24 março 2020

QUE MAMÃO: Depen eleva suspensão a visitas de familiares e advogados de 616 detentos de 05 Penitenciárias Federais

Medida, do Departamento Penitenciário Nacional, vigora por 30 dias

   
Por Andreia Verdélio 
Repórter da Agência Brasil - Brasília
Publicado em 24/03/2020 

O Departamento Penitenciário Nacional (Depen) suspendeu por 30 dias as visitas sociais, os atendimentos de advogados, as atividades educacionais e de trabalho, as assistências religiosas e as escoltas dos presos custodiados nas penitenciárias federais. A medida é uma forma de prevenção à disseminação do novo coronavírus nas unidades prisionais.

A portaria foi publicada no Diário Oficial da União e entra em vigor hoje (24). No dia 16 de março, o Depen, ligado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, já havia determinado algumas suspensões por 15 dias nas prisões federais.

De acordo com a portaria desta terça-feira, o atendimento de advogados pode acontecer em caso de necessidades urgentes ou que envolvam prazos processuais não suspensos. As escoltas de requisições judiciais, inclusões emergenciais e daquelas que, por sua natureza, precisam ser realizadas também serão liberadas.

Ao todo, o Depen administra cinco presídios federais, com um total de 616 presos: Catanduvas, no Paraná, Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, Porto Velho, em Rondônia, Mossoró, no Rio Grande do Norte, e Brasília, no Distrito Federal.

O Depen orienta ainda que, durante as movimentações internas, as penitenciárias federais deverão adotar as providências necessárias para promover o máximo isolamento dos presos maiores de 60 anos ou com doenças crônicas.

Na semana passada, os ministérios da Justiça e da Saúde também editaram as medidas que devem ser seguidas em todo o sistema prisional para evitar casos de coronavírus e também isolar dos detentos suspeitos ou confirmados com covid-19.

O Depen criou ainda um painel interativo com as medidas adotadas em todo o sistema penitenciário brasileiro. As informações estão disponíveis por região e por unidade federativa e serão atualizadas diariamente com a autodeclaração dos gestores prisionais,


Fonte: EBC( Empresa Brasileira de Comunicação)Agência Brasil

Contraponto:

Fala sério, aos profissionais do cárcere de verdade, ao ver tais números, não é que de inveja a estes antigões, e também ao mais novos que pegam com afinco e com garra, ficamos até orgulhosos, sim, em saber que quem cuidava disso tudo até o ano de 2004 éramos nós, e continuamos até a data presente, pois a lideranças nascem nas ruas e crescem e viram mitos nas U.Ps dos estados e não nas federais. E isso com todo o respeito aos profissionais das federais, que por serem em menor número lutaram por valorização, reconhecimento e respeito. Coisas que não conseguimos em todo o tempo nos estados. 

Mas mesmo assim continuamos invisíveis aos olhos dos administradores estaduais, desvalorizados e explorados, em Unidades com mais de 2.000 detentos, presos, reeducandos ou sentenciados, não importa a nominação, são todos criminosos em suas grande maioria e irrecuperáveis, e isso sabemos na prática, mas os teóricos que vivem em um mundo utópico e imaginário, vivem afirmando que todos ali são vítimas da sociedade e da violência opressora do estado, que é inimigo de seus cidadãos.

Mentira e mentira sem tamanho, inimaginável a percepção da vida e da realidade das ruas destes sonhadores que comandam o Sistema Penitenciário Brasileiro e que elaboram Normativas e Resoluções fundamentadas em ações voltadas a seres angelicais e não as reais hordas do mal que ali habitam, mal sabem eles da realidade distópica que vive 98% dos policiais penais no Brasil, é claro, tirando desta conta os 2% que são os policiais penais federais. 

Uma realidade onde a superlotação, defasagem de quadros de servidores, precarização de equipamentos e armamentos básicos e de uso cotidiano, viaturas e veículos de transportes velhos e ultrapassados e que sem manutenções são a realidade cotidiana destes 98% dos policiais penais restantes que tocam o Sistema Penitenciário Brasileiro em todos os estados do país, e sem contar também com a falta de reconhecimento profissional, valorizações pecuniárias e o pior, sem perspectiva futura de melhoria de absolutamente nada. 

Pois este é um assunto que não interessa para ninguém na verdade, somos todos(presos e policiais penais) um nada, para a sociedade, para os administradores e mesmo para os políticos. Os administradores em sua maioria atrás de pró labores, os políticos da força do voto da categoria que nos usa nos momentos específicos, e hoje a menina dos olhos dos políticos são as federais.

E por ultimo a população sem entender absolutamente nada, mas que também é enganada e manipulada diuturnamente por esta mídia rasteira e vil que nos usa conforme seus interesses, não tem um lado definido, mas quase sempre pendendo para a criminalidade e para a cultura de valorizar o crime e não quem o combate e defende a sociedade. 


Um comentário:

  1. Concordo com tudo que você disse, e tem cego que ainda defende o bandido.Não sabem com o que estão lidando.

    ResponderExcluir

Deixe seu comentário e obrigado pela sua colaboração.