Queixas em Maríla agravam impasse estadual na polícia penal: faltam diárias, combustíveis e mais

Servidores se queixam da falta de materiais de higiêne nas UPs, materias de trabalho como toner e sacos de lixo, combustível e o principal, a falta de pagamento de diárias que faz com que gastem dinheiro de seus soldos.

Redação Giro Marília

22/12/2023

Inaugurada em 19 de outubro do corrente ano a nova Base de Escolta da Penitenciária de Marilia
abriga 07 viaturas e 81 policiais penais - Imagem: SAP/ SP 

Reclamações divulgadas por agentes penais que atuam na cidade de Marília e integram a Coordenadoria do Sistema Penal no Estado agravaram uma crise que atinge diferentes pontos do estado e que já provocou uma intervenção do Sindicato da categoria com pedido urgente de repasses.

A queixa divulgada na cidade mostrou que viaturas ficam retidas na Base de Escolta por controle de combustível e que agentes deslocados para fora do sistema para acompanhar presos como em atendimento hospitalar ficam sem refeições.

Em ofício encaminhado à Secretaria de Administração Penitenciária, o Sindasp-SP ( Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo), pediu liberação de verbas suplementares com urgência para as Coordenadorias.

Segundo o documento, assinado pelo diretor regional de Marília, Luciano Novaes Carneiro, em nome da presidência, a finalidade é "pagamento das diárias dos servidores que prestam serviços na pasta, bem como também suprir as necessidades básicas das Unidades Penais."

Revela que as queixas começaram há mais de 30 dias e que policiais penais, tanto da escolta como da segurança - apontam falta de recursos até para atividades corriqueiras dentro e fora dos locais em que são lotados.

Nova Base de Escolta irá abrigar 07 viaturas e 81 policiais penais - Imagem: Secretaria de Adminstração Penitenciária de SP

"Mencionam que em muitas Unidades ocorrem falta de toner para impressoras; medicamentos; material de higiene como sacos de lixo, falta de combustível".

A preocupação se estende aos policiais penais que fazem escolta e aos policiais penais da segurança que acompanham os sentenciados. "Acabam ficando alocados fora de suas Unidades e sem condições de alimentação".

O ofício diz ainda que o Estado de São paulo está entre os salários de policiais penais mais baixos do país.

"Assim com facilidade, podemos concluir que qualquer quantia em dinheiro que o trabalhador utilize de seu soldo para gastos em execução de seu serviço, acarreta em consequências diretas em sua renda familiar."

Carneiro disse ao Giro Marília que entende que a situação das Coordenadorias e até da Secretaria, e que Marília está longe de ser caso isolado e que o problema é de repasse estadual.

"Isso não é exclusivo da região de Marília. Afeta o Estado todo e nos últimos 30 a 40 dias está pior. E não é culpa do Secretário, nem dos Diretores e Coordenadores. Eles administram a verba que têm. E é difícil, uma situação que tras riscos à segurança!"

O Giro Marília enviou pedido de informações à Secretaria e aguarda a manifestação.

Fonte: Giro Marília

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