No cenário de férias e carnaval, uma cena de guerra. Tropas do Exército foram enviadas para colaborar na segurança. Reforço também veio com agentes da Força Nacional.
Por Fantástico
23/02/2020 21h39
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Carros tiveram os pneus furados em frente a batalhões de polícia em Fortaleza — Foto: José Leomar/SVM |
O Exército está nas ruas de Fortaleza e das cidades da região metropolitana, com 2,5 mil soldados. O reforço também conta com mais de 150 agentes da Força Nacional. Sexta-feira (21) foi o dia mais violento, com 37 homicídios. No sábado (22), foram 34 mortes.
O principal batalhão do estado, o 18º, em Fortaleza, continua fechado. As viaturas tiveram os pneus secos e bloqueiam a passagem. Pelo menos nove cidades do Ceará cancelaram o carnaval, por conta da crise na segurança pública.
No fim da manhã deste domingo (23) o senador licenciado, Cid Gomes, teve alta, depois de 5 dias de internação. Ele já está em casa, em Fortaleza, se recuperando com fisioterapia respiratória e antibióticos para o pulmão atingido por um dos tiros. Cid continua com um projétil alojado ao lado da costela, além de um fragmento, que não devem ser retirados.
Os policiais militares querem reajuste salarial. O governo anunciou um aumentou de R$ 1,3 mil a serem pagos de forma progressiva, até 2022. Duas, das seis associações recusaram. Querem o aumento de uma vez e ainda em 2020.
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Blindados fazem patrulhamento ostensivo nas ruas de Fortaleza — Foto: Thiago Gadelha/SVM |
Mais de 30 policiais militares 'desertores' são presos no Ceará durante motim da categoria.
Policiais faltaram a chamada para atuar na segurança de festas carnavalescas no interior do estado.
Policiais militares do Ceará considerados desertores foram presos neste domingo (23) por faltarem a um chamada para trabalhar na segurança em festas de carnaval no interior do Ceará. De acordo com o Governo do Estado, 37 policiais foram presos por deserção.
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Com 37 homicídios, sexta-feira, 21/02/20 foi o dia mais violento dos últimos 8 anos |
No sábado (22), a Polícia Militar informou que 77 policiais militares foram considerados "desertores" por faltarem a convocações da PM. O Governo do Estado informou que não iria divulgar a identidade dos presos ou local onde as prisões foram efetuadas.
Conforme a Polícia Militar, a deserção "consuma instantaneamente figura típica incriminadora". Em caso de condenação, o crime de deserção pode resultar em pena de até três meses de detenção.
A Polícia Militar do Ceará solicitou ainda o corte do pagamento dos policiais desertores. O pedido será julgado pela Justiça Militar.
Batalhão para manter policiais detidos
O Governo do Estado criou também um batalhão de custódia, onde ficarão os policiais detidos por aderirem ao motim da categoria. O batalhão será comandado pelo tenente-coronel Alexandre Rodrigues, atual do Batalhão de Choque, uma equipe especializada da Polícia Militar.![]() |
Policiais do Ceará se reuniram com senadores para ouvir propostas do governo estadual. — Foto: Kid Junior/SVM |
Em portaria da Polícia Militar, a criação do Batalhão de Custódia foi justificada devido a "paredistas deflagrados em território cearense" que praticam "as mais diversas infrações criminais e disciplinares militares".
"Fica criado, de forma temporária, o Batalhão Provisório para Custódia de Crimes Militares, a fim de receber os policiais e bombeiros militares do Estado do Ceará submetidos à inquisas [perguntas feitas em inquérito] e condenações, todas relacionadas com as manifestações de paralisações das atividades."
Policiais afastados
O Governo do Estado determinou ainda o afastamento de 168 policiais militares do cargo; 161 deles por "motim, insubordinação e abandono de posto" e outros sete por incitação ao crime. Conforme a Controladoria Geral de Disciplina, os policiais suspeitos de incitação ao crime postaram vídeos nas redes sociais convocando colegas de profissão para paralisação das atividades.Fonte: G1
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