Acusado de enviar celulares por drones a presídio de GO é preso na Bélgica

Segundo as investigações, o preso chegou a receber, por entrega, a quantia de R$ 30 mil. Ele estava na lista “difusão vermelha da Interpol”.

Por Thauany Melo

28/12/2023 

Investigação teve início após a Polícia Penal realizar duas operações na Casa de Prisão Provisória de Aparecida, em 2022 - (DGAP)

Uma operação prendeu um foragido da Justiça suspeito de enviar drogas e celulares a detentos do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia por meio de drones. O homem de 27 anos foi preso na Bélgica, onde morava após fugir do Brasil.

Como o nome do suspeito não divulgado, a reportagem não localizou a defesa dele para se posicionar até a última atualização da reportagem. A prisão ocorreu no dia 18 de dezembro, mas a Polícia Penal do Estado de Goiás divulgou as informações nesta quinta-feira (28).

O Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia está em obra de ampliação. Foto de outubro de
2023 -  Imagem: Reprodução/Secretaria de Segurança Pública de Goiás

Investigação

Durante as operações, um aparelho celular foi apreendido. Após a quebra do sigilo de dados do equipamento houve a identificação de uma associação criminosa voltada à prática do crime de tráfico de drogas no Complexo Prisional de Aparecida. As investigações apontaram ainda que o grupo utilizava drones para enviar os equipamentos para o local.

Segundo dados repassados pela Diretoria Geral de Administração Penitenciária (DGAP) à reportagem, entre os anos de 2020 e 2022 foram apreendidos 19 drones no Complexo Prisional de Aparecida. Segundo a DGAP, até esta quinta-feira (28), nenhum drone foi apreendido na região do complexo.

De acordo com as investigações, o suspeito chegou a receber, por entrega, a quantia de R$ 30 mil, sendo considerado o principal responsável pela remessa de entorpecentes e celulares para a área do Complexo Prisional de Aparecida, por meio de drones.

Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, em Goiás - Foto: Wildes Barbosa/O Popular

Prisão Preventiva

O pedido de prisão preventiva do suspeito foi emitido em outubro de 2022. Porém, na data, o acusado já havia fugido do país. Desta forma, foi pedida a inclusão de seu nome na chamada “red notice” - a lista de difusão vermelha da Interpol.

O cumprimento do mandado judicial na Bélgica ocorreu no dia 18 de dezembro, sendo iniciado o procedimento administrativo para a sua extradição e colocação à disposição do Poder Judiciário goiano. O suspeito responderá por crime de tráfico de entorpecentes e associação para o tráfico.

A DGAP informou ainda que não há informações sobre quando o preso será extraditado para o Brasil.

A detenção do brasileiro contou com participação da Interpol, da Polícia Federal e das Polícias Penal e Civil de Goiás.

Fonte: G1

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