Segundo o TJ, a audiência ocorrerá de forma virtual. Teste de bafômetro apontou álcool no organismo do motorista do carro de luxo, que foi ouvido pela polícia e liberado na época.
Vinicius Camargo
09 de Agosto de 2023
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| A policial penal Adriane Maria Gallão, de 50 anos, morreu após ter o carro atingido por um veículo de luxo na Rodovia Senador José Ermírio de Moraes, em Sorocaba (SP) - Foto: Arquivo Pessoal |
Segundo o TJ, a audiência ocorrerá de forma virtual e será conduzida pelo juiz Emerson Tadeu Pires de Camargo. Conforme consta no processo, a defesa do empresário, de 39 anos, é formada por quatro advogados e um assistente.
A Justiça acatou denúncia apresentada pelo Ministério Público (MPSP), a partir de inquérito conduzido pelo 6º Distrito Policial. “Há prova da materialidade (fato consumado), indícios de autoria e não há causas extintivas a serem reconhecidas de plano”, escreveu o magistrado, na decisão.
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| Motorista bêbado foi detido após bater carro de luxo em Sorocaba, porém foi liberado pelo Delegado de Polícia - Foto: Diogo Nolasco/TV TEM |
No dia do acidente, um domingo à noite, o Ford Ka da vítima foi atingido por um Porsche no quilômetro 4+500 da Castelinho, no sentido São Paulo. Com o impacto da batida, o veículo da mulher capotou.
Ela ficou gravemente ferida, tendo permanecido 12 dias internada no Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS), mas não resistiu aos ferimentos e morreu em 15 de setembro.
Quando sofreu a batida, Adriane voltava da igreja. Já o investigado, natural de Campinas, voltava para a casa. Segundo o boletim de ocorrência, ele contou à Polícia Civil que, durante o trajeto, decidiu acelerar, mas não notou um engarrafamento à frente. Disse, ainda, ter visto o carro da policial, porém, não conseguiu frear a tempo.
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| O autómovel da vítima ficou totalmente destruído após a violência e impacto do acidente na Rodovia Senador José Ermírio de Moraes em Sorocaba - Foto: Arquivo pessoal |
O homem estava embriagado e com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) vencida há mais de três anos. Ele confessou ter ingerido bebida alcóolica e aceitou fazer exame para detecção de álcool no organismo.
O resultado indicou a presença de 0,49 miligrama de álcool por litro de ar alveolar. O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) classifica como crime a incidência de nível igual ou superior a 0,3 miligrama.
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| A policial penal atuava na Penitenciária II de Sorocaba, e era casada com o filiado Ozério Tadeu Pereira, diretor técnico da Penitenciária I de Sorocaba - Imagem: Arquivo Pessoal |
Ainda conforme Pereira, essa seria uma maneira de se fazer justiça efetivamente. De acordo com ele, ao não deixar a morte de sua esposa impune, o judiciário contribuiria para ajudar a evitar outros óbitos nas mesmas circunstâncias. “Precisamos que esses casos comecem a ser punidos de forma mais rígida, senão, a pena acaba perdendo o caráter retributivo e intimidatório”, disse.
Procurada pela reportagem, a defesa do réu não quis se manifestar.
Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul










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