Policiais penais armados nas torres já: Onze presos fogem do CPP de Mongaguá/SP

Policiais de Itanhaém e Mongaguá foram ao local para procurar pelos fugitivos. Seis detentos foram recapturados.

Por G1 Santos

05/03/2021 

Atualizado as 00:15

Centro de Progressão Penitenciária de Mongaguá, SP — Foto: Reprodução/TV Tribuna

Onze presos que cumpriam pena no Centro de Progressão Penitenciária (CPP) de Mongaguá, no litoral paulista, fugiram na manhã desta sexta-feira (5). Segundo apurado pelo G1, policiais das cidades de Itanhaém e Mongaguá estão no local para averiguar a região, e o helicóptero Águia, da Polícia Militar, foi acionado para auxiliar nas buscas.

Segundo a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), a fuga ocorreu por volta das 11h , do CPP Dr. Rubens Aleixo Sendin, que fica na Avenida dos Mariscos, no bairro Balneário Arara Vermelha. Um agente que estava em uma das torres de segurança flagrou presos correndo em direção ao alambrado que cerca a unidade. Imediatamente, o alarme foi acionado, e uma equipe plantonista se deslocou até o local, mas os presos conseguiram fugir.

Equipes da PM de Itanhaém e Mongaguá foram ao local para procurar pelos detentos nas imediações do presídio, e o helicóptero Águia foi acionado para ajudar nas buscas. Segundo informado ao G1, foram recapturados seis presos.

Solução para o problema esbarra na boa vontade dos comandantes da SAP, que insistem
em economizar, é só colocar os profissionais nas torres e acaba a folia

Mesmo mimimi de sempre, SAP não faz o que é preciso

A direção do CPP abriu um Processo Apuratório Preliminar e Disciplinar para averiguação dos fatos. A SAP ressalta que as unidades de regime semiaberto não dispõem de vigilância armada, nem de altas muralhas. A permanência dos presos nesse regime se dá mais pelo senso de autorresponsabilidade do que por mecanismos de vigilância. Pela evasão, os presos perderão o direito ao semiaberto, regredindo ao fechado, de acordo com a pasta.

A capacidade do presídio de Mongaguá é de 1.640 presos, mas, de acordo com dados da SAP, hoje abriga 2.285 detentos em regime semiaberto, destinado a condenações entre quatro e oito anos. Nesse tipo de pena, a pessoa tem o direito de trabalhar e fazer cursos fora da prisão durante o dia, mas deve retornar à unidade penitenciária à noite.

Atualizando com nova fuga neste início de noite de sexta-feira

No início desta noite, 05/03/2021 nova fuga de presos do semiaberto de Mongaguá, segundo s informações que chegaram ao Blog, durante a troca do plantão, por volta das 19:00, mais 10 reeducandos tentaram a evasão, e 08 deles conseguiram empreender fuga de fato, sendo que dois foram recapturados pelos policiais penais, com déficit de servidores e desarmados, verdadeiros heróis. 

Fonte: G1

Contraponto: A autodisciplina do ladrão é a conveniência dele estar ou não se dando bem no semiaberto, pois quando ocorre qualquer problema interno com ele, nada o segura, isso porque a maioria ainda nem sabe que não haverá Saída Temporária da Pascoa.

E mesmo quando os advogados os informam que está vindo mais cadeia e que foram ripados em processos, a primeira coisa que fazem é pular, pois sabem o que irá acontecer e que a cadeia irá fechar. Só cegos não vêm o óbvio.

CPPs não têm muralhas porque quando foram construídos não existia estes tipos de criminosos em suas dependências, inclusive com crimes hediondos nas costas e apenas quando de fato estavam no final da pena. 

Ocorre que em 2008 a Legislação mudou e atualmente está cheio de criminosos condenados a crimes hediondos e com apenas o mínimo cumprido e em muitas vezes ainda com vários processos em andamento, então na verdade o Semiaberto foi desvirtuado sua utilização, virou apenas depósito de presos. 

Só que infelizmente a SAP não se atualizou tanto quanto o Código de Processo Penal. Por este motivo os alambrados, era apenas para o preso em Término de Cumprimento de Pena, ter a perspectiva de ver o mundo com os olhos sem ser por uma grade e com a auto consciência cumprir o restante e sair regenerado.

Compartilhe ! Tweet