14 maio 2020

Mortes de detentos apavoram presídios na região Oeste de SP; prefeitos e gestores de saúde preocupados

SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) confirmou duas mortes por Covid-19 na Penitenciária de Lucélia.


Jornal do Povo
14/05/2020

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Penitenciária de Lucélia conta na data de 11/05/20 com uma população carcerária de 2314 sentenciados,
mas que a capacidade da Unidade Prisional é de apenas 1440 presos





A Coordenadoria Oeste que tem em sua Direção o coordenador Dr. Roberto Medina, conta atualmente sob sua administração e coordenação 45 unidades prisionais sendo:

28 Penitenciárias nas cidades de: Andradina Assis, Caiuá, Dracena,  Flórida Paulista, Florínea, Irapuru, Junqueirópolis, Lavínia - I,  Lavínia - II, Lavínia - III, Lucélia, Marabá Paulista, Martinópolis, Mirandópolis - I, Mirandópolis - II, Osvaldo Cruz, Pacaembu, Paraguaçu Paulista,
Pracinha, Presidente Bernardes, Presidente Prudente, Presidente Venceslau - I, Presidente Venceslau - II, Riolândia, Tupi Paulista Tupi Paulista - Feminina e Valparaíso;

09 Centros de Detenção Provisória(CDPs) nas cidade de: Caiuá, Icém, Lavínia, Nova Independência, Pacaembu - I, Pacaembu - II, Paulo de Faria, Riolândia e São José do Rio Preto.

03 Centros de Progressão Penitenciária CPPs) nas cidades de: Pacaembu, São José do Rio Preto e Valparaíso.

04 Centros de Ressocialização(CRs) nas cidades de: Araçatuba, Birigui, Presidente Prudente e São José do Rio Preto - Feminino

E por fim com um 01 Regime Disciplinar Diferenciado(RDD):  Na cidade de Presidente Bernardes (Masculino e Feminino)
A penitenciária de Lucélia é uma das 11 penitenciárias construídas ainda no Sistema X, diferente das
atuais construções arquitetônicas da SAP que utilizam o Sistema Compacto em Espinha de Peixe
Por ser um sistema amplo e complexo e que atinge uma grande região do estado e dezenas e dezenas de cidades a situação do sistema prisional, ainda conta  com informações conflitantes, e esta vem sendo a principal preocupação das autoridades de saúde e dos gestores das cidades da Nova Alta Paulista, que temem um colapso.

Em duas reuniões nesta semana, os gestores municipais ressaltaram a apreensão ao Governo do Estado de São Paulo. Na segunda-feira (4), os prefeitos participaram de videoconferência com o governador João Doria, oportunidade em que o presidente da Amnap (Associação dos Municípios da Nova Alta Paulista) e prefeito de Osvaldo Cruz, Edmar Mazucato, questionou o comprometimento do Estado em relação aos casos de Covid-19 no sistema prisional. A entidade representa 30 cidades.

“Não temos nada contra, precisamos sim atender de forma igual, mas, pelo andar da carruagem, a maioria dos sintomáticos ou internados é de agentes, mulheres destes servidores ou presidiários. E isso preocupa. Somente este grupo fará entrar em colapso a estrutura de saúde da região. Essa preocupação foi externada ao governador. Isso não é problema do Município, as cidades têm que atender a sua população. E essa população carcerária quem colocou aqui foi o Governo, e ele tem que cuidar disso”, disse o prefeito de Adamantina Márcio Cardim em entrevista ao IMPACTO. Ele também participou da videoconferência com João Doria.
Penitenciária de Martinópolis situada na região oeste do estado cuja capacidade é para 872 presos,
mas que mantém em seus raios 1822 presos  - Imagem: Leandro Leandro

Já na terça-feira (5), o encontro virtual foi com os gestores da saúde pertencentes ao DRS (Departamento Regional de Saúde) de Marília. Os secretários municipais pedem hospital de campanha apenas para atendimento deste grupo.

“Hoje Adamantina poderá enfrentar um problema que não é nosso. Nunca solicitamos penitenciárias, e hoje temos que cuidar de algumas unidades da região. Estamos preocupados. Logicamente que daremos acesso à saúde para todos, porém, tem que haver uma sensibilidade por parte do Estado”, disse Gustavo Rufino, secretário de Saúde de Adamantina.

A cidade já registra aumento no número de atendimentos de sintomáticos oriundos das penitenciárias de Lucélia e Pracinha ou de pessoas com contato direto com servidores destas unidades.
Penitenciária Compacta de Paraguaçu Paulista cuja capacidade é de 844 presos,
mas que mantém 1765 sentenciados   Imagem: Leandro Leandro

A secretária de Saúde de Osvaldo Cruz, Ivete Alves Conca, também apresentou preocupação pelo possível colapso no sistema de saúde regional devido o rápido contágio do novo coronavírus aliado à superlotação carcerária. Atualmente são 18.855 presos em unidades instaladas em nove cidades da Nova Alta Paulista.

“Muitos municípios estão com óbitos, inclusive nas outras regiões também, e todos com a mesma preocupação: onde encaminhar este paciente, quando encaminhar e como será isolado”, diz. O único caso positivo de Covid-19 em Osvaldo Cruz é de um agente penitenciário.

Fonte: JORNAL DO POVO MARÍLIA 
Imagens adicionais: Leandro Leandro

3 comentários:

  1. Demorou pra proibir a visitação e as remoções, e agora Doria vai ter que dividir a bronca.
    Conversinha besta desses prefeitos tbm, somos prioritários igual médicos alias Adamantina a maioria dos casos são da Saúde.
    Não cola falar bobeira.

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  2. Como em todas as ações de combate ao Coronavirus o estado teve um atraso em tomar decisões. No caso específico da SAP idem. Só proibiu-se as visitas íntimas por conta de ações do MP.o titular da pasta queria que se fizessem "triagem" nas estradas das UP por funcionários e "corpo médico", nas palavras dele. Felizmente não frutificou sua brilhante idéia. Mas os "bondes", que são as transferências de presos entre presídios continuam normalmente o que pode ser fator de disseminação da Covid-19.

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  3. Em Icem, os funcionários tentam usar máscaras,aferir temperatura na entrada dos funcionários, mas infelizmente a diretoria não se preocupam com os guardas, diretores de disciplina e Geral, nunca entram dentro da carceragem, nunca conversam com os guardas da carceragem, parece que tem ódio, fica tudo nas mãos dos diretores núcleos,não temos estímulos nessa fase tão difícil, são estão preocupados com o cargo, nem parece que são ASP também, lógico que sem experiência ou simpatia pela área. Reinvidicamos testes rápidos, para serem aplicados nos guardas, pq recebemos presos da rua todos os dias,a diretora de saúde, a diretoria de forma geral,não tem diálogo com o grupo funcional, parecem faraós supremos do Egito, intocáveis,poderosos, vingativos.
    Precisamos de união, e a diretoria teria que fazer parte disso, ser nossos amigos, aqui ninguém tem cadeia, temos nossas vidas e nossas famílias.

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