a alguma vaga de emprego descreve, dados pessoais para contato, formação acadêmica e experiência profissional. Ainda é a forma que muitas empresas usam para preencher vagas de emprego. A entrega do currículo é apenas a primeira fase da admissão em uma instituição, as fases posteriores compreendem em entrevista e prova de conhecimentos. Que nem sempre é exigido a fundo, dependendo do grau da ocupação.




Fonte vídeo : Lucas Mendes - Sindcop