O criminoso conhecido como "Jagunço" era o responsável por metade dos tribunais do crime na zona leste de São Paulo.
CIDADE ALERTA
30/04/2020 - 20h15
Suspeito de aproximadamente 100 assassinatos, Jagunço, de 29 anos, está preso Reprodução/Record TV |
Segundo a polícia, ele era uma espécie de "juiz", que dava as sentenças e executava as vítimas. Acredita-se que ele possa ter matado até 100 pessoas. Wislan Ramos Ferreira, o "Jagunço" também planejava assassinar o Dr. Rui Ferraz Fontes, delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo.
Segundo planos da facção, traficante detido nesta quinta-feira (30), em Itaquaquecetuba, seria o responsável por executar promotores e policiais
A revelação foi feita pelo delegado Carlos Alberto da Cunha, responsável pelas investigações, iniciadas há quatro meses, pela 8ª Delegacia Seccional, na região de São Mateus, na zona leste paulistana, área de atuação de Jagunço - também suspeito de ter praticado mais de 100 homicídios nos chamados "tribunais do crime".
Delegado Carlos Alberto da Cunha falou sobre a periculosidade de "Jagunço" |
De acordo com o delegado, o trabalho policial começou com uma interceptação, feita pelo Ministério Público, de um bilhete que cobrava providências sobre atentados contra autoridades, como promotores e o delegado Rui Ferraz Fontes, número um da Polícia Civil paulista - que, no passado, ficou conhecido como um especialista em investigações e operações contra o PCC.
As apurações policiais apontaram que Jagunço era o membro da facção criminosa que tinha por responsabilidade a disciplina na zona leste de São Paulo. "O nome do cargo dele na facção é 'geral', acima do disciplina. Todos os disciplinas se reportam a ele", afirmou o delegado.
Carlos Alberto da Cunha afirmou também que Jagunço é um homem muito temido pelos moradores do bairro onde mora. "Segundo pessoas da comunidade ouvidas, ele desfilava armado pela favela, havia executado algumas pessoas e todos tinham medo dele".
Vídeo da prisão de "Jagunço"
Tribunais do crime
De acordo com a polícia, os "tribunais do crime" têm regras e procedimentos semelhantes aos de um júri comum. Nesses "julgamentos", o acusado tem o direito de levar uma testemunha de defesa e o acusador também apresenta as suas provas. Então, os criminosos, dentro de barracos, promovem os debates e chegam à conclusão se o "réu" é culpado ou não."[Em] problemas que aconteciam na zona leste e que o crime achava que tinha o direito de intervir, essas pessoas eram levadas para locais ermos, barracos, julgadas e enterradas", complementou o delegado Carlos Alberto da Cunha.
Desaparecimentos
O delegado Carlos Alberto da Cunha, da 8ª Delegacia Seccional, acredita que, com a prisão de Jagunço, diversos casos de desaparecimentos podem ser solucionados no futuro. "Infelizmente, não conseguimos fazer agora pela covid-19, [o trabalho de] localizar esses restos mortais, identificar por DNA, para que as famílias tenham a certeza se o seu ente querido está morto ou não", finalizou o policial.Fonte: R7
0 comments:
Postar um comentário
Deixe seu comentário e obrigado pela sua colaboração.