Geovane José da Silva, conhecido como “Canibal” , de 32 anos, teria asfixiado até a morte outro detento, Jullian Fernandes Nunes Queiroz, aos 25 anos.
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17/03/23
Canibal saindo do Fórum após Audiência Criminal - Imagem: Roni Paparazzi |
Geovane José da Silva, conhecido como “Canibal”, de 32 anos, teria asfixiado até a morte outro detento, Jullian Fernandes Nunes Queiroz, aos 25 anos.
Um preso que depôs como testemunha durante o processo relatou que “quando chegou na cela o acusado já ‘mandava’ na cela. Acredita que na cela tinham 12 ou 14 presos. "Não houve discussão. O acusado deu um mata leão até a morte da vítima. Acredita que tinha uma divergência anterior. O acusado já tinha matado outra vez na penitenciária. Todos têm medo do acusado.”
Um policial penal afirmou durante depoimento que o réu lhe disse que havia matado o colega em decorrência de uma briga pelo local de dormir.
Uma outra testemunha “relatou em juízo que foi uma cena rápida e o acusado deu uma ‘gravata’ na vítima que veio a óbito. Não sabe o motivo. No momento ouviu um barulho de pescoço quebrando, mas pode afirmar com certeza. Depois o acusado usou uma toalha, mas a vítima já estava desmaiada.”
O acusado disse à Justiça que matou a vítima porque esta tinha matado a própria mãe com marretadas e não aceitou tal fato e então quebrou o pescoço da vítima. Este na verdade é o 5º homicídio praticado por "Canibal" dentro do Sistema Prisional.
Momento em que o acusado de matar preso dentro cela chega ao IML de Andradina (Reprodução Manoel Messias) |
Reincidência
Está não é a primeira vez que o acusado responderá pela morte de um companheiro de cela. Além de ter sido condenado pelo mesmo crime pela Justiça de Rio Preto, ele, que é de Penápolis, também dividia cela com um adolescente de 17 anos, que foi enforcado com um lençol na cadeia da cidade
O crime aconteceu na madrugada de 1º de outubro de 2005 e a vítima dividia a cela com outros três adolescentes, entre eles Silva. Um dos menores, de 17 anos, assumiu a autoria do crime. Entretanto, a reportagem apurou que ele tinha uma deficiência em um dos braços, o que dificultaria a ação.
A outra vítima de Silva foi Marcos César Nascimento, 27, encontrado morto em 17 de janeiro de 2011 na cela que dividia com ele no CDP de Rio Preto. O corpo da vítima também tinha sinais característicos de enforcamento. Os dois foram presos juntos acusados de roubo em Penápolis e o acusado negou o assassinato.
Na sentença que o condenou a 15 anos de prisão pela morte, o juiz Caio Cesar Meluso, em maio de 2014, cita que o réu possui passagens pela polícia por roubo e outros crimes e tentou fugir da cadeia, por isso, deveria cumprir a pena em regime inicialmente fechado.
O acusado inclusive foi também condenado pelo Tribunal do Júri de Andradina a 32 anos de prisão pelo assassinato de Ildemberg Conceição, 24, crime ocorrido em 7 de janeiro de 2015, em uma cela do Pavilhão de Disciplina na penitenciária da cidade.
Considerado de alta periculosidade, o detento pertencera a facção que age dentro e fora dos presídios paulistas, todavia saiu do grupo ( não se sabe por abandono ou expulsão) e acabou transferido para a Penitenciária de Andradina, que é considerada neutra dentro do Sistema Prisional Paulista, em relação a facções.
O que diz a SAP
Segundo a SAP, uma das medidas adotadas foi a instauração do Procedimento Disciplinar. Após ser concluído, será solicitada a internação do acusado em RDD (Regime Disciplinar Diferenciado).
De acordo com a SAP, Canibal foi incluído na penitenciária de Andradina em 31 de maio de 2019, procedente de outro presídio. Ele possui condenações por infringir os artigos 121 (homicídio), 157 (roubo), 155 (furto) e 129 (lesão corporal) do Código Penal, e artigo 12 da Lei 10.826/03 (posse de arma de fogo).
Já Julian Fernandes Nunes Queiroz foi incluído na unidade prisional de Andradina e 9 de outubro deste ano, também procedente de outro presídio. Ele tinha condenações por infringir os artigos 33 da lei 10.826/03 (tráfico de drogas) e 157 (roubo) do Código Penal.
Segundo a SAP, a família da vítima foi avisada pela direção da unidade sobre o crime e o corpo dele foi encaminhado para a cidade de Embu das Artes, onde aconteceu o enterro.
Menos um no contô...
ResponderExcluirO drão está contribuindo para diminuir a população carcerária e você está xingando? Multiplica, sinhô.
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