Policiais penais são atacados a tiros na Baixada Santista, um deles é friamente executado em sua residência

De acordo com a Polícia Militar, criminosos tocaram a campainha da casa da vítima na manhã deste sábado de Natal e o atingiram a tiros. Ele foi socorrido, mas não resistiu. 

Por g1 Santos

25/12/2021 

Dois policiais penais foram vítimas de ataque a tiros por parte de criminosos na Baixada Santista neste sábado, 25/12, Dia de Natal

Um policial penal, de 49 anos, foi executado a tiros em Praia Grande, no litoral de São Paulo, no início da tarde deste sábado (25), feriado de Natal. De acordo com informações apuradas pelo g1, Ronaldo Soares dos Santos foi baleado após atender a campainha de sua residência, foi socorrido, mas não resistiu. O caso é investigado pela Polícia Civil.

De acordo com o Centro de Operações da Polícia Militar (Copom), o caso ocorreu por volta das 13h, em um imóvel localizado na Rua Otacília da Luz Brasil, no bairro Ocian. Criminosos armados e encapuzados foram até a casa da vítima, tocaram a campainha e, assim que ela atendeu, atiraram várias vezes.

Ronaldo Soares dos Santos foi executado a tiros em Praia Grande (SP) — Foto: Reprodução/Redes sociais

Os bandidos fugiram em dois veículos. Segundo a PM, Ronaldo foi socorrido por um parente até o pronto-socorro Quietude, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Uma equipe da PM foi acionada para atender a ocorrência e preservar o local do crime até a chegada da perícia da Polícia Científica.

Em nota, a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) confirmou que a vítima é funcionária do Centro de Detenção (CDP) de São Vicente, e que morreu ao chegar no unidade de saúde. Tanto a SAP quanto o Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo (Sifuspesp) lamentaram a morte do agente.

Até a última atualização dessa reportagem, a Polícia Civil buscava por informações que levem aos autores e motivação do crime.

Carro do policial ficou cheio de marcas de tiros em São Vicente, SP — Foto: g1 Santos

Policial penal baleado

Na manhã deste sábado (25), outro agente do Centro de Detenção (CDP) de São Vicente foi baleado. O policial penal Rogério de Jesus Pinheiro, de 44 anos, conhecido como Ninja, foi atingido por cinco disparos de arma de fogo no bairro Rio Branco, na mesma cidade em que trabalha, enquanto chegava em casa de carro.

Segundo o Centro de Operações da Polícia Militar (Copom), a vítima saiu do serviço, e quando chegava em casa de carro, foi surpreendido por ao menos um suspeito de moto, que efetuou disparos contra ele e fugiu. O veículo ficou com diversas marcas de tiros.

Os bandidos fugiram em dois veículos. Segundo a PM, Ronaldo foi socorrido por um parente até o pronto-socorro Quietude, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Uma equipe da PM foi acionada para atender a ocorrência e preservar o local do crime até a chegada da perícia da Polícia Científica.

Ataque violento ao policial penal que retornava do trabalho, deixou-o com vitimado com cinco tiros

Ele foi encaminhado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) do pronto-socorro do Parque das Bandeiras ao Hospital Municipal, com ferimentos por arma de fogo no tórax, abdômen, membro superior esquerdo e região patelar esquerda. Ele foi submetido a intubação e encaminhado para tomografia.

O caso foi registrado como tentativa de homicídio na Delegacia Sede de São Vicente, e será encaminhado para o 3º DP da cidade, na área dos fatos, para prosseguimento das apurações.

Ambos os servidores atacados trabalham na mesma U.P .,o que leva a crer que seja uma
ação orquestrada por criminosos custodiados na própria U.P e com apoio de criminosos nas ruas, como retaliação a Disciplina

Onda de crimes contra policiais penais

No primeiro dia de dezembro, um outro policial penal de 40 anos foi morto no Jardim Rio Branco, também na Área Continental de São Vicente.

O policial penal(AEVP), lotado na Penitenciária II de São Vicente/SP, de 40 anos morreu após levar 07 tiros enquanto fazia serviço de segurança em São Vicente, no litoral de São Paulo. 

Segundo informações da Polícia Militar divulgadas nesta quinta-feira (2), Eduardo Godinho Kundig foi alvejado por criminosos, ainda não identificados, chegou a ser socorrido, mas não resistiu.

A vítima fazia um bico de segurança em um mercado. Na época, o homem foi levado ao Hospital Municipal, mas não resistiu aos ferimentos.

O policial penal Eduardo Godinho Kundig, foi covardemente executado, sem chance de defesa na Baixada

Fonte: G1

Contraponto: 

Basta! Chega!

