Serviços de inteligência do Governo de SP apontaram Lincoln Gakiya na mira de facção desde 2018.
Rogério Pagnan
22.mar.2023 às 18h54
Coordenador do principal grupo do Ministério Público de combate ao crime organizado, Gakiya assumiu esse posto em 2018, quando assinou os pedidos de transferência de integrantes da cúpula da facção para o sistema federal —entre eles o de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, apontado como principal chefe do grupo.
Antes mesmo de o pedido ser acatado pelo Judiciário, os órgãos de inteligência do governo paulista detectaram a fúria de criminosos contra o promotor. Tal descontentamento ficou materializado em uma carta aprendida em dezembro daquele ano, com uma ordem da cúpula para matá-lo.
Ao menos mais duas mensagens com teor semelhante foram apreendidas pela polícia no sistema prisional paulista, uma delas em 2020, na penitenciária de Mirandópolis (594 km de SP), quando os chefes já estavam no sistema federal. A carta tinha cobranças para a morte dois e foi encontrada com um detento que falaria com um advogado dele.
Cartas foram apreendidas na Penitenciária de Junqueirópolis (SP) - Foto: Reprodução/TV Fronteira |
O ex-secretário continua na lista, mas estaria atrás de Medina. Todos contam, porém, com escolta policial. O grupo que protege o promotor já chegou a motivar queixas de vizinhos do condomínio fechado onde ele mora, no interior do estado, devido à movimentação intensa.
Os motivos que levariam Sergio Moro a entrar na lista do PCC ainda são alvo de análise por parte de integrantes das forças de segurança de São Paulo. Isso porque, até o final de 2022, o nome do ex-juiz e senador pela União Brasil não constava de lista dos serviços de inteligência paulista sobre os "decretados".
Carta apreendida na Penitenciária de Junqueirópolis com integrantes de facção tem ameaças a promotor - Imagem: Reprodução |
Em outubro de 2022, o promotor Lincoln Gakiya chegou a rebater a afirmação, feita pelo ex-juiz em uma entrevista, de que a transferência de Marcola teve participação de Moro.
"Não há e nem poderia haver nenhuma ingerência do governo federal, seja através do presidente Bolsonaro, seja através do ministro Moro nessa remoção, até porque, como já mencionei, não lhes cumpria fazê-lo. Portanto é mentirosa a afirmação de Moro que após dois meses de governo eles ‘determinaram’ a remoção do Marcola para o sistema federal", disse em mensagem à Folha.
O promotor afirmou que coube ao Ministério da Justiça somente providenciar a logística para a remoção dos presos, em cumprimento à ordem da Justiça estadual. "Enfim, foi exatamente isso que aconteceu. Nos entristece saber que políticos e até um ex-juiz alterem a verdade para tentar obter algum ganho político dessa história. No final dessa história, fiquei com o ônus da operação, pois o PCC sabe que sou o único responsável por ela, e os políticos, com o bônus", afirmou.
Presidente Venceslau nos ,omentos que antecederam as 21 transferências oficializadas pela Justiça a pedido do promotor e integrante do Gaeco/SP, Dr. Lincoln Gakiya |
Como não conseguiram resgatar Marcola, o principal alvo do "plano A", tentariam um "plano B": atacariam e sequestrariam autoridades como forma de conseguir liberá-lo em uma "troca de reféns".
Moro seria alvo por proibição de visita íntima a detentos do sistema penitenciário federal. Medida foi implementada por meio de portaria quando ele era ministro da Justiça e Segurança Pública. Moro esteve na pasta entre 2019 e 2020.
A dimensão do suposto plano de ataque do PCC contra autoridades é vista com ressalva por integrantes da cúpula da segurança paulista, assim como na operação Anjos da Guarda.
Na época, integrantes da PM, Polícia Civil e Secretaria da Administração Penitenciária ouvidos pela Folha afirmaram não ter detectado nenhuma movimentação da magnitude de um plano de regaste do chefão do PCC.
Veja lista dos transferidos
- Lourinaldo Gomes Flor ('Lori')
- Marcos Williams Camacho ('Marcola')
- Pedro Luís da Silva ('Chacal')
- Alessandro Garcia de Jesus Rosa ('Pulft')
- Fernando Gonçalves dos Santos ('Colorido')
- Patric Velinton Salomão ('Forjado')
- Lucival de Jesus Feitosa ('Val do Bristol')
- Cláudio Barbará da Silva ('Barbará')
- Reginaldo do Nascimento ('Jatobá')
- Almir Rodrigues Ferreira ('Nenê de Simone')
- Rogério Araújo Taschini ('Taschini'/'Rogerinho')
- Daniel Vincius Canônico ('Cego')
- Márcio Luciano Neves Soares ('Pezão')
- Alexandre Cardoso da Silva ('Bradok')
- Julio Cesar Guedes de Moraes ('Julinho Carambola')
- Luis Eduardo Marcondes Machado de Barros ('Du da Bela Vista')
- Celio Marcelo da Silva ('Bin Laden')
- Cristiano Dias Gangi ('Crisão')
- José de Arimatéia Pereira Faria de Carvalho ('Pequeno')
- Alejandro Juvenal Herbas Camacho Marcola Júnior ('Marcolinha')
- Reinaldo Teixeira dos Santos ('Funchal')
- Antonio José Muller Junior ('Granada')
Avião da FAB pronto para receber e transportar a explosiva carga para as Penitenciárias Federais |
Ministro da Justiça Dino de Castro e Costa fala sobre a Operação Sequaz
Contraponto: Tanto o promotor Lincoln Gakiya, como o senador Moro já sabiam das investigações das Polícia Federal, há mais de 50 dias, e ambos, principalmente o senador estava tendo a devida proteção da Polícia Federal. Mesmo porque o promotor Lincoln Gakiya tem escolta do Baep já 05 anos, todos armados com fuzis e metralhadoras.
Só passar esse qru p o grupo de elite da escolta paulistana "Ensaboados do Fuzil", composto por: Concurseiro e seu famigerado bumbum espancador; Billy, adestrador de cobras e engolidor de salsichas, acompanhadas pela serrana trincando; e Muralha fofoquinha, este último nem vou perder tempo de comentar.
ResponderExcluirDaí o chocóte estrala, ah se estrala...
🧼🚔🚿
🛞🧽🧴
Cardilhona Mona .
ExcluirQuinta é o dia que o concurseiro nem dorme direito, só esperando a sexta chegar... 🧼🚔🚿
ResponderExcluirO promotor está de parabéns!
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