18 junho 2019

PF prende em supermercado de Sumaré/SP, suspeito por execução de agente penitenciário em Mossoró/RN

Edmar Fudimoto, conhecido como Japonês, foi preso com documentos falsos. Ação para cumprimento de mandado contou com policiais federais de Brasília (DF) e Campinas (SP).






Por G1 Campinas e Região
18/06/2019 16h28 

Henri Charle foi morto em 2017. Ele era lotado no Presídio Federal de Mossoró
 Foto: Divulgação/PM


A Polícia Federal prendeu um homem de 40 anos suspeito de participar do assassinato do agente federal penitenciário Henri Charle Gama e Silva, em 2017, em Mossoró, na Região Oeste potiguar. Ele foi preso em Sumaré, no interior de São Paulo, na segunda-feira (17). e a informação foi divulgada nesta terça(18).

Segundo a PF, a investigação apontou que o acusado adquiriu um imóvel próximo ao Presídio Federal de Mossoró para levantar informações que pudessem auxiliar no plano que terminou com a morte de Henri Charle Gama e Silva, em 2017.

A prisão do homem de 40 anos foi feita pelo Grupo Especial de Rastreamento e Capturas da Diretoria Executiva da Polícia Federal de Brasília, que cumpriu um mandado de prisão preventiva expedido pela 8ª Vara da Justiça Federal de Mossoró e com o apoio do Núcleo de Operações da Delegacia de PF em Campinas. Segundo a corporação, o suspeito está à disposição da Justiça Federal..

No momento em que foi abordado pelos policiais, o suspeito apresentou documentos falsos de identificação e foi autuado em flagrante. Ele foi encaminhado para a Cadeia Pública de Campinas, em São Paulo, e se encontra à disposição da Justiça. Segundo a PF, Japonês é integrante de uma organização criminosa que atua nos presídios.

Bandidos chegaram em carro e atiraram contra o agente penitenciário federal.
Foto: Marcelino Neto - O Câmera


O crime

Henri Charle Gama e Silva foi assassinado no dia 12 de abril de 2017, quando estava em um bar no bairro Boa Vista, na cidade de Mossoró, região Oeste do RN. Quatro bandidos chegaram em um carro e atiraram contra ele, que morreu no local.

Três acusados do crime já haviam sido presos e outros dois cumprem prisão domiciliar. Em março deste ano, a Justiça decidiu que eles irão a júri popular. A investigação da Polícia Federal aponta que o agente foi morto a mando de uma facção criminosa.

Plano para matar agentes

Em julho de 2017, a PF deflagrou a Operação Força e União, que visava desarticular um movimento organizado dentro de presídios federais com o objetivo de matar agentes penitenciários federais. Oito mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, em São Paulo, além de mandados de condução coercitiva no Rio de Janeiro e mandados de prisão preventiva em Mossoró e São Paulo foram cumpridos.

À época, os investigadores apontaram que uma facção criminosa assassinou dois agentes penitenciários federais em menos de um ano: Alex Belarmino Almeida Silva, em setembro de 2016, na cidade de Cascavel (PR), e Henri Charle Gama Filho, em abril de 2017, em Mossoró (RN).

Impessoalidade

As investigações demonstraram, também, que não há pessoalidade nas ações do PCC, que escolhe seus alvos em razão das informações e de uma maior vulnerabilidade com o fim de se executar um plano preciso e sem deixar indícios de autoria.



Fonte: G1