13 novembro 2023

PCC mantém plano de matar policiais e secretaria impõe “alerta máximo”

Documento obtido pela coluna Na Mira revela que planejamento do PCC para executar policiais penais está ativo, principalmente no DF e em MS.

Carlos Carone/Mirelle Pinheiro

13/11/2023

Penitenciária Federal de Brasília
Há ao menos três anos, a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) se debruça sobre planos para surpreender e executar policiais penais federais lotados em duas das cinco penitenciárias federais espalhadas pelo país. 

Em um documento sigiloso obtido pela coluna Na Mira, a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) destaca que os servidores devem permanecer em alerta máximo, principalmente quem estiver lotado nos presídios de Campo Grande (MS) e de Brasília.

O documento ressalta que o planejamento do PCC para executar policiais penais está ativo. Cada passo seria minuciosamente esquadrinhado pela área da facção conhecida como “Sintonia Restrita”, grupo devidamente responsabilizado pela alta cúpula do PCC para identificar, monitorar e executar agentes públicos.

Os planos ficaram conhecidos durante a Operação Sequaz, desencadeada pela Polícia Federal (PF) em abril deste ano. Na ocasião, faccionados planejavam sequestrar e matar servidores públicos e autoridades, inclusive o ex-juiz e senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, que integra o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) de São Paulo.

Penitenciária Federal de Brasília, a Unidade Prisional tem menos de 200 custodiados

A operação

De acordo com as investigações, os ataques poderiam ocorrer de forma simultânea, e os principais investigados estavam nos estados de São Paulo e do Paraná.

Cerca de 120 policiais federais cumpriram 24 mandados de busca e apreensão, sete de prisão preventiva e quatro de prisão temporária, em Mato Grosso do Sul, no Paraná, em Rondônia e em São Paulo.

O nome da operação – Sequaz – faz referência ao ato de seguir, vigiar ou acompanhar alguém, devido ao método usado pelos criminosos para fazer o levantamento de informações das possíveis vítimas.

 psicóloga Melissa Araújo foi morta no dia 25 de maio de 2017 quando chegava em casa, em
Cascavel/PR- Foto: Reprodução Rede Record

Servidora assassinada

O caso mais brutal que envolveu a execução de servidores do Departamento Penitenciário Federal (Depen) foi o da psicóloga Melissa de Almeida Araújo, 37 anos, em Catanduvas (PR), em 2017.

Ela foi assassinada por integrantes do PCC na frente do marido, um policial civil, e do filho, que tinha 10 meses à época. O crime ocorreu em um condomínio de classe média onde a família morava, a 55 km de Catanduvas.

Em 25 de maio de 2017, Melissa havia saído do presídio, passado na delegacia em que o marido trabalhava e, com o companheiro, seguido para buscar o filho na creche. A família chegou em casa por volta das 18h. Apesar de a psicóloga não notar, desde o início da manhã ela era seguida por criminosos, que se dividiram entre três carros roubados.

Relembre o caso

Após a abertura do portão do condomínio, minutos depois, um dos veículos dos assassinos estacionou no local. Dois criminosos conseguiram entrar no residencial e, armados com pistolas 9 milímetros, atiraram contra Melissa. O marido da servidora sacou a arma e revidou o ataque.

Mesmo atingido por oito disparos, o policial conseguiu matar um dos criminosos. Melissa saiu do veículo e correu para casa, mas os assassinos a alcançaram. Ela morreu com dois tiros no rosto. O filho do casal não se feriu.

Um dos bandidos fugiu, mas acabou morto pouco depois, em um confronto com policiais. Outros quatro envolvidos foram detidos em operação das forças de segurança.

Fonte: METROPÓLES

17 comentários:

  1. Isso só com eles, são especialistas, esses dias cheguei na unidade pra trabalhar as 05.50 e lá estava um dando um trato na vtr com o pretinho em mãos 😂😂

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  2. Kardilho vulgo guarda Juju
    Apito
    Sem
    Parar
    Priiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii priiii piiiiiii piiiii priiii piiiiiii piiiii priiii piiiiiii piiiii priiii

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  3. Como é bom ser aposentado ASP VI,6 quinquênios e não ter sido Polícia penal,ops, não regulamentou em São Paulo, desculpa aí.

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    1. se é bem ruim de serviço em , com seis quinquênios e não chegou no nivel sete? é ruim de serviço mesmo...

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    2. Mas pelo menos ganhei correção do quinquênio na justiça, não tenho consignado, nunca assinei sindicância, tenho carro do ano e casa própria, tá ótimo, nunca fiz curso por merecimento, foi tudo por antiguidade, será que vc chega aonde eu cheguei, duvido

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    3. o "phoda" é ver os chamados "policiais penais", lavando hylux, passando pretinho no pneu...... se fosse assim; ja era ASP VII.....faz tempo.....

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    4. Sou asp 6 com 17 anos de trabalho, sempre por Merecimento casa nova, carro bom e 500 k investido, ta bom pra vc ou quer .mais seu comédia 😂😂😂

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  4. Estamos tranquilos. SP não tem Polícia Penal!

