Procurador acumula dívida de R$ 653 mil e tenta, na Justiça, aprovar plano para pagar metade do valor; promotor do MPSP se manifestou contra.
Luiz Vassallo
20/11/2023
O processo acumula 1,5 mil páginas em cinco volumes na Justiça. Parte das folhas está amassada e rasgada pelo efeito do tempo, e as capas estão remendadas com fita adesiva. O primeiro volume foi aberto no dia 2 de outubro de 2007, quando Demercian afirmou à Justiça que suas dívidas eram maiores do que seu patrimônio, de R$ 100 mil. Só no último ano, somados salários e outros benefícios de procuradores, ele ganhou R$ 735 mil líquidos.
Em um processo como esse, todas as cobranças são reunidas e só são pagas quando o falido faz uma proposta de pagamento, que precisa ser aprovada pelos credores. Durante o curso do processo de insolvência, ele fica blindado de bloqueios em suas contas e um síndico administra todo o seu patrimônio tido como não essencial para pagar contas corriqueiras.
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| Em um processo de insolvência, procurador de Justiça Pendro Henrique Demerccian afirma que ficará sem arroz e feijão - Imagem: Reprodução |
O juiz negou e decidiu dar ao procurador “tempo para meditar” sobre se queria mesmo a insolvência, considerada um processo invasivo por expor a vida financeira das partes. Ele apelou, disse que se não fosse declarada logo a insolvência todo o salário seria sacado pelos credores e ele ficaria sem dinheiro para “sobreviver”.
A Justiça acabou decretando a insolvência. Por oito anos, o processo esteve em sigilo. Somente depois de 10 anos, após uma cobrança do Ministério Público, ele apresentou plano para pagar 50% das dívidas em dois meses. O procurador tem pedido reiteradamente para que a Justiça aceite a proposta mesmo que os bancos, com os quais ele tem a maior parte de suas dívidas, ainda não tenham endossado o plano.
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| Síndico do caso critica procurador e diz que esperava melhor comportamento de membro do MP - Imagem: Reprodução |
Já o Ministério Público, instituição onde o procurador trabalha, manifestou-se contra a proposta de pagamento de metade da dívida e criticou a possibilidade de aprovar o plano sem a manifestação dos credores. O promotor responsável pelo caso disse que não pode ser “presumida a anuência pela mera ausência de manifestação”.
O advogado Edson Velho, que representa Demercian, afirma que nos autos do processo consta uma proposta de pagamento, e que todos os credores já foram intimados “após diversas diligências implementadas pelo juízo”. “Dela [da proposta] não discordaram, restando homologação”, diz.
Fonte: METRÓPOLES









Se te ruim pra ele com esse salario, imagina pros meros mortais, que ganham 10% disso, e ainda cobram saúde mental, que jeito, o começo do mês e puta cachaça e tiro pra cima, depois chora e faz promessa, que fase...
ResponderExcluirSó o Kardilho vulgo guarda Juju vai entender..... priiii piiiiiii piiiii priiii piiiiiii piiiii priiii piiiiiii piiiii priiii piiiiiii piiiii
ResponderExcluirEsse é o verdadeiro " mete o louco "
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