Gestão tucana afirma que não aumentará modelo prisional que usa concursados e economizará com a Previdência.
Artur Rodrigues
14.jun.2019 às 15h53
Com um déficit de um quarto do efetivo nas prisões, o governo paulista do João Doria (PSDB) afirma que as prisões não correm risco e que não vai mais deixar crescer o sistema penitenciário crescer no modelo administrado pelo estado.
"Não há nenhuma situação de risco de nenhuma espécie. Temos 12 novos presídios para serem inaugurados feitos de forma arquitetônica e engenharia de primeiro mundo, ampliando fortemente a oferta de vagas em prisões aqui no estado de São Paulo. Desses 12 novos presídios, quatro já serão operados em regime de PPP [parceria público-privada]", disse Doria.
A aposta na privatização das novas unidades, além da crença de se atingir um serviço melhor, também visa evitar gastos futuros com a previdência de servidores concursados. O discurso é mais brando do que o inicial, de privatização total do sistema, é visto pelos servidores como um indicativo de que o buraco no quadro de funcionário só tende a crescer.
Conforme revelado em reportagem da Folha nesta sexta-feira (14), a falta de preenchimento das vagas existentes tem colocado em risco agentes penitenciários e a saúde dos presos.
Governador insite em uma estratégia ja provada no mundo inteiro que não funciona.....pagaremos para ver Imagems Pedro Ladeira-Folhapress |
Nós temos uma realidade encontrada com funcionário público concursado, que será aposentado pela carteira de previdência do estado. O estado mantém os funcionários hoje como aposentado e manterá. A decisão foi: não cresceremos mais o sistema penitenciário neste modelo. Vamos crescer num novo modelo de parceria", afirmou o vice-governador e secretário de Governo, Rodrigo Garcia.
Garcia sustenta de que, quando se calcula um custo por preso maior no sistema de parceria privada, não tem sido levado em conta a questão da aposentadoria dos funcionários, que, segundo ele, vai "consumir o orçamento do povo paulista" por 20, 30 anos.
O governo afirma que o modelo a ser adotado vai ser superior ao de Ribeirão das Neves, em Minas Gerais, onde até o momento não houve rebeliões. Segundo ele, o secretário da Administração Penitenciária, Nivaldo Restivo, viajou aos Estados Unidos e Israel para verificar unidades que funcionam nos moldes privados.
Fonte: Folha de São Paulo
Contraponto:
"O Grito............de toda uma categoria |
O quadro de Edvard Munch, " O Grito" é um símbolo da angústia que atormenta toda uma categoria de homens e mulheres, profissionais irrepreensíveis que sabem que com segurança não se brinca, pois ela é a razão de ser de um Estado de Direito.
A segurança de todos é o principio que nos primóridios dos tempos reuniu homens e mulheres em torno de um ideal social que oferecesse segurança a todos à aqueles que fizessem parte de determinada socidade.
Nós os operadores do cárcere de fato, que conhecemos as mazelas e as dificuldades do dia a dia nos raios, pavilhões, radiais, gaiolas, viúvas, portarias e subtportarias e todas as demais áreas do cárcere onde impera o perigo de fato, que também conhecemos o modelo citado pelo governador.
Sistema este tão decantado por esta administração, e que já foram aplicados no Centros de Ressocialização(CRs) aqui mesmo em São Paulo e que foi posteriormente descoberto como um verdadeiro antro de corrupção e facilitação, de antemão sabemos o resultado que isso poderá ocasionar, pois toda esta "pseudo inovação", além dos custos aos cofres públicos, poderá ser incidido no valor de vidas humanas(incalculável), gerando prejuízos insegurança para toda a sociedade paulista.
Não pagaremos para ver os resultados, mas alguém com certeza será responsabilizado por brincar com a segurança de toda uma sociedade. E o preço será muito caro, será maior que qualquer eleição ou a perda do prestígio e do poder, será a perda de vidas humanas que causará pesadelos até o final dos dias aos responsáveis por tal aventura, pesadelos com a cara da morte e os lamentos aterrorizantes de suas vítimas.