Governador eleito tem priorizado técnicos com quem trabalhou e kassabistas.
Artur Rodrigues
Paula Soprana
Carolina Linhares
11.dez.2022
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Rodrigo Garcia e Tarcísio de Freitas durante reunião no Palácio dos Bandeirantes - Rubens Cavallari - 17.nov.2022/Folhapress |
Rodrigo havia acabado de anunciar "apoio incondicional" a Tarcísio e Jair Bolsonaro (PL), com direito a tapete vermelho no Palácio dos Bandeirantes.
A falta de entusiasmo de Tarcísio com o apoio, na ocasião, se devia à crença de que não fazia sentido pregar mudança e depois manter o grupo que está há três décadas no poder.
Até o momento, esse humor vem se confirmando na composição do futuro governo Tarcísio, que escanteou tucanos e vai desalojar aliados da legenda de pastas estratégicas.
O núcleo duro da gestão Tarcísio são os nomes ligados a Gilberto Kassab (PSD) e as pessoas que trabalharam com o futuro governador quando ele era ministro da Infraestrutura de Bolsonaro.
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Rodrigo Garcia estende tapete vermelho a Bolsonaro e Tarcísio de Freitas (Republicanos) em jantar no Palácio dos Bandeirantes - Imagem: Bruno Santos/ Folhapress |
Tucanos próximos a Rodrigo afirmam que o governador não negociou cargos ou benesses ao declarar seu apoio ao candidato bolsonarista no segundo turno.
Nos bastidores, porém, membros do PSDB e da União Brasil apontam que havia a expectativa de que a Secretaria da Habitação pudesse ser conduzida por um desses partidos, que representam o grupo político de Rodrigo.
Além disso, havia o pleito de que Tarcísio apoiasse a recondução de Marco Vinholi ao comando do Sebrae, o que não deve acontecer. Os tucanos vinham dizendo que a continuidade havia sido acertada como retribuição pelo apoio do PSDB na disputa de segundo turno contra Fernando Haddad (PT).
Como prêmio de consolação, o partido deve ser contemplado com dezenas de cargos na estrutura da instituição.
A bancada tucana na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) ainda espera se reunir com Tarcísio para tratar do apoio do partido ao governador eleito, o que costuma envolver troca de cargos ou de emendas.
De qualquer forma, políticos do PSDB e da União Brasil leem sinais de que não serão contemplados pelo novo governador, já que também estão de fora da equipe de transição montada por ele.
Até o momento, os tucanos da Casa não receberam qualquer outro aceno, muito menos indicativos de que a sigla poderia continuar comandando a Assembleia, hoje a cargo de Carlão Pignatari. A permanência chegou a ser aventada em tempos mais otimistas.
Já o PSDB encolheu na Casa, passando de 13 para 9 deputados. Entre alguns, o discurso é que é preciso se conformar de que perderam a eleição. Ao mesmo tempo, é necessário se adaptar à nova realidade.
Mesmo deputados de partidos da coligação de Tarcísio afirmam que suas próprias legendas não têm tanto espaço, que o governador eleito tem escolhido secretários de sua confiança e cota pessoal —e que é preciso respeitar essa decisão.
A orientação recebida pela equipe de transição é escolher os cargos por critérios técnicos, com objetivo de entregar o que chama internamente de "produtos". Por exemplo, há uma grande quantidade de profissionais voltados à privatização, tendo como meta principal a desestatização da Sabesp.
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Lucas Ferraz, que atua na gestão de Paulo Guedes no Ministério da Economia, assuirá a pasta de Assuntos Internacionais: Divulgação/Assessoria Tarcísio |
A aposta é a de que Kassab saberá negociar e atrair deputados, prefeitos e partidos. Ou seja, ao escalar Kassab como secretário de Governo, Tarcísio demonstra, na visão de aliados, que não descuidará da articulação política.
