Além disso, Guedes incentivou os brasileiros a viajarem de férias mais dentro do País.
Estadão Conteúdo
postado em 12/02/2020 20:19
Guedes mais uma vez citou a mudança de mix entre câmbio e juros no País (foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil ) |
O ministro da Economia, Paulo Guedes, avaliou nesta quarta-feira, 12, que uma taxa de câmbio mais alta é "boa para todo mundo". Ele afirmou que, com o dólar mais baixo, “todo mundo” estava indo para a Disney, nos Estados Unidos, inclusive “empregada doméstica”.
"Todo mundo indo para a Disneylândia, empregada doméstica indo para Disneylândia, uma festa danada". Além disso, Guedes incentivou os brasileiros a viajarem de férias mais dentro do País. "Vai para a Amazônia, para Foz do Iguaçu", afirmou.
Guedes mais uma vez citou a mudança de mix entre câmbio e juros no País. "É melhor termos juros a 4% e câmbio a R$ 4,00, do que câmbio a R$ 1,80 e juros de 14%, nas alturas", repetiu. "O câmbio não está nervoso, mudou para R$ 4,00. O modelo não é juro na lua e câmbio baixo, desindustrializando o Brasil", acrescentou.
Segundo o ministro, depois de devolver R$ 126 bilhões no ano passado ao Tesouro, o BNDES vai devolver bastante dinheiro à União também neste ano. Guedes não citou quanto o banco de fomento pagará antecipadamente ao Tesouro em 2020.
Custo da energia pode cair mais
O ministro Paulo Guedes disse acreditar que em um ano e meio o custo da energia deve cair 40%. Para isso, o ministro destacou a quebra do monopólio na exploração e na distribuição do gás.
"Tinha um monopólio de fato da Petrobras na exploração de gás, e um monopólio de fato de governos estaduais na distribuição do gás. Então estamos quebrando esse duplo monopólio. Aí a energia a gente acha que pode cair 30%, 40% em mais um ano e meio. Eu acho que vai cair 40%", disse o ministro, que encerrou há pouco palestra em evento realizado pelo Grupo Voto em Brasília.
A quebra do monopólio junto a um câmbio "barato" e a uma redução de impostos para as empresas tornarão o Brasil "interessante" para ser reindustrializado, na visão do ministro. Ao citar a carga tributária, Guedes voltou a falar sobre a necessidade de se taxar os dividendos recebidos pelos sócios nas empresas como forma de compensar a redução dos impostos para as firmas. "Como o trabalhador paga 27,5% de imposto e dividendo paga zero?", disse.
Ainda sobre projetos da área econômica, Guedes comentou que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), deve "ativar" a pauta que trata da autonomia do Banco Central nas próximas duas ou três semanas. O PL sobre o tema aguarda votação pelos deputados. "O Brasil já pratica a estabilidade monetária mesmo antes da lei da autonomia do BC", disse.
Fonte: ESTADO DE MINAS/VIA ESTADÃO