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  5. e os, aevp's ? - será que vão mesmo transformar em "pp" policias pipocas....... prefiro ficar com ASP mesmo....

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  6. Conheço vários amigos aqui na Oeste que foram ameaçados, que até morreram em atentados, e nenhum deles nunca foi avisado.

    Deve ser só pros federais. Porque aqui na SAP, "poucas ideia".

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  7. Anônimo

    Secretário já falou que sim, inclusive que vai igualar o salário.

    Já as obrigações/atribuições, aí é outra história.

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  8. Resposta oficial da Secretaria da Administração Penitenciária às duas Cartas Abertas dos Agentes Penitenciários do Estado de São Paulo, leiam:

    De ordem superior retransmito os esclarecimentos pertinentes à matéria.

    Em atenção à msg recebida pelo “Fale conosco SAP”, onde os Agentes Penitenciários questionam a morosidade na tramitação do projeto de lei complementar para a criação da Polícia Penal, argumentando que o Governo do Estado não estaria cumprindo suas promessas e, nem tampouco, atribuindo o devido valor aos atuais agentes penitenciários e futuros policiais penais, cumpre-nos esclarecer o que abaixo segue.

    Os estudos que redundarão na edição da Lei Orgânica da Polícia Penal do Estado de São Paulo; texto que consagrará não só a organização dessa nova estrutura policial no Estado como também os direitos, vantagens e deveres dessa nova e digna classe policial, encontram-se em finalização.

    Realmente, os estudos não caminham dentro da expectativa que a Administração da SAP e a Alta Administração do Estado inicialmente tinham para a consecução desse objetivo. Mas, isso deveu-se pela própria relevância da matéria e pelas implicações técnico-jurídicas e orçamentárias envolvidas na efetivação do pretendido e não por inércia da Administração.

    O Grupo de Trabalho instituído em fevereiro de 2023, com a participação de representantes dos sindicatos dos agentes penitenciários, apresentou, no início de abril de 2023, ao Secretário da Administração Penitenciária o texto que se entendeu adequado à regulamentação da Polícia Penal; e, decorrente disso e, em paralelo às discussões sobre o índice de aumento dos agentes penitenciários, foram realizadas as seguintes reuniões:

    - em 25-04-23, na Secretaria da Administração Penitenciária com a presença de representante da UCRH;

    - em 17-05-23, na Secretaria da Fazenda, com seu Secretário Executivo e técnicos fazendários;

    - em 01-06-23; na Secretaria da Fazenda, com seu Secretário Executivo, Secretário Executivo da Secretaria de Governo e Gestão Digital e representante da UCRH;

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  9. - em 10-08-23; na Casa Civil, com seu titular e representante da UCRH.

    Ao longo dessas reuniões, especialmente as que antecederam o reajuste salarial de 6% (seis por cento) entendeu-se, diante da magnitude dos custos envolvidos na criação da Polícia Penal, especialmente pelo fato da equiparação salarial entre ao Agentes de Segurança Penitenciária e os Agentes de Escolta e Vigilância Penitenciária, que seria mais viável a valorização salarial vir atrelada à promulgação da Lei Orgânica da Polícia Penal, especialmente pelo fato do orçamento de 2023, não ter previsto tamanha despesa de pessoal. Motivando que a entrada em vigor da lei se desse, a princípio, a partir de 1º de janeiro de 2024.

    Não obstante a SAP estar irmanada com a Pasta da Segurança Pública por afinidade de atribuições; certo é que o trabalho de revalorização profissional, inclusive salarial, desenvolve-se de forma independente em cada uma delas. O Projeto de Lei Complementar para criar a Polícia Penal ainda não está concluso, carecendo de ajustes finos, se encontrando em estudo conjunto nas diversas áreas do Governo envolvidas (Gestão, Fazenda, PGE e Casa Civil).

    Vê-se que a criação da Polícia Penal e do Estatuto do Policial Penal é um trabalho hercúleo que está sendo construído e revisado a várias mãos, para se minimizarem eventuais prejuízos jurídicos ou salariais à classe de agentes penitenciários.

    É de pleno conhecimento da Alta Administração do Estado de São Paulo os riscos e agruras das classes de agentes penitenciários que atuam nas 182 (cento e oitenta e duas) unidades prisionais do Estado; os quais passarão a compor a nova Polícia Penal estadual.

    Nos estudos que se realizam para a formulação da citada lei orgânica são considerados esses riscos e, nesse sentido, de acordo com os recursos orçamentários disponíveis esses profissionais serão valorados com a remuneração compatível.

    Concluindo, a Alta Administração do Estado não está parada com respeito à regulamentação da Polícia Penal mas, as questões técnico-jurídicas e orçamentárias, conforme exposto, não podem passar ao largo na discussão de tão importante matéria.

    Atenciosamente

    Assessoria Parlamentar da Secretaria da Administração Penitenciária

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  10. https://www.facebook.com/groups/diariodeumagentedesegurancapenitenciaria/permalink/2609412779237022/?mibextid=UyTHkb

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