Alexandre Roberto de Souza, de 46 anos, trabalhava no Centro de Detenção Provisória de Itapecerica da Serra

Enquanto o coletivo dos Servidores Públicos do Estado de São Paulo não se conscientizarem da necessidade de sua União, Solidariedade e Empatia com as vítimas e com os familiares das vítimas não iremos conseguir Nada, Nada, Nada!

Dia 02 de dezembro foi o policial penal Eduardo Godinho Kunding, executado com 07 tiros em São Vicente, hoje, lamentavelmente foram os policiais penais Rogério de Jesus Pinheiro, atingido por cinco tiros de arma de fogo, em emboscada, e também a fria execução do policial penal Ronaldo Soares dos Santos, na porta de sua residência, alias, ambos lotados no CDP de São Vicente.

Vamos esperar que este movimento de intimidação e retaliação de criminosos se alastre por 178 Unidades Prisionais situados em mais de 60 municípios do estado? 

Será que é isso realmente que vamos esperar acontecer?

Sim, já que a SAP não dá uma reposta ao crime e aos criminosos, temos a urgência de fazer com que eles esclareçam os atentados, seus autores e mentores,  isso é imprescindível para que eles se lembrem que quem está sendo vitimado são as engrenagens do sistema, não são quem aperta os botões deste máquina gigantesca que é o Sistema Penitenciário de São Paulo.

Adriano Koch de 41 anos de idade foi friamente assassinado em 10/01/2021 na cidade de São Paulo, ele era lotado Penitenciária II "Adriano Marrey", um figura impar que esteve ao nosso lado em muitos protestos

A Operação Legalidade nada mais é que todo e qualquer servidor do Sistema Penitenciário cumprir fielmente o edital para o qual foi contratado sob concurso público de títulos, provas, testes físicos, investigação social e outros requisitos obrigatórios.

Ninguém invade a competência do outro, cada um no seu quadrado. 

E que em hipótese alguma temos que nos preocupar se vai ou não faltar alimentos na cozinha, haja vista os policiais penais que trabalham nos Almoxarifados pedirem para ir trabalhar na Carceragem, se vai ou não haver rebelião se não forem cumpridos os pedidos de liberdade que são requisitados pelos policiais penais do Cimic, pois os policiais penais foram se apresentar na Carceragem. 

Isso não é problema "Nosso", é um problema da "SAP". 

Não é de nossa responsabilidade, dos policiais penais,  a condução de viaturas, caminhões e ônibus de transportes de detentos e de presos, não, o local dos policiais penais é apenas nas áreas das carceragens (ASPs), das muralhas e das escoltas (AEVPs), não é na Administração e Finanças, como secretários de DGs e em salas de Sindicâncias, nas Oficinas ou Subfrotas. 

Quem quebra galho é macaco gordo!

Também não é na manutenção e nem em nenhuma outra área que foge aos seus deveres, atribuições e responsabilidades previstas em Lei, isso enquanto profissionais e não mais como quebras galhos desvalorizados, que sequer são lembrados em sua maior necessidade. 

A manutenção das suas próprias vidas, sua sobrevivência.

Não podemos mais permitir este descaso com a segurança dos servidores do Sistema Penitenciário de SP

E é justamente este termo que temos daqui por diante de usar, de profissionalismo, somos Policiais Penais de fato e de Direito, com inserção na Constituição Federal da República Federativa do Brasil. E não podemos aceitar menos que a devida regulamentação desta profissão, que é a nossa, muito sofremos por esta conquista que, inclusive conseguiu frear até o momento a sanha privatista desde governo que ai está.

Não somos mais GPs ou Asps e Aevps, somos Policiais Penais!

Temos a obrigação e o dever de cobrar esta administração sobre estes atentados contra servidores, que podem vir a se generalizar devido a falta efetiva de interesse deste mesmo governo, opressor, privatista e desrespeitoso, de se saber exatamente de onde partem estas ordens. E eles têm os meios de fazer isso.

Ou partimos agora para uma conscientização coletiva da urgente necessidade desta Operação Legalidade pedindo não apenas a regulamentação da Polícia Penal, mas também a elucidação dos crimes praticados contra todo e qualquer servidor da SAP e por último, valorizações, respeito e acima de tudo comprometimento desta Administração com seu Corpo Funcional. 

Ou iremos morrer todos, como quebra galhos desvalorizados de um governo que nos trata como lixos, ou, mortos pelo crime organizado. 

Nossas opções são bem simples. 

Leandro Leandro.

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