Restrição começa neste final de semana; PMs que trabalham nas ruas devem seguir só medidas básicas.
Rogério Pagnan
12.mar.2020 às 18h11
SÃO PAULO - Todas as pessoas com sintomas de gripe ou suspeitas de estarem contaminadas pelo novo coronavírus serão impedidas de acessar os presídios paulistas, incluindo familiares dos detentos e detentas, à partir deste final de semana (dias 14 e 15 de março).
A medida restritiva, que não tem prazo para terminar, faz parte de um plano de contingência do governo de São Paulo que foi acionado para tentar evitar o contágio de uma população de quase 230 mil pessoas encarceradas no estado.
“A pessoa não vai poder acessar porque prevalece o interesse coletivo em detrimento do individual. Então, infelizmente, a gente não vai permitir”, disse o secretário da Administração Penitenciária, Nivaldo Revisto.
Não há nenhum caso suspeito nos presídios paulistas. A preocupação ocorre pela maior facilidade de propagação da doença na massa carcerária, já suscetíveis a doenças de peles e respiratórias, embora a maioria seja de pessoas com idade inferior a 50 anos.
Um dos motivos é a concentração de mais de 230 mil presos em um espaço previsto para 150 mil.
Os funcionários do sistema, segundo o secretário, foram orientados a respeito dessas medidas de segurança e para ficarem atentos para visitantes que não apresentem sintomas da doença, mas que, de alguma forma, possam estar contaminados. “Esses são os casos mais difíceis.”
Os agentes estarão atentos, por exemplo, a pessoas que viajaram para locais com alto índice de contaminação, como norte da Itália, China e EUA.
De acordo com o plano de contingência, caso as medidas protetivas falhem e algum preso apresente sintomas suspeitas para a doença, ele será isolado na enfermaria da própria unidade prisional. Os colegas de cela dele ficaram confinados, mas na própria cela.
“Todos serão isolados. Esses não receberão visitas, não serão movimentados de cela, não sairão para banho de sol, até que seja confirmada a existência ou não do vírus neles.”
Ainda com relação a esses casos, os outros presos do pavilhão e do restante do presídio continuarão com a rotina normal, incluindo o recebimento de visitas. Isso só mudará se o vírus se espalhar para outras celas e houver um contágio maciço.
Os presos eventualmente contaminados só serão transferidos para hospitais nos casos mais graves. Há possibilidade de o governo paulista utilizar um presídio em Álvaro de Carvalho, região de Marília, que está pronto, mas ainda não foi inaugurado.
Essas medidas que serão adotadas em São Paulo foram discutidas na manhã desta quinta (12) em um encontro de representantes do sistema penitenciário de 23 unidades da federação.
Os estados que ainda não têm plano de contingência terão de montar o seu.
Quanto ao policiamento de rua, de acordo com a Polícia Militar, os homens estão sendo orientados para as medidas de prevenção comum a todos. Não há previsão de uso de máscaras hospitalares como ocorre com bombeiros e equipes de saúde.
Não há, por ora, nenhum PM com suspeitas de contaminação.
Fonte: FOLHA DE SÃO PAULO
Contraponto:
Infelizmente em um momento de crise mundial como esse que vivemos atualmente, onde a própria Organização Mundial da Saúde (OMS), já classificou a situação vivenciada como uma "Pandemia", realmente esperávamos mais rigor com a segurança do "Corpo funcional os Policiais Penais" que fazem todos o trabalho de revistas e triagens em contato direto com os visitantes e também da própria "População Carcerária".
Que neste momento de crise e de pandemia, sabedores que são da situação, pois eles têm acesso as informações, iriam entender esta suspensão como importante não apenas para eles próprios, mas para a segurança de suas esposas, amásias, companheiras, mães, irmãs, filhos, pais e demais parentes que em cansativas e longas viagens aos finais de semana se sacrificam para vê-los nas unidades prisionais espalhadas por todo o estado de São Paulo.
E que a partir do momento que saíssem da casa para enfrentar esta maratona para visitá-los já estariam correndo um risco iminente de se contagiar no trajeto e ou ainda na própria unidade prisional, nas filas de espera, e voltar para casa doente, correndo sério risco de morte.
Pois existe algumas dúvidas também em relação as determinações, terá médicos nos sábados e domingos em todas as Unidades Prisionais para fazer a verificação do que é uma gripe ou estado de gripe? Haverá ao menos enfermeiros padrões na ausência de médicos credenciados? Como eles irão saber distinguir uma gripe comum de uma gripe com o coronavírus, pois isso pode ser questionada pelo visitante causando caos nas Sub-portarias e atrasando os trabalhos.
Mesmo porque os Policiais Penais não estão preparados para lidar com uma situação tão peculiar, não possuem a capacitação necessária para tal porém as culpas sempre sobrecaem exatamente sobre o Corpo Funcional, que é a ponta da corda, a parte mais frágil de todo sistema.
Pensem nestas medidas que deixaram de ser tomadas como de um ato de pouca coragem, pois a vida humana está acima de qualquer preço e neste terrível momento em que passamos, corroborando nossas palavras as notícias pavorosas vindas de toda a parte do mundo, inaceitável esta continuidade das visitas que com certeza irão sim contaminar e se contaminarem não apenas nas U.Ps, mas nos trajetos até elas também. Tenham coragem e façam o que deve ser feito.








Doria sendo Doria.Prefere arriscar vidas tanto de detentos,como de familiares e funcionários.Tudo para não desagradar uma certa facção criminosa que pelo jeito manda mais que ele...
ResponderExcluirE os funcionários com sintomas de gripe?
ResponderExcluirkkkk Funcionários na frente da cadeia pedindo o passaporte da visita pra ver se ela não esteve em áreas de alta contaminação tipo China e Itália kkkkkkkk
ResponderExcluirMuita mediocridade, muita hipocrisia, quase nenhuma ação!
ResponderExcluirFalta de respeito com os funcionários.
ResponderExcluirAs aulas suspendem... as visitas não... as visitas podem contagiar os presos que ficam aglomerados num lugar só, além de poder contagiar os funcionários e assim se espalhar... um absurdo... deveria ser cancelada a visita... Vc pode estar infectado e não ter sintomas... uma vergonha este estado...
ResponderExcluirDória está com medo da facção que age dentro e fora dos presídios... inaceitável essa postura, vidas em risco. #foradoria
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