Em evento na quinta (8), Tarcísio reforçou esse papel para o presidente do PSD. "Do ponto de vista político, a gente tem um grande para-raios político que vai ser o Kassab, secretário de Governo. Eu acho que não conheço ninguém mais habilidoso para trabalhar com a política, da relação com a Assembleia, da relação com os prefeitos, da relação com Brasília, que vai ser superimportante", disse.
Tarcísio também irá desalojar um dos principais aliados dos tucanos em São Paulo, o presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Milton Leite (União Brasil), que mantém indicações na cobiçada pasta de Logística e Transportes. Com orçamento bilionário, a secretaria é responsável por obras de rodovias.
Após Rodrigo ficar de fora do segundo turno, Leite mobilizou sua militância e seu reduto eleitoral a favor de Tarcísio e Bolsonaro e contra Haddad. O esforço, até agora, porém, foi uma via de mão única.
A pasta será fundida com a de Infraestrutura e Meio Ambiente, e ficará a cargo de Natalia Resende, uma técnica que já trabalhou com Tarcísio no Ministério da Infraestrutura. Foi uma maneira que o futuro governador encontrou de blindar a área que é sua prioridade.
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Caio Paes Andrade, presidente da Petrobrás, assume a pasta de Gestão e Governo Digital - Imagem: Michel Jesus/AP |
Em entrevista à Folha, o ex-tucano Alexandre Frota (Pros-SP), deputado federal, afirmou que, com Tarcísio mais ligado a Kassab, rompido com Rodrigo no passado, do que a Bolsonaro, talvez os acertos entre Rodrigo e bolsonaristas para apoiar Tarcísio não sejam cumpridos.
"Talvez os acordos que foram feitos, e foram feitos acordos, [...] sejam reconversados agora. Pelo que eu estou vendo, o Tarcísio tem a tendência de se afastar do bolsonarismo radical", disse.
Bolsonaristas, por sua vez, têm se incomodado com o protagonismo do grupo de Kassab. Isso se soma a sinalizações dadas pelo governador eleito, como a que não é um "bolsonarista raiz" e imagens de conversa descontraída com o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, visto como inimigo por apoiadores do presidente.
Fonte: Jornal Folha de São Paulo
Fora maçanetas? É tudo a mesma coisa!! Olha o Kassab aí do lado. E qto ao PSDB vão ter muitos mais cargos de segundo e terceiros escalões e ganhando muito mais do que nós, que prestamos Concurso público.
ResponderExcluirMas temos que concordar em alguma coisa sem dúvida alguma. Virão novos maçanetas com certeza, mas os do PSDB que lá ficaram por 28 anos consecutivos, mamando e se esbaldando em altos cargos, estes estão fora, pode acreditar, O Tarcísio e o Time que ele escalou não irão aceitar os antigos ocupantes dando pitacos nas decisões do novo governo. E eu acredito que irá ter uma alternância de poder mais frequente daqui por diante. Oremos.
ResponderExcluirCara, se ele escorraçar o peso morto que está "descomandando" a SAP já significa um salto quântico para nós, e ele já faz jus ao voto de confiança. Que secretário ruim, parece que foi nomeado com a missão de desmantelar e abrir caminho para a privatização idealizada pelo infame Agripino.
ResponderExcluireles estão juntos e misturados, naõ engana mais ninguém essa raça de políticos mudar de assunto 72:00hs diplomação de Lula os gays ops os minions fazendo parada gay na castelo branco com plumas e paetês um luxo só 72:00hs algo vai ou não vai ou vai acontecer sem acontecer, seja ontem hoje ou 40 dias não se sabe, mas algo vai acontecer aguardem @!#$%&*
ResponderExcluir72:00hs broqueio emocional, depressão, chororó, insatisfação, ejaculação precoce, disfunção erétil, medo de ficar só, eu me desespero só falta pedir ajuda meu amor, porque te amo 72:00hs Diana já sabe o fim, nada vai ser como antes e nem tudo vai ser como depois aguardem 72:00hs
ResponderExcluir"BROQUEIO EMOCIONAL" ?? ANALFABETO!!